Please use this identifier to cite or link to this item: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13503
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.authorVieira, Daniel Mota
dc.date.accessioned2023-12-22T02:47:48Z-
dc.date.available2023-12-22T02:47:48Z-
dc.date.issued2020-12-18
dc.identifier.citationVIEIRA, Daniel Mota. O racionalismo crítico de Karl Popper: um elo entre racionalidade epistemológica e racionalidade política. 2020.115 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2020.por
dc.identifier.urihttps://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13503-
dc.description.abstractA aceitação do realismo metafísico configura-se como o principal pilar do projeto epistemológico do filósofo Karl Popper (1902-1994). Apoiado na rejeição da concepção justificacionista do progresso do conhecimento, Popper vê a crítica intersubjetiva de hipóteses ou conjecturas como a adequada via da evolução do saber científico. A partir disso, tendo em vista a constatação lógico-epistemológica do poder decisivo da evidência negativa quanto a se pronunciar sobre a universalidade nômica, mostramos que a visão de mundo liberal, tal como abraçada por Popper em A sociedade aberta e seus inimigos, é aquela capaz de dar à crítica uma relevância positiva na averiguação de seus projetos, dado que não aprendemos por alcançar a Verdade ou a certeza absoluta, mas pela constante aplicação do método de ensaio e erro. Estando atentos à nossa incapacidade de acumular todo o conhecimento disperso entre variegadas mentes, além da fragilidade do indutivismo, vemos que não podemos ostentar postulações de conhecimento que se assenhorem do todo da realidade, e veremos que as teorias historicistas, isto é, apoiadas na aceitação de um inexorável destino histórico, e as utopistas mostram-se incompatíveis com a epistemologia negativista abraçada pelo filósofo austríaco e por ele estendida à análise sócio-política. Concluiremos com uma breve análise de críticas desenvolvidas por comentadores, destacando-se Anthony Quinton (1925-2010), que, observando os comentários de Popper acerca das filosofias de Platão, Hegel e Marx, dados como principais inimigos da sociedade aberta, duvida de uma forte conexão entre historicismo e totalitarismo e considera que nenhum desses três pensadores foi totalitário. Platão e Hegel seriam, no máximo, apregoadores de um projeto autoritário de poder. Nos mesmos moldes, veremos as principais diretrizes da crítica de Burleigh Taylor Wilkins (1932-2015) ao anti-historicismo popperiano, dentro da indagação acerca de um possível significado da história, em seu célebre livro Has History Any Meaning? A Critique of Popper’s Philosophy of History (1978)por
dc.description.sponsorshipCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiorpor
dc.formatapplication/pdf*
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiropor
dc.rightsAcesso Abertopor
dc.subjectKarl Popperpor
dc.subjectEpistemologiapor
dc.subjectFilosofia políticapor
dc.subjectKarl Poppereng
dc.subjectEpistemologyeng
dc.subjectPolitical Philosophyeng
dc.titleO racionalismo crítico de Karl Popper: um elo entre racionalidade epistemológica e racionalidade políticapor
dc.title.alternativeKarl Popper’s critical rationalism: a link between epistemological rationality and critical rationalityeng
dc.typeDissertaçãopor
dc.description.abstractOtherThe acceptance of metaphysical realism is the main pillar of the epistemological project of the philosopher Karl Popper (1902-1994). Supported by the rejection of the justificationist conception of the progress of knowledge, Popper sees the intersubjective critique of hypotheses or conjectures as the adequate path for the evolution of scientific knowledge. Based on this, in view of the logical-epistemological ascertainment of the decisive power of negative evidence as regards pronouncing on the nomic universality, we show that the liberal worldview, as embraced by Popper in The open society and its enemies, is that able to give criticism a positive relevance in the investigation of its projects, given that we do not learn by achieving Truth or absolute certainty, but by constantly applying the method of trial and error. Being aware of our inability to accumulate all the knowledge dispersed among variegated minds, in addition to the fragility of inductivism, we see that we cannot boast knowledge postulations that take over the whole of reality, and we will see that historicist theories, that is, supported by acceptance of an inexorable historical destiny, and utopians are incompatible with the negative epistemology embraced by the Austrian philosopher and extended by him to socio-political analysis. We will conclude with a brief analysis of criticisms developed by commentators, highlighting Anthony Quinton (1925-2010), who, observing Popper's comments on the philosophies of Plato, Hegel and Marx, given as the main enemies of open society, doubts a strong connection between historicism and totalitarianism and considers that none of these three thinkers was totalitarian. Plato and Hegel would be, at most, promoters of an authoritarian project of power. In the same way, we will see the main guidelines of Burleigh Taylor Wilkins's (1932-2015) criticism of Popperian anti-historicism, within the question about a possible meaning of history, in his famous book Has History Any Meaning? A Critique of Popper’s Philosophy of History (1978)eng
dc.contributor.advisor1Silva, Walter Valdevino Oliveira
dc.contributor.advisor1ID278.746.248-07por
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0001-7653-4218por
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1105208560294285por
dc.contributor.referee1Silva, Walter Valdevino Oliveira
dc.contributor.referee1ID278.746.248-07por
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0000-0001-7653-4218por
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1105208560294285por
dc.contributor.referee2Oliva, Alberto
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/8815335155942227por
dc.contributor.referee3Camerino, Luciano Caldas
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/6498281741548331por
dc.creator.ID145.330.877-60por
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/9154113625855535por
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentInstituto de Ciências Humanas e Sociaispor
dc.publisher.initialsUFRRJpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Filosofiapor
dc.relation.referencesARTIGAS, M. “Lógica y Ética en Karl Popper”. In Anuario Filosofico, n. 34, 2001. pp. 101-118. BARROS, R. S. M. Introdução à filosofia liberal. São Paulo: Grijalbo - Edusp, 1971. ___________. O fenômeno totalitário. Belo Horizonte - São Paulo: Itatiaia - Edusp, 1990. ___________. Razão e racionalidade: ensaios de filosofia. São Paulo: T. A. Queiroz, 1993. BOBBIO, N; MATTEUCCI, N; PASQUINO, G. Dicionário de Política. Tradução de Carmen C. Varriale, Gaetano Lo Mônaco, João Ferreira, Luís Guerreiro Pinto Cacais e Renzo Dini. 11ª ed. Brasília - São Paulo: Editora UNB - Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1998. CHIAPPIN, J. R. N. “Uma reconstrução racional da concepção popperiana de ciência: um termo médio entre o dogmatismo e o relativismo”. In: Khronos: revista de História da Ciência. n. 1. São Paulo: Humanitas, 2008. pp. 149-191. CORVI, R. An Introduction to the Thought of Karl Popper. Translated by Patrick Camiller. London and New York: Routledge, 1997. DESCARTES, R. Meditações metafísicas. Tradução de Maria Ermantina de Almeida Prado Galvão. Coleção Folha. Grandes nomes do pensamento. v. 5. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2015. FUKUYAMA, F. O fim da história e o último homem. Tradução de Aulyde Soares Rodrigues. Rio de Janeiro: Rocco, 1992. GRAY, J. “The liberalism of Karl Popper”. In Liberalisms: Essays in Political Philosophy. London and New York: Routledge, 2010. pp. 10-27. HAACK, S. Filosofia das lógicas. Tradução de Cezar Augusto Mortari e Luiz Henrique de Araújo Dutra. São Paulo: Editora Unesp, 2002. HARARI, Y. N. Sapiens: uma breve história da humanidade. Tradução de Janaína Marcoantonio. Porto Alegre: L&PM, 2015. HAYEK, F. Droit, Législation et Liberté. Traduit de l’anglais par Raoul Audoin. v.1. 1e ed. Paris: Presses Universitaires de France, 1980. HEGEL, G. W. F. Princípios da filosofia do direito. Tradução de Orlando Vitorino. São Paulo: Martins Fontes, 1997. HUME, D. An Enquiry Concerning Human Understanding. Edited with an Introduction and Notes by Peter Millican. Oxford University Press, 2007. 114 MAGEE, B. As ideias de Popper. Tradução de Leonidas Hegenberg e Octanny Silveira da Mota. São Paulo: Cultrix - Edusp, 1974. MARX, K. Capital: A Critique of Political Economy. Translated by the third german edition by Samuel Moore and Edward Aveling. Edited by Frederick Engels. New York: The Modern Library, 1906. Book 3. ________. Contribuição à crítica da economia política. Tradução e introdução de Florestan Fernandes. 2ª ed. São Paulo: Expressão Popular, 2008. MARX, K; ENGELS, F. Manifesto comunista. Organização e introdução de Osvaldo Coggiola. Tradução de Álvaro Pina. 5ª reimpressão. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007. OLIVA, A. Conhecimento e liberdade: individualismo x coletivismo. 1ª ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994. ________. Entre o dogmatismo arrogante e o desespero cético: a negatividade como fundamento da visão de mundo liberal. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 1993. PARVIN, P. Major Conservative and Libertarian Thinkers (Karl Popper). v. 14. Edited by John Meadowcroft. Continuum Books, 2010. PEREIRA, J. C R. Epistemologia e liberalismo: uma introdução à filosofia de Karl R. Popper. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1993. PLATÃO. A República. Introdução, tradução e notas de Maria Helena da Rocha Pereira. 9ª edição. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. ________. Teeteto; Crátilo. Tradução direta do grego por Carlos Alberto Nunes. Belém - Pará: Editora da UFPA, 2001. Popper: as aventuras da racionalidade. Org. de Julio Cesar R. Pereira. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1995. POPPER, K. R. "A lógica da investigação científica". In Popper, Schlick e Carnap. Tradução e seleção de Pablo Rubén Mariconda. São Paulo: Abril Cultural, 1975. pp. 263-384. ____________. A miséria do historicismo. Tradução de Leonidas Hegenberg e Octanny Silveira da Mota. São Paulo: Cultrix - Edusp, 1980. ___________ A sociedade aberta e seus inimigos. 2v. Tradução de Milton Amado. Belo Horizonte - São Paulo: Itatiaia - Edusp, 1974. __________. Conhecimento objetivo: uma abordagem evolucionária. Tradução de Milton Amado. Belo Horizonte - São Paulo: Itatiaia - Edusp, 1975. 115 ___________ . Conjecturas e refutações. Tradução de Sérgio Bath. 2ª ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1982. ___________. Lógica das ciências sociais. Tradução de Estevão de Rezende Martins, Apio Cláudio Muniz Acquarone Filho, Vilma de Oliveira Moraes e Silva. 3ª ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2004. ___________. Os dois problemas fundamentais da teoria do conhecimento. Tradução de Antonio Ianni Segatto. São Paulo: Editora Unesp, 2013. __________. “O mito do referencial”. Tradução de Mário A. Eufrásio e Pedro Motta de Barros. In Khronos: revista de História da Ciência. n. 1. São Paulo: Humanitas, 2008. pp. 209-241. ___________. O racionalismo crítico na política. Tradução de Maria da Conceição Côrte-Real. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1981 (Cadernos UnB). ___________. O realismo e o objectivo da ciência. W. W. W. Bartley, III (Org.). Tradução de Nuno Ferreira da Fonseca. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1987. ___________. The Open Society and its Enemies: The Spell of Plato. I v. London and New York: Routledge, 1947. ____________. The Open Society and its Enemies: The High Tide of Prophecy: Hegel, Marx and the Aftermath. II v. London and New York: Routledge, 1947. ___________. The Poverty of Historicism. Boston: The Beacon Press, 1957. QUINTON, A. “Karl Popper: A política sem essência”. In Filosofia política contemporânea. Edição por Anthony de Crespigny e Kenneth R. Minogue. Tradução de Yvonne Jean. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1979. pp. 179-201. SANTOS, F. A. A emergência da modernidade: atitudes, tipos e modelos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1990. SHEARMUR, J. The Political Thought of Karl Popper. London and New York: Routledge, 1996. VIEIRA, D. M. Popper, verdade e progresso científico: possibilidades e limites na elaboração de uma epistemologia objetiva. Porto Alegre: Editora Fi, 2017 (recurso eletrônico). WEBER, M. Ciência e política: duas vocações. Prefácio de Manoel T. Berlinck. Tradução de Leonidas Hegenberg e Octanny Silveira da Mota. São Paulo: Cultrix, 1970. WILKINS, B. T. Has History Any Meaning? A Critique of Popper’s Philosophy of History. Ithaca, N. Y.: Cornell University Press, 1978por
dc.subject.cnpqFilosofiapor
dc.thumbnail.urlhttps://tede.ufrrj.br/retrieve/71075/2020%20-%20Daniel%20Mota%20Vieira.pdf.jpg*
dc.originais.urihttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/6068
dc.originais.provenanceSubmitted by Celso Magalhaes (celsomagalhaes@ufrrj.br) on 2022-10-17T13:14:18Z No. of bitstreams: 1 2020 - Daniel Mota Vieira.pdf: 882970 bytes, checksum: ef2243d5a5484f56115b7c8b54a60e19 (MD5)eng
dc.originais.provenanceMade available in DSpace on 2022-10-17T13:14:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2020 - Daniel Mota Vieira.pdf: 882970 bytes, checksum: ef2243d5a5484f56115b7c8b54a60e19 (MD5) Previous issue date: 2020-12-18eng
Appears in Collections:Mestrado em Filosofia

Se for cadastrado no RIMA, poderá receber informações por email.
Se ainda não tem uma conta, cadastre-se aqui!

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
2020 - Daniel Mota Vieira.pdf2020 - Daniel Mota Vieira862.28 kBAdobe PDFThumbnail
View/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.