Please use this identifier to cite or link to this item: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15969
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.authorProença, Mariana Luiz-
dc.date.accessioned2024-02-27T13:18:19Z-
dc.date.available2024-02-27T13:18:19Z-
dc.date.issued2022-03-25-
dc.identifier.citationPROENÇA, Mariana Luiz. As casas de sementes comunitárias como estratégia de conservação da biodiversidade agrícola no semiárido brasileiro. 2022. 79f. Dissertação (Mestrado Profissional em Desenvolvimento Sustentável). Instituto de Florestas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2022.pt_BR
dc.identifier.urihttps://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15969-
dc.description.abstractO armazenamento de sementes no semiárido brasileiro é uma prática tradicional que colabora para a conservação da agrobiodiversidade. Em uma região em que a ausência de chuvas compromete a produção agrícola no verão, estocar água, sementes e forragem é uma estratégia para a permanência e sobrevivência no sertão, e compõe a cultura do estoque. Este trabalho busca refletir sobre a contribuição que as casas de sementes comunitárias trouxeram para seis experiências recentes de guarda coletiva de sementes locais no semiárido cearense. Perguntou-se de que maneira as casas podem contribuir para a conservação da agrobiodiversidade, e quais os limites que estão impostos para o desempenho dessa função. As seis comunidades visitadas fazem parte do Projeto Paulo Freire, de apoio e incentivo à agricultura familiar, coordenado pela Secretaria de Agricultura do Governo do Estado do Ceará e com apoio do Fundo Internacional de Desenvolvimento da Agricultura (FIDA/ONU), e foram atendidas pelo Programa Sementes do Semiárido, da Articulação do Semiárido (ASA). Em um período de três meses, entre agosto e novembro de 2018, seis casas de sementes comunitárias foram percorridas, duas em cada uma das três regiões: Sertão do Inhamuns, Cariri Oeste e Sertão Sobral. Foi adotada uma proposta pluri metodológica, que inclui entrevistas focalizadas, análise participativa, e sensibilidade etnográfica. Ao todo foram realizadas 40 entrevistas, em cada comunidade um mínimo de cinco núcleos familiares participaram das entrevistas semiestruturadas, e em duas dessas comunidades realizamos a pesquisa de quatro células. Observa-se que o objetivo das casas de sementes comunitárias concentra-se na garantia das sementes para o plantio na época certa, e que a variabilidade das sementes recebe menos atenção. No entanto, não está inviabilizada a conservação da agrobiodiversidade através das casas de sementes, uma vez que estas são uma peça dentro de uma rede de intercâmbio de sementes, e essenciais para a construção de um sistema de segurança e soberania alimentar territorial e regional.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiropt_BR
dc.subjectAgroecologiapt_BR
dc.subjectSementes crioulaspt_BR
dc.subjectAgrobiodiversidadept_BR
dc.subjectAgroecologypt_BR
dc.subjectCreole seedspt_BR
dc.subjectAgrobiodiversitypt_BR
dc.titleAs casas de sementes comunitárias como estratégia de conservação da biodiversidade agrícola no semiárido brasileiropt_BR
dc.title.alternativeCommunity seed houses as a strategy for the conservation of agricultural biodiversity in the Brazilian semiarid regionen
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.description.abstractOtherSeed storage in the Brazilian semiarid region is a traditional practice that contributes to the conservation of agrobiodiversity. In a region where the absence of rain compromises agricultural production in the summer, stocking water, seeds and forage is a strategy for permanence and survival in the sertão, and makes up the stock culture. This work seeks to reflect on the contribution that community seed houses brought to six recent experiences of collective storage of local seeds in the semi-arid region of Ceará.. It was asked how houses can contribute to the conservation of agrobiodiversity, and what limits are imposed on the performance of this function. The six communities visited are part of the Paulo Freire Project, which supports and encourages family farming, coordinated by the Secretary of Agriculture of the Government of the State of Ceará and with support from the International Fund for Agricultural Development (IFAD/UN), and were assisted by the Semi-Arid Seeds Program, of the Semi-Arid Articulation (ASA). In a period of three months, between August and November 2018, six community seed houses were visited, two in each of the three regions: Sertão do Inhamuns, Cariri Oeste and Sertão Sobral. A pluri-methodological proposal was elaborated, which includes focused interviews, participatory analysis, ethnographic sensitivity. In all, 40 interviews were carried out, in each community a minimum of family nuclei participated in the semi-structured interviews, and in two communities we carried out the research of four cells. Note that the purpose of community seed houses is to ensure that seeds are planted at the right time, and that seed variability receives less attention. However, the conservation of seed houses is not unfeasible, since they are a part of a seed exchange network, and essential for the construction of a system of territorial and regional food security and sovereignty.en
dc.contributor.advisor1Amâncio, Robson-
dc.contributor.advisor1ID432.522.576-53pt_BR
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0002-2920-2664pt_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9333282646291761pt_BR
dc.contributor.referee1Amâncio, Robson-
dc.contributor.referee1ID432.522.576-53pt_BR
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0000-0002-2920-2664pt_BR
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9333282646291761pt_BR
dc.contributor.referee2Guimarães, Marcelo Duncan Alencar-
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/8832406794447361pt_BR
dc.contributor.referee3Esmeraldo, Gema Galgani Silveira Leite-
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/9529052562255476pt_BR
dc.contributor.referee4Fernandez, Annelise Caetano Fraga-
dc.contributor.referee4IDhttps://orcid.org/0000-0002-2659-9547pt_BR
dc.contributor.referee4Latteshttp://lattes.cnpq.br/3345036512295680pt_BR
dc.creator.ID009.802.470-12pt_BR
dc.creator.Lattes-pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentInstituto de Florestaspt_BR
dc.publisher.initialsUFRRJpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentávelpt_BR
dc.relation.referencesAB´SABER, A. No domínio das caatingas. In: BARROS, Joana; PRIETO, Gustavo; MARINHO, Caio. (org.). Sertão, Sertões: repensando contradições, reconstruindo veredas. Editora Elefante, 2019. ALENCAR, Edgard. Pesquisa em turismo. Lavras: UFLA / FAEPE, 2007. 174p. ALMEIDA, P.; CORDEIRO, A. Semente da Paixão: estratégia comunitária de conservação de variedades locais no semiárido. 72p. Rio de Janeiro, AS-PTA, 2002. AMOROZO, M. C. de M. Sistemas agrícolas de pequena escala e a manutenção da agrobiodiversidade: uma revisão e contribuições. Rio Claro: FCA - UNESP, 1. ed., 2013. ARTICULAÇÃO SEMIÁRIDO BRASILEIRO. O lugar da convivência na erradicação da extrema pobreza. p. 20, 2011. Disponível em: https://www.asabrasil.org.br/images/UserFiles/File/Olugardaconvivencianaerradicacaodaextre mapobreza.pdf Acesso em: 6 fev. de 2022. AS-PTA. PAA Sementes e Projeto de lei Emergencial da Agricultura familiar. Disponível em: https://aspta.org.br/2020/08/03/projeto-de-lei-735-e-um-pouco-da-historia-do-programa-de-aq uisicao-de-alimentos-paa/ Acesso em: 6 fev. de 2022. BAPTISTA, N.; CAMPOS, C. Possibilidades de construção de um modelo sustentável de desenvolvimento no Semiárido. In: CONTI, Irio Luiz; SCHROEDER, Edni Oscar (org.). Convivência com o semiárido brasileiro: autonomia e protagonismo social. Brasília: Editora IABS, 2013. BRASIL. Lei n° 10.711, de 5 de agosto de 2003. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Sementes e Mudas e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.711.htm. Acesso em: 22 out. 2021. BRUSH, S. B. Genes in the field: on-farm conservation of crop diversity. Ottawa, Canada: International Development Research Centre, 2000. CASTRO, J. Geografia da fome: o dilema brasileiro: pão ou aço. ed. 10. Rio de Janeiro: Antares, 1984. CLEMENT, C. R. 1492 and the loss of amazonian crop genetic resources. I The relation between domestication and human population decline. Economic Botany, 53(2), 188-202, 1999. COUPE, S.; LEWINS, R. Negotiating the seed treaty. Bourton on Dunsmore, UK: Practical Action Publishing, 2007. 62 DE BOEF, Walter Simon. Biodiversidade e Agrobiodiversidade. In: DE BOEF, Walter Simon; THIJSSEN, Marja Helen; OGLIARI, Juliana Bernardi; STHAPIT, Bhuwon. (ed.). Biodiversidade e agricultores: Fortalecendo o manejo comunitário. Porto Alegre: L&PM Editores, 2007. DE BOEF, Walter Simon et al. Moving Beyond the Dilemma: Practices that Contribute to the On-Farm Management of Agrobiodiversity. Journal of Sustainable Agriculture, v. 36, n. 7, p. 788–809, 2012. EMPERAIRE, L. Diversidade biológica e diversidade cultural. In: BARROS, José Márcio; KAUARK, Giuliana. Diversidade cultural e desigualdade de trocas: participação, comércio e comunicação/organização. São Paulo: Itaú Cultural; Observatório da Diversidade Cultural, Editora PUCMinas, 2011. FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION. Plant Production and Protection Division. International Treaty on Plant Genetic Resources for Food and Agriculture. Rome, 2009. FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION. The state of the world’s plant genetic resources for food and agriculture. Rome, 1997. GOODMAN, D.; SORJ, B.; WILKINSON, J. Da lavoura às biotecnologias: agricultura e indústria no sistema internacional. Rio de Janeiro: Campus, 1990. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Agropecuário 2017. Disponível em : https://censoagro2017.ibge.gov.br// Acesso em: 6 fev. 2022. KASTRUP, V. O funcionamento da atenção no trabalho do cartógrafo. In.: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da (org.). Pistas do Método da Cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009. KOROL, C. Somos tierra, semilla, rebeldía: Mujeres, tierra y territorios en América Latina. GRAIN, Acción por la Biodiversidad y América Libre, 2016. LITTLE, P. E. Ecologia política como etnografia: um guia teórico e metodológico. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 12, n. 25, p. 85-103, jan./jun. 2006. LONDRES, Flavia. Sementes da diversidade: a identidade e o futuro da agricultura familiar. Agriculturas, Rio de Janeiro, v. 11, n. 1, p. 4-8, abr. 2014. LOPES, H. R.; SCHMITT, C. J.; VASCONCELOS, J. M. Ordens, práticas e fluxos na constituição das sementes crioulas: apontamentos a partir do tecido mundo da Rede de Intercâmbio de Sementes (RIS) na região de Sobral-CE. Desenvolvimento Rural Interdisciplinar, v. 1, n. 2, p. 143–175, 2019. LOPES, H. R.; SCHMITT, C. J. Sobre sementes, terra, água e políticas públicas: histórias, traduções e práticas na constituição de Casas de Sementes no Ceará. In: SABOURIN, E. et al. 63 (org.). A ação pública de adaptação da agricultura à mudança climática no nordeste semiárido brasileiro. 1. ed. Rio de Janeiro: E-papers, 2021. cap. 11. MACHADO, A. T. Biodiversidade e Agroecologia. In: DE BOEF, Walter Simon; THIJSSEN, Marja Helen; OGLIARI, Juliana Bernardi; STHAPIT, Bhuwon. (ed.). Biodiversidade e agricultores – Fortalecendo o manejo comunitário. Porto Alegre: L&PM Editores, 2007. MAZOYER, M., ROUDART, L. História das agriculturas no mundo: do neolítico à crise contemporânea. São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF: NEAD, 2010. MCNEILL, P.; CHAPMAN, S. Research methods. Londres: Routledge, 2005. NORDESTE sertanejo: a região semi-árida mais povoada do mundo. Estudos Avançados, v. 13, n. 36, p. 60–68, 1999. OLIVEIRA, A. U. O campo brasileiro no final dos anos 1980. In: STEDILE, J. P. (org.). A questão agrária no Brasil: o debate na década de 1990. 1ed. São Paulo: Expressão Popular, 2013. PETERSEN, P.; SILVEIRA, L.; DIAS, E.; CURADO, F.; SANTOS. Sementes ou grãos? Lutas para desconstrução de uma falsa dicotomia. Agriculturas, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 36-46, mar. 2013. PETERSEN, P. et al. Método de análise econômico-ecológica de Agroecossistemas. Editora: AS- PTA, Rio de Janeiro-RJ, 2017. PRIMACK, R. B.; RODRIGUES, E. Biologia da conservação. Londrina: E. Rodrigues, 2001. PRIMAVESI, A. Manual do solo vivo: solo sadio, planta sadia, ser humano sadio. ed.rev. 2, São Paulo: Expressão Popular, 2016. REDE DE INTERCÂMBIO DE SEMENTES. Manual de Gestão e Organização da Rede de Intercâmbio de Sementes. Disponível em: https://www.caritassobral.org/_files/ugd/b86747_0e742bb1e33f48d6a3e6214972ef67e5.pdf Acesso em: 6 fev. 2022. REIS M. R. Tecnologia Social de Produção de Sementes e Agrobiodiversidade. 2012. 288 f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Sustentável), Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília, 2012. ROCHA, J. C. Soberania e segurança alimentar no Semiárido. In: CONTI, Irio Luiz; SCHROEDER, Edni Oscar (org.). Convivência com o semiárido brasileiro: autonomia e protagonismo social. Brasília: Editora IABS, 2013. SACHS, Jeffrey. The age of sustainable development. New York: Columbia University Press, 2015. 64 SANTILLI, J. Agrobiodiversidade e direitos dos agricultores. São Paulo: Peirópolis, 2009. SCHISTEK, H. O semiárido brasileiro: uma região mal compreendida. In: CONTI, Irio Luiz; SCHROEDER, Edni Oscar (org.). Convivência com o semiárido brasileiro: autonomia e protagonismo social. Brasília: Editora IABS, 2013. SHIVA, V. Monoculturas da mente: perspectivas da biodiversidade e da biotecnologia. São Paulo: Gaia, 2003. SILVA, Roberto Marinho Alves da. Entre dois paradigmas: combate à seca e convivência com o semiárido. Sociedade e Estado, Brasília, v. 18, n. 1/2, p. 361-385, 2003. SILVA, Roberto Marinho Alves da. Entre o combate à seca e a convivência com o semiárido: transições paradigmáticas e sustentabilidade do desenvolvimento. 276f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável) - Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília, 2006. WEID, J. M.; CORREA, C. Variedades crioulas na Lei de Sementes: avanços e impasses. Agriculturas, Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p. 11-14, abr. 2006. ZANGALLI JUNIOR, P. C. As secas no Sertão: dualidade climática entre excepcional e o habitual. In: BARROS, Joana; PRIETO, Gustavo; MARINHO, Caio (org.). Sertão, Sertões: repensando contradições, reconstruindo veredas. Editora Elefante, 2019.pt_BR
dc.subject.cnpqRecursos Florestais e Engenharia Florestalpt_BR
Appears in Collections:Mestrado Profissional em Práticas em Desenvolvimento Sustentável

Se for cadastrado no RIMA, poderá receber informações por email.
Se ainda não tem uma conta, cadastre-se aqui!

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
2022 - Mariana Luiz Proença.pdf2.6 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.