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Tipo do documento: Tese
Title: O uso de morfometria e microquímica de otólitos saggitae como ferramentas para investigar a conectividade populacional de Mugil liza (Valenciennes, 1836) na costa do sudeste do Brasil
Other Titles: The use of morphometry and microchemistry of the saggitae otoliths as tools to investigate the population connectivity of Mugil liza (Valenciennes, 1836) on the the southeastern coast of Brazil
Authors: Silva, José Paulo do Carmo
Orientador(a): Araújo, Francisco Gerson
Primeiro coorientador: Franco, Taynara Pontes
Primeiro membro da banca: Araújo, Francisco Gerson de
Segundo membro da banca: Tubino, Magda Fernandes de Andrade
Terceiro membro da banca: Martins, Raquel Rennó M.
Quarto membro da banca: Costa, Marcus Rodrigues da
Quinto membro da banca: Magalhães, Jayme Santangelo
Keywords: Conectividade;recursos pesqueiros;otólitos;zonas costeiras;Connectivity;fishery resources;otoliths;molecular markers;coastal zones
Área(s) do CNPq: Biotecnologia
Zoologia
Idioma: por
Issue Date: 19-Dec-2019
Publisher: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Programa: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Citation: SILVA, José Paulo do Carmo. O uso de morfometria e microquímica de otólitos saggitae como ferramentas para investigar a conectividade populacional de Mugil liza (Valenciennes, 1836) na costa do sudeste do Brasil. 2019. 107 f. Tese (Doutorado em Biologia Animal) - Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2019.
Abstract: O estudo visa investigar a conectividade de um importante recurso pesqueiro da costa do Sudeste do Brasil (tainha, Mugil liza) entre sistemas costeiros semifechados e a zona costeira adjacente, objetivando fornecer subsídios para preservação e uso sustentado. Duas abordagens foram utilizadas buscando alcançar este objetivo, e que correspondem aos dois capítulos da Tese: 1. Morfometria de otólitos sagittae; 2. Microquímica de otólitos sagittae. Os peixes foram coletados ao longo de cerca de 612 km de extensão da costa, abrangendo os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, nos seguintes sistemas semifechados e em suas respectivas zonas costeiras adjacentes: estuários de Santos/Guarujá e proximidades de Caraguatatuba/Ilha Bela; baias de Sepetiba/Ilha Grande e Guanabara; e lagunas de Saquarema e Maricá. Buscou-se, através das duas abordagens investigar a existência de diferentes grupos populacionais ao longo da área de estudo, a conectividade populacional entre os sistemas e os grupos populacionais, e a existência de diferentes padrões de movimentação dos indivíudos dentro dos diferentes sistemas (lagunas, baias e estuários). No primeiro capítulo testamos a existência de diferentes estoques populacionais de tainhas ao longo da costa dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Partindo da premissa de que os diferentes morfotipos e/ou variações na forma dos otólitos podem representar diferentes populações/estoques, testamos a hipótese de que exista mais de um estoque/população de Mugil liza ao longo da área de estudo. Para isso utilizamos descritores elípticos de Fourier e índices morfométricos para identificar variações na forma. Um padrão geográfico de separação, sugerindo a existência de ao menos dois grupos populacionais ao longo da área de estudo foi detectado, tendo sido revelado a presença de três morfotipos de otólitos que não apresentaram um padrão clinal de distribuição, sugerindo a área de estudos como uma área de transição para diferentes grupos populacionais de M. liza. No segundo capítulo foram estudados os padrões de movimentos e de uso dos sistemas semifechados e da zona costeira aberta, partindo da premissa de que as tainhas utilizam sistemas estuarinos durante a fase inicial do seu ciclo de vida e migram para a plataforma quando adultos, compondo o estoque migrador/desovante da espécie. Testamos a hipótese de que exista uma diferenciação individual de uso, onde alguns indivíduos retornam para o ambiente estuarino após a desova e alguns indivíduos não precisam sair dos sistemas estuarinos para completar o ciclo de vida. Para isso foram avaliados os perfis elementares de estrôncio (Sr) e bário (Ba) das tainhas capturadas no interior dos principais sistemas estuarinos e respectivos locais da zona costeira adjacente. As concentrações de Sr ao longo do eixo núcleo-borda (historia de vida) e núcleo (áreas de nascimento) sugerem distintas populações/estoques e áreas de nascimento tanto na plataforma adjacente como na região estuarina. Três perfis de movimentação foram identificados sendo mais comum o Marinho Visitante (MV), representando conexões entre os ambientes estuarinos e o ambiente marinho. O segundo perfil, Estuarino Residente (ER), compreende os indivíduos que permaneceram no ambiente estuarino durante o todo o ciclo de vida. Por fim, o terceiro perfil identificado, Marinho Migrador (MM), representado por indivíduos que permaneceram em ambientes estuarinos durante as primeiras fases do ciclo de vida e migraram aparentemente de forma definitiva para o ambiente marinho. Foi constatada, neste estudo, a grande plasticidade desta espécie no uso dos ambientes estuarinos e costeiros adjacentes, uma possível adaptação às condições euriralinas que permitem a persistência de grupos populacionais em elevada abundância nesta região de transição entre as áreas temperadas e tropicais do sudeste do Brasil.
Abstract: The study aims to investigate the connectivity of an important fishery resource along the southeastern Brazilian coast of (mullet, Mugil liza) between semi-closed coastal systems and the adjacent coastal zone, aiming to provide subsidies for preservation and sustainable use. Two approaches were used to achieve these objectives, which correspond to the two chapters of the Thesis: 1. Morphometry of the Sagittae otolith; 2. Biochemistry of the Sagittae otolith. The fishes were collected along about 612 km, covering the coast of the states of Rio de Jneiro and São Paulo, in the following semi-closed systems and in their respective adjacent coastal zones: estuaries of Santos/Guarujá and proximities of Caraguatatuba/Ilha Bela; bays of Sepetiba/Ilha Grande and Guanabara; and the coastal lagoons of Saquaremma and Maricá. We investigated, through the two approaches, the existence of different population groups throughout the study area, the population connectivity between the systems and the stocks/populations, and the existence of different pattern of individual movements within the different systems (lagoons, bays and estuaries). In the first chapter we tested the existence of different stocks of mullets along the coast of the states of São Paulo and Rio de Janeiro. Assuming that different morphotypes and/or variations in otolith shape may represent different populations/stocks, we tested the hypothesis that there is more than one Mugil liza stock/population across the study area. For this, we used Fourier elliptical descriptors and morphometric indices to identify variations in the shape of otoliths throughout the study area. A geographical pattern of separation, suggesting the existence of at least two stocks/populations throughout the study area was detected, and the presence of three otolith morphotypes that did not show a clinal distribution pattern was found, suggesting that the study area is a transition area for different stocks / populations of M. liza. In the second chapter, the patterns of movement and use of semi-closed systems and open coastal zone were studied. Assuming that mullets use estuarine systems during the early phase of their life cycle and migrate to the platform as adults, to be part of the migratory/spawning stock of the species. We tested the hypothesis that there is an individual differentiation of use, with some individuals returning to the estuarine environment after spawning and some others individuals do not need to exit estuarine systems to complete their life cycle. For this, the elemental strontium and barium profiles of the mullets captured within the main estuarine systems and respective coastal zone sites were evaluated. Sr concentrations along the nucleus-edge (life history) and nucleus (birth areas) axis suggest distinct populations / stocks and birth areas in both the adjacent platform and the estuarine region. Three movement profiles were identified, with the most common named Marine Visitors (MV), representing connections between estuarine and marine environments. The second profile was named Estuarine Resident Estuarine (ER), comprising individuals who remained in the estuarine environment during their life cycle. Finally, the third identified profile was named Marine Migrator (MM), represented by individuals who remained in estuarine environments during the early stages of the life cycle and apparently migrated permanently to the marine environment. In this study, the great plasticity of this species was observed in the use of adjacent estuarine and coastal environments, a possible adaptation to the euriraline conditions that allow the persistence of stocks / populations in high abundance in this transition region between the temperate and tropical areas of southeastern Brazil. Brazil.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9165
Appears in Collections:Doutorado em Biologia Animal

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