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Tipo do documento: Dissertação
Title: Avaliação do teor de corantes artificiais em cereal matinal: validação de metodologia analítica e contribuição para avaliar a exposição de crianças de 2 a 8 anos
Other Titles: Evaluation of the content of artificial coloring in breakfast cereal: validation of analytical methodology and contribution to evaluate the exposure of children aged 2 to 8 years
Authors: Ferrão, Luana Limoeiro
Orientador(a): Abrantes, Shirley de Mello Pereira
Primeiro membro da banca: Abrantes, Shirley de Mello Pereira
Segundo membro da banca: Mathias, Simone Pereira
Terceiro membro da banca: Machado, Eliana Rodrigues
Keywords: método analítico;validação;corantes artificiais;escolares;frequência alimentar;cromatografia líquida de alta eficiência;analytical method;validation;artificial colors;school age;food frequency;high performance liquid chromatography
Área(s) do CNPq: Ciência e Tecnologia de Alimentos
Nutrição
Idioma: por
Issue Date: 28-Jan-2013
Publisher: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Tecnologia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Citation: FERRÃO, Luana Limoeiro. Avaliação do teor de corantes artificiais em cereal matinal: validação de metodologia analítica e contribuição para avaliar a exposição de crianças de 2 a 8 anos. 2013. 113 f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) - Instituto de Tecnologia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2013.
Abstract: Com o aumento do consumo de alimentos industrializados, a ingestão de aditivos alimentares utilizados no processamento tecnológico deste tipo de alimento se apresenta como um risco para a saúde humana, principalmente da população infantil. Os corantes são os aditivos utilizados apenas com a finalidade de conferir ou restaurar a cor do alimento, sem oferecer nenhum valor nutritivo ao mesmo. Estudos vêm demonstrando a ocorrência de reações adversas a curto e longo prazo associadas ao consumo de alimentos que possuem em sua composição os corantes artificiais. Estas reações variam desde alergias e alterações comportamentais à carcinogenicidade e mutagenicidade. O objetivo do presente trabalho foi determinar a concentração de corantes artificiais em cereais matinais, contribuindo para avaliar a exposição de crianças entre 2 a 8 anos, além de elaborar e validar a metodologia de determinação de corantes artificiais nos cereais matinais. Foi elaborado um questionário sobre a frequência e quantidade consumida de cereais matinais pelas crianças, sendo o mesmo respondido pelos responsáveis. O consumo foi classificado em escore e avaliado pelo teste de Kruskal-Wallis utilizando como ferramenta o programa Microsoft Office Excel 2007. Após esta análise verificou-se que as crianças estavam divididas em dois grandes grupos, sendo o primeiro de idade entre 2 e 5 anos, com consumo de escore 1 e o segundo grupo com idade entre 6 e 8 anos, com consumo de escore 2. Em relação ao sabor do cereal consumido 65% ingerem o cereal tradicional, 25% o sabor chocolate e 10% o sabor de frutas, sendo que apenas os dois últimos possuem em sua composição os corantes artificiais. A validação foi realizada para os corantes permitidos pela legislação para uso em cereais matinais, sendo: amarelo crepúsculo, vermelho 40 e azul brilhante. Todo o processo de validação desta pesquisa para determinação por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) foi realizado de acordo com o preconizado por Thompson et al. (2002), utilizando as recomendações contidas no documento do INMETRO DOQ-CGCRE-08 (2011) e no Guia harmonizado IUPAC, avaliando as seguintes figuras de mérito: limite de detecção (LD), limite de quantificação (LQ), linearidade, seletividade, repetitividade, precisão intermediária e exatidão (recuperação). A faixa linear encontrada para o amarelo crepúsculo foi 15 a 45 mg/L, para o vermelho 40 e azul brilhante foi 5 a 35 mg/L. O LD e o LQ foi, respectivamente de 3 mg/L e 6 mg/L para o amarelo crepúsculo e de 2mg/L e 4 mg/L para o vermelho 40 e azul brilhante. O percentual de recuperação foi de 82 a 97% para o amarelo crepúsculo, 82 a 87% para o vermelho 40 e de 81 a 86% para o azul brilhante. Os valores calculados para repetitividade, como desvio padrão, foram de: 0,455 mg/L para o amarelo crepúsculo, de 0,375 mg/L para o vermelho 40 e de 0,542 mg/L para o azul brilhante. Por fim, os valores calculados da razão de Horwitz (RSDexperimental/RSDHorwitz) para a determinação da precisão intermediária foram de 0,393 para o amarelo crepúsculo, de 0,090 para o vermelho 40 e de 0,040 para o azul brilhante. O método mostrou-se preciso, exato, linear em ampla faixa de concentração e sua determinação não é influenciada pela matriz alimentar. Além disso, a metodologia mostra-se interessante uma vez que não existem métodos oficiais para a determinação de corantes artificiais em cereais matinais. Em uma amostra, dentre os cereais analisados, identificou-se o corante tartrazina, o qual não é permitido o uso neste tipo de produto. Nos demais, todos estavam de acordo com a legislação, inclusive em relação à IDA (ingestão diária aceitável) estabelecida para cada corante. Vale ressaltar que esse é apenas um tipo de alimento colorido artificialmente consumido pelas crianças, porém em sua dieta diária a criança ingere vários alimentos que contém essa substância, como por exemplo, sucos em pó, doces diversos, biscoitos, gelatinas, confeitos, refrigerantes, o que sinaliza a necessidade de um estudo mais aprofundado sobre o consumo diário de corantes artificiais por crianças. O fato de uma amostra conter tartrazina, corante não permitido para uso neste tipo de alimento, alerta sobre a necessidade de uma fiscalização sanitária eficaz em relação aos produtos coloridos artificialmente.
Abstract: With the increased consumption of industrialized food, the ingestion of food additives used in the technological processing of this kind of food reveals itself as a threat to the human health, mainly of the child population. The dyes are the additives applied only with the meaning of giving or restoring the color of the foodstuffs, without offering any nutritional value to it. Studies have been demonstrating the occurrences of adverse reactions at short or long term associated with the ingestion of food that have in their composition the artificial dyes. Those reactions range since allergies and behavior alterations to carcinogenicity and mutagenicity. The goal of this study was determinate the concentration of industrialized dyes in matinal cereal, contributing to evaluate the exposure of children between 2 to 8 years old, and also formulate the methodology of determination of artificial dyes on matinal cereal. It was elaborated a questionnaire about the frequency and quantity consumed of matinal cereal by the infants, being the same answered by their responsibles. The ingestion was classified in score and evaluated by the Kruskal-Wallis test, applying as a tool the Microsoft Office Excel 2007 software. After this analysis, it was verified that the children were split in two big groups, being the first with ages between 2 and 5 years old, with consumption of score 1, and the second group with ages between 6 and 8 years old, with consumption of score 2. Concerning the flavor of the consumed cereal, 65% ingest the traditional cereal, 25% the chocolate flavor and 10% the fruits flavor, with only the last two flavors bringing in their composition artificial dyes. The validation was made to the dyes allowed by the legislation of use in matinal cereal, and they are: sunset yellow, allura red AC and brilliant blue. All the process of validation in this research was made under the recommended by Thompson et al. (2002), using the advices present in the INMETRO DOO-CGCRE-08 (2011) document and in IUPAC harmonized guidelines, measuring the following method performance: Limit of detection (LD), limit of quantification (LQ), linearity, selectivity, repeatability, intermediate precision and recovery. The linear range found to Sunset Yellow was 15 to 45 mg/L, to Allura Red AC and Brilliant Blue was 5 to 35 mg/L. The LD and LQ were, respectively 3 mg/L and 6 mg/L for Sunset Yellow and 2 mg/L and 4 mg/L for allura red AC and brilliant blue. The recovery percentage was 82 to 97% for sunset yellow, 82 to 87% for allura red AC and 81 to 86% for brilliant blue. The calculated values for repeatability as standard deviation were 0.455 mg/L for sunset yellow, 0.375 mg/L for allura red AC and 0.542 mg/L for Brilliant Blue. Finally, the measures calculated from Horwitz ratio (RSDexperimental/RSDHorwitz) to the determination of intermediate precision found were 0.393 for Sunset Yellow, 0.090 for allura red AC and 0.040 for brilliant blue. The method showed itself precise, exact, linear in a wide range of concentration and your determination is not influenced by the alimentary matrix for determination by HPLC. Besides, the methodology turns out interesting since there are no official methods for the determination of industrialized dyes in matinal cereal. In a sample, among the analyzed cereals, it was identified tartrazine dye, which is not allowed to be used o this kind of product. In the others, all were according to the legislation, even respecting the IDA established for each dye. It is worth noting that it is only a single kind of artificially colored food consumed by youngsters, however in its daily diet, a child ingest many foods which contain these substances, such as powder juice, many candies, cookies, gelatin, comfit, sodas, what points the need of a further study about the daily consumption of artificial dyes by children. The fact that one sample contains tartrazine, forbidden dye for this kind of food, alert about the necessity of an effective sanitary supervision about the artificially colored products.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11127
Appears in Collections:Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos

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