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Tipo do documento: Dissertação
Title: Efeito antinociceptivo e anti-inflamatório do extrato metanólico das partes aéreas da Cleome spinosa Jacq (St. hil.) (mussambê) e de compostos flavonóides isolados.
Other Titles: Antinociceptive and anti-inflammatory effect of methanolic extract obtained from aerial parts of Cleome spinosa Jacq (St. Hil.) (mussambê) and isolated flavonoids compounds.
Authors: Ferreira, Raquel Teixeira
Orientador(a): Vanderlinde, Frederico Argollo
Keywords: Cleome spinosa;antinociceptivo;anti-inflamatório;Cleome spinosa,, .;antinociceptive;anti-inflammatory
Área(s) do CNPq: Medicina Veterinária
Idioma: por
Issue Date: 30-Sep-2011
Publisher: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Veterinária
Programa: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Citation: FERREIRA, Raquel Teixeira. Efeito antinociceptivo e anti-inflamatório do extrato metanólico das partes aéreas da Cleome spinosa Jacq (St. hil.) (mussambê) e de compostos flavonóides isolados. 2011.104 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica.
Abstract: A Cleome spinosa (Brassicaceae), popularmente conhecida como mussambê ou sete-marias, tem o chá de suas raízes utilizado no combate de processos inflamatórios, tosse, asma ou bronquite, e o sumo das folhas em otites e feridas. A eficácia da espécie no tratamento das bronquites asmáticas foi caracterizada, bem como foram isolados diterpenos, flavonóides, catequinas, chalconas e alcalóides de seus extratos. Alguns flavonóides apresentaram atividades anti-oxidante, antifúngica, antibacteriana, antimutagênica e anti-espasmódica. Considerando estes indicativos e utilizando metodologias farmacológicas, esse trabalho avaliou o potencial antinociceptivo e anti-inflamatório do extrato metanólico das partes aéreas da Cleome spinosa (EMCS) e dos flavonóides F10-16 e F11-13, administrados pela via oral, e mecanismos de ação envolvidos. Na avaliação antinociceptiva pelo teste da formalina em camundongos, evidenciou-se que o EMCS (1g/kg) reduziu o tempo de reatividade dos animais na 1ª (60,8%) e na 2ª fase (81,5%), sugerindo o envolvimento de mecanismos de ação central e anti-inflamatória na antinocicepção. Pelo método de Hargreaves, essa mesma dose do EMCS inibiu a dor incisional em ratos na segunda etapa (3o dia) do experimento, nos tempos de 3, 6, 9 e 12 horas após o tratamento, com inibição da hiperalgesia térmica de até 44,9%. De maneira semelhante, no teste de von Frey, ocorreu redução da alodinia mecânica nos tempos de 1, 3, 6, 9, 12 e 24 horas, com inibição máxima de 29,6%, bem como no 7º, 10º e 14º dias. Na avaliação anti-inflamatória através do teste da pleurisia induzida por carragenina em camundongos, o EMCS (1g/kg) foi capaz de reduzir a migração leucocitária (37,1%), bem como o extravasamento protéico para a cavidade pleural (32,1%). Estas propriedades anti-inflamatórias do EMCS foram confirmadas através da dosagem ex vivo (ELISA) do TNF-α no exsudato obtido da pleurisia, observando-se redução de 29,8% na concentração deste mediador inflamatório. A participação dos flavonóides F10-16 e/ou F11-13 na efetividade antinociceptiva e anti-inflamatória do EMCS foi investigada. No teste das contorções abdominais induzidas por ácido acético em camundongos, o F10-16 (0,5; 1 e 2mg/kg) reduziu de maneira dose dependente as contorções (ID50=1,47mg/kg). Na formalina, a administração dos compostos F10-16 ou F11-13 (2mg/kg) inibiu a 2ª fase de nocicepção em 51,4 e 38,7% respectivamente. Nos testes da pleurisia e do edema de pata por carragenina em camundongos, o F10-16 ou F11-13 (2mg/kg) inibiram a migração leucocitária (42,7% e 39,0%) e a formação do edema em até 47,1% e 43,7% respectivamente, reduzindo também a concentração de TNF-α em 8,5% (F10-16) e 11,5% (F11-13). Na avaliação in vitro (ELISA) da influência dos flavonóides (6,75 a 200μg/mL) na atividade das cicloxigenases 1 e 2, o F11-13 apresentou inibição preferencial da COX-1 enquanto que o F10-16 inibiu seletivamente a COX-2. Na fosfolipase A2, os flavonóides (1mg/mL) inibiram 34,6% (F11-13) e 16,7% (F10-16) a atividade da enzima. Esses resultados indicam que a antinocicepção do EMCS envolve mecanismos anti-inflamatórios, através da inibição de enzimas responsáveis pela síntese de mediadores pró-inflamatórios e com a participação dos compostos flavonóides nesta efetividade, podendo estes resultados explicar algumas das indicações populares da Cleome spinosa.
Abstract: Cleome spinosa (Brassicaceae) is popularly known as mussambê or sete-marias. The tea of its roots is used to treat of inflammatory processes, cough, asthma and bronchitis, and the juice of the leaves to ear infections and wounds. The effectiveness of this species in treatment of asthmatic bronchitis was characterized, and from their extracts diterpenes, flavonoids, catechins, chalcones and alkaloids were isolated. Some flavonoids showed anti-oxidant, antifungal, antibacterial, antimutagenic and anti-spasmodic activity. Considering these indications and using pharmacological methodologies, this study evaluated the antinociceptive and anti-inflammatory potential of the methanolic extract from aerial parts of Cleome spinosa (EMCS) and flavonoids compounds F10-16 and F11-13, orally administered, and the mechanisms of action involved. In the antinociceptive evaluation through the formalin test in mice, the EMCS (1g/kg) reduced the reactivity of animals in the 1st (60.8%) and 2nd phases (81.5%), suggesting the involvement of central and anti-inflammatory mechanisms in the antinociception. In the Hargeaves method, the same dose of EMCS inhibited the incisional pain in rats in the 2nd stage (3rd day) of the experiment, at 3, 6, 9 and 12 hours after treatment, with maximum inhibition of thermal hyperalgesia of 44,9%. Similarly, in von Frey test, the reduction in mechanical allodynia occurred 1, 3, 6, 9, 12 and 24 hours , with maximum inhibition of 29,6%, as well in the 7, 10 and 14 days. In anti-inflammatory evaluating with carrageenan-induced pleurisy test, the EMCS (1g/kg) was able to reduce leukocyte migration (37.1%), as well as protein leakage to pleural cavity (32.1%). The anti-inflammatory properties of EMCS were confirmed through ex vivo dosage (ELISA) of TNF-α present in exudate obtained from pleurisy test, with concentration reduction (29.8%) of this inflammatory mediator. The flavonoids (F10-16 and/or F11-13) involvement of antinociceptive and anti-inflammatory activity of EMCS was investigated. In the writhing test (acetic acid in mice), the F10-16 (0.5, 1 and 2 mg/kg) produced dose-related inhibition of writhing (ID50= 1.47 mg/kg). In formalin test, the administration of F10-16 or F11-13 (2mg/kg) inhibited the 2nd phase of nociception at 51.4 and 38.7% respectively. In carragenan-induced pleurisy and paw edema tests in mice, the F10-16 or F11-13 (2mg/kg) inhibited leukocyte migration (42.7% and 39.0%) and edema formation by up to 47.1% and 43.7% respectively, also reducing the concentration of TNF-α by 8.5% (F10-16) and 11.5% (F11-13). The in vitro evaluation (ELISA) of flavonoids (6,75 to 200μg/mL) influence of cycloxygenase 1 and 2 activity, the F11-13 showed preferential inhibition of COX-1, while F10-16 selectively inhibited COX-2. In the phospholipase A2 assay, flavonoids (1mg/mL) inhibited 34.6% (F11-13) and 16.7% (F10-16) the enzyme activity. These results indicate that the EMCS antinociception involves anti-inflammatory mechanisms, through inhibiting of enzymes responsible for synthesis of pro-inflammatory mediators, with the participation of flavonoids compounds in this effectiveness. These results may explain some of the popular indications of Cleome spinosa.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14210
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