Concentração espacial da produção do coco verde no estado do Rio de Janeiro

Abstract

Atualmente, a cocoicultura é considerada a segunda cultura frutífera de importância na região nordeste brasileira, tendo o tabuleiro costeiro como maior produtor. A água do coco verde vem atualmente se constituindo em um grande ramo de comercialização de coco (cocos nucifera L) da variedade anão com acesso notadamente a mercados distantes dos centros de produtividade. Essa cultura vem ser tornando de grande importância na geração de empregos e renda durante todo a ano, além de garantir trabalho para muitas pessoas que migram para as grandes, médias e pequenas cidades onde o coco-verde vem sendo cultivado. Apesar da grande produção nos estados do Nordeste, é no estado do Rio de Janeiro que se encontra o maior índice de produtividade da cultura. O objetivo do presente estudo é analisar a concentração espacial da produção do coco verde no estado de Rio de Janeiro e a sua distribuição espacial para os 92 municípios no período 2009 a 2019 e tenta identificar algum tipo de regularidade espacial (clusters). Para tal será utilizada a Análise Exploratória dos Dados Espaciais (AEDE) que está baseada nos aspectos espaciais da base de dados, ou seja, trata diretamente de questões como dependência espacial (e.g associação espacial), buscando identificar se o quociente locacional da produção do coco verde está se tornando mais homogêneo no período analisado. Como principais resultados, verificou-se que o arranjo de Quissamã, município individual, é focado em poucas propriedades de maior porte e maior nível de tecnologia e produtividade. Além disso, o município conta com um nível adicional de encadeamento por conta da presença de uma indústria de envase localizada no município. Por sua vez, os arranjos de vizinhança localizados em Itaguaí/Seropédica e Saquarema, possui um número elevado de produtores de menor porte e com pacote tecnológico intermediário.