Capoeira Angola, Cultura Negra, Educação e Infâncias.

Abstract

Esta pesquisa tem como objetivo investigar o impacto na educação e vida cotidiana de crianças pertencentes a grupos de capoeira angola. Como uma das manifestações culturais para ser estudada nas escolas, ressaltando a valorização da cultura afro brasileira e sua contribuição corporal. Dialogando com a lei 10.639/03 viabilizando que crianças negras brasileiras se afrocentrem.1 Buscamos como prática de ensino a capoeira angola e suas características corporais em um primeiro contato em busca da valorização e do reconhecimento de sua identidade, positivando-a. Assim contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária, na luta diária contra o racismo. Cabe lembrarmos o grande impacto da cultura eurocêntrica e suas deformações quando inseridas em culturas de matrizes africanas e afro brasileiras. O qual favorece a difusão de modelos de práticas corporais que perseguem determinados estereótipos, gerando certas necessidades para crianças e jovens negros. Tal impacto não só tem sido suficientemente analisado na constituição dos indivíduos, como também têm determinado, em grande medida, a intervenção pedagógica dos profissionais da área e as reivindicações da população negra. Os resultados da pesquisa poderão contribuir para problematizar as diferentes concepções de práticas corporais, cultura, esporte e lazer na modernidade e suas diferentes expressões em relação as diversas culturas, bem como para indicar as suas possibilidades como componente educacional, formativo, presentes nestes projetos com a capoeira. Levantando algumas experiências de crianças que cresceram no terreno da capoeira, aonde seu brincar são os espaços da capoeira angola. Incluindo também como grande questão a branquitude, como responsável por anos de violência civilizatória, ao comprometimento real dentro das culturas de origem negras.