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Tipo do documento: Dissertação
Title: Marx visita a Monsanto: para pensar a questão agrária no século XXI
Other Titles: Marx visits Monsanto: to think the agrarian question on the XXI century
Authors: Moreno, Camila
Orientador(a): Alimonda, Héctor Alberto
Keywords: capitalismo;movimentos camponeses;transgênicos;capitalism;peasant movements;transgenics
Área(s) do CNPq: Sociologia
Idioma: por
Issue Date: 8-Dec-2005
Publisher: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Citation: MORENO, Camila. Marx visita a Monsanto: para pensar a questão agrária no século XXI. 2005. 166 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ, 2005.
Abstract: Este trabalho trata de relacionar a emergência e o protagonismo dos movimentos camponeses no espaço de articulação mundial de construção de alternativas ao neoliberalismo, identificado no processo do Fórum Social Mundial (FSM). No discurso à globalização dos camponeses nesse contexto, o tema da oposição aos organismos geneticamente modificados (transgênicos) em sua introdução na agricultura tem servido de elemento catalisador e mobilizado outros movimentos e grupos da sociedade civil, para além do campo e do rural. Este efeito deve-se à caracterização política da introdução dessa tecnologia, lograda sobremaneira no discurso camponês em defesa dos territórios e da soberania alimentar dos povos e dos Estados nacionais frente ao controle do sistema agroalimentar mundial por algumas empresas transnacionais do setor, como no caso emblemático da soja transgênica, a Monsanto. Inserida no debate macro das negociações agrícolas no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), do marco jurídico internacional de proteção da propriedade intelectual e dos riscos ambientais da contaminação genética dos ecossistemas, a oposição aos transgênicos na agricultura oferece um fio condutor para compreender a dinâmica de funcionamento do capitalismo hoje, onde a proletarização dos camponeses, com o controle genético e a privatização das sementes, serve de pedra de toque. Dessa forma, os transgênicos atualizam e ressignificam o núcleo de temas e problemas que ficou conhecido na tradição marxista como a Questão Agrária. Ainda, os movimentos camponeses reafirmam para a problematização teórica a centralidade do trabalho na apreensão das contradições da realidade, ressaltando a dimensão ecológica, na qualificação do processo produtivo que diretamente transforma a natureza, incluindo desde aí a crítica à ideologia do progresso tecnológico como dissociado de um projeto político. Esta imbricação é especialmente oportuna para recuperar Marx hoje, depurado do marxismo, buscando atualizar a perspectiva crítica da economia política em relação ao conceito contemporâneo de racionalidade ambiental, incorporando a dimensão da ecologia à política tanto como à economia. Nessa leitura, os movimentos camponeses estariam na vanguarda da contestação às estruturas de produção capitalistas hoje, bem como apontariam, na indissociabilidade entre ecologia e política, os rumos de construção de um projeto socialista para o século XXI.
Abstract: This work seeks to relate the ressurgence and protagonism of the peasant movements on the space of world articulation and alternatives building to neoliberalism, identified with the World Social Forum (WSF) process. On the peasants discourse to globalization in this context, the opposition to the genetically modified organisms (transgenics) in its introduction in agriculture has served as a catalytic element and mobilized other movements and segments of civil society, beyond the farms and rural areas. Such effect is due to the political characterization in framing the introduction of this technology; this has been obtained exceedingly by the peasant s discourse on defense of its territories and the Food Sovereignty of peoples and States, facing the control of the global agro-food systems by some few transnational corporations of the sector, as in the emblematic case of transgenic soy, the Monsanto company. Located within the macro debate on agriculture liberalization in the World Trade Organization (WTO); the juridical international framework to protect intellectual property; and the risks of genetic contamination of ecosystems, the opposition to transgenics in agriculture offers a red thread to comprehend the dynamics of how capitalism operates today. In the process through peasants became proletarians, the genetic control and privatization of the seeds serve as a corner stone. In this sense, transgenics update and give new meaning to the nucleus of themes and problems known for the marxist tradition as the Agrarian Question. Also, the peasant movements restate to theoretical framing the centrality of the labor process in apprehending the contradictions in reality, highlighting the ecological dimensions, and qualifying the productive activity that directly transforms nature; from there it is associated a critic to the ideology of technological progress as if dissociated of a political project. These imbrications are specially suitable to recover Marx today, freed from Marxism, seeking to update the critical perspective of political economy in relation to the contemporary concept of environmental rationality, thus incorporating the ecological dimension to politics as to economy. In this view, the peasant movements would be on the avant-garde of contesting the capitalist structures of production, as would they be pointing to on the interface of politics and ecology the ways to build a socialist project for the XXI century.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11653
Appears in Collections:Mestrado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade

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