Please use this identifier to cite or link to this item: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13490
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.authorCouto, Daiana Carolina da Silva Fernandes
dc.date.accessioned2023-12-22T02:47:44Z-
dc.date.available2023-12-22T02:47:44Z-
dc.date.issued2019-12-16
dc.identifier.citationCOUTO, Daiana Carolina da Silva Fernandes. Erística: uma arte do falar e argumentar em Platão e Aristóteles. 2019. 65 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais. Departamento de Filosofia. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2019.por
dc.identifier.urihttps://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13490-
dc.description.abstractUma arte, a arte do falar e do argumentar, denominada erística, a partir do pensamento de dois filósofos antigos, Platão e Aristóteles foi o objeto do estudo desenvolvido na presente dissertação. Neste sentido, a erística pode ser entendida como uma arte do falar, através de uma disputa verbal, que envolve um convencimento, mesmo que este convencimento seja apenas de modo aparente, através de argumentos plausíveis e não necessariamente argumentos verdadeiros. Para tal investigação foi realizada uma seleção de obras destes dois filósofos, nas quais a erística é abordada. Para Platão foram selecionados os diálogos Eutidemo, Mênon e Sofista. O diálogo Eutidemo foi selecionado por abordar diretamente a erística, através da discussão entre os irmãos Eutidemo e Dionisodoro com os interlocutores Sócrates, Clínias e Ctesipo; onde os irmãos realizam uma demonstração desta arte do falar e do argumentar, demonstrando a erística na prática. Já o diálogo Mênon foi escolhido por exibir a erística como detentora de poderes entorpecedores, poderes estes capazes de envolver qualquer pessoa em uma discussão, levando-a a cair em aporia, além de apresentar o paradoxo erístico, através da discussão de Sócrates com Mênon, e uma pequena participação do escravo de Mênon. Por fim, o diálogo Sofista foi adotado por ser um diálogo em que é possível observar as singularidades do filósofo, do sofista e do erístico, delineando o papel de cada um destes, principalmente na discussão entre Teeteto e o Estrangeiro de Eleia. Para Aristóteles, foi selecionado o tratado denominado Refutações Sofísticas ou Elenchos Sofísticos, pois foi neste tratado que Aristóteles sistematizou a erística, confirmando sua definição realizada nos Tópicos, bem como descrevendo a maneira de participar de uma disputa erística, além de descrever como os interlocutores devem realizar as perguntas e oferecer as respostas de modo erístico, especialmente através da finalidade e da utilidade da erística. Desta forma é possível destacar a influência de Platão sobre o pensamento de seu discípulo Aristóteles, e o caráter educativo que a erística possui, especialmente para as pessoas que desejavam falar em público, como por exemplo nas assembleias e nos tribunais. É neste contexto da educação que a erística aparece como um ponto forte e positivo. Uma pessoa educada eristicamente, torna-se habilidosa em formular argumentos plausíveis e com alto valor de convencimento, assim, consequentemente torna-se hábil em debater sobre qualquer assunto com qualquer pessoa, sempre conseguindo sucesso no debate ou pelo menos, o aparente sucesso.por
dc.description.sponsorshipCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiorpor
dc.formatapplication/pdf*
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiropor
dc.rightsAcesso Abertopor
dc.subjectErísticapor
dc.subjectPlatãopor
dc.subjectAristótelespor
dc.subjectArte de falarpor
dc.subjectAparênciapor
dc.subjectPlausibilidadepor
dc.subjectEristiceng
dc.subjectArt of Speakingeng
dc.subjectAppearenceeng
dc.subjectPlausibilityeng
dc.titleErística: uma arte do falar e argumentar em Platão e Aristótelespor
dc.title.alternativeEristic: an art of speaking and arguing in Plato and Aristotleeng
dc.typeDissertaçãopor
dc.description.abstractOtherAn art, the art of speaking and arguing, named eristic, from two ancient greek philosophers, Plato and Aristotle was the study object developed in the present dissertation. The eristic can be understood as an art of speaking, through a verbal dispute, which involves the practice of convincing, even if this practice is only in an apparent mode, through plausible arguments and not necessarily true ones. For such investigation, a selection of works of these philosophers was done, in which the eristic is approached. For Plato, the selected dialogues were Euthydemus, Meno and Sophist. The Euthydemus dialogue was selected because it straightly addresses the eristic, through the discussion between the brothers Euthydemus and Dionisodorus with the interlocutors Socrates, Clinias and Ctesipo, where the brothers make a demonstration of this art of speaking and arguing, showing the eristic in practice. The Meno dialogue was chosen because it exhibits the eristic as holder of numbing powers, such powers able to involve every person in a discussion, driving her to a state of aporia, besides presenting the eristic paradox, through the discussion between Socrates and Menon, and a slight participation of Menon’s slave. Finally, the Sophist dialogue was adopted because it is possible to observe the singularities of the philosopher, of the sophist and the eristic, outlining the role of each of them, especially in the discussion between Teeteto and the Stranger from Elea. For Aristotle, the treaty named Sophistic Refutation or Sophistic Elenchos was chosen, because in this treaty Aristotle systematized the eristic, confirming its definition realized in the Topics, as well as describing the way of participating of na eristic dispute, besides describing how the interlocutors have to make their questions and offer the answers in na eristic way, especially through the goal and utility of the eristic. Therefore, it is possible to highlight the influence of Plato in the thought of his disciple Aristotle, and the educational feature that the eristic has, especially for the people who wanted to speak in public, as in assemblies and courts. It is in this context of the education that the eristic presents itself as a positive and strong point. An eristically educated person becomes skilled in formulating plausible arguments and with a high value of convincing, thus, consequently the person becomes skilled in debating on every subject with every person, always achieving success in the debate or at least na apparent success.eng
dc.contributor.advisor1Costa, Admar Almeida da
dc.contributor.advisor1IDCPF: 035.198.837-83por
dc.contributor.referee1Costa, Admar Almeida da
dc.contributor.referee2Haddad, Alice Bitencourt
dc.contributor.referee3Maciel, Marcelo da Costa
dc.contributor.referee4Menezes Neto, Nelson de Aguiar
dc.creator.IDCPF: 120.388.787-65por
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/5630284522671904por
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentInstituto de Ciências Humanas e Sociaispor
dc.publisher.initialsUFRRJpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Filosofiapor
dc.relation.referencesANGIONI, Lucas. Três tipos de argumentos sofísticos. Disponível <https://philarchive.org/archive/ANGTTD>. Acesso 01 set 2019. 2012, p. 187-220. AUGUSTO, Maria das Graça de Moraes. O filósofo e o sofista no Mênon de Platão. Kléos n. 1, 1997, p. 211-229. ARISTÓTELES. Metafísica. Volume II. Tradução do texto grego e comentário de Giovanni Reale. Tradução de Marcelo Perine. 5 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2015. ________. Refutações Sofísticas. In: Órganon. Tradução, textos adicionais e notas de Edson Bini. 3ª ed. São Paulo: Edipro, 2016 (Série Clássicos Edipro). ________. Refutações Sofísticas. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa W. A. Pickard. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978. ________. Retórica. Tradução de Branca Vilallonga (Departamento Editorial da INCM). Portugal: Imprensa Nacional Casa da Moeda Portuguesa, 2005. ________. Tópicos. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa W.A.Pickard. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978. ________. Tópicos. In: Órganon. Tradução, textos adicionais e notas de Edson Bini. 3ª ed. São Paulo: Edipro, 2016 (Série Clássicos Edipro). ________. Tópicos. Tradução de Branca Vilallonga (Departamento Editorial da INCM). Portugal: Imprensa Nacional Casa da Moeda Portuguesa, 2007. BERTI, Enrico. As razões em Aristóteles. Tradução de Dion Davi Macedo. São Paulo: Edições Loyola, 2002. ________. Novos Estudos Aristotélicos I: Epistemologia, lógica e Dialética. Tradução de Élcio de Gusmão Verçosa Filho. São Paulo: Edições Loyola, 2010. BICCA, Luiz. Aristóteles, o primeiro teórico da dialética. In: BICCA, Luiz. Ceticismo antigo e dialética. 1ª edição. Rio de Janeiro: 7Letras: PUC-RJ, 2016, p. 151-176. BRANDWOOD, Leonard. Estilometria e cronologia. In: KRAUT, Richard (Org.). Platão. Tradução de Saulo Krieger. São Paulo: Ideias & Letra, 2013, p. 113-147. BRUNSCHWIG, Jacques. Aristóteles. Retórica e dialética, Retórica e Tópicos. In: Estudos exercícios de Filosofia Grega. Tradução de Cláudio William Veloso. Rio de Janeiro: Editora PUC-RJ; São Paulo: Edições Loyola, 2009. CASERTANO, Giovanni. Definição, dialética e ΛΟΓΟΣ. Apontamentos para o estudo da dialética de Platão. In: MIGLIORI, Maurizio e FERMANI, Adriana (Orgs). Platão e Aristóteles Dialética e Lógica. Tradução de Ivone C. Benedetti. São Paulo: Edições Loyola, 2012, p. 55 – 71. ________. Paradigmas da verdade em Platão. Tradução de Maria da Graça Gomes de Pina. São Paulo: Edições Loyola, 2010. COSTA, Admar. Dialéctica e Retórica na República de Platão. In: Μαθήματα Ecos de filosofía antigua. Editor Raúl Gutiérrez. Lima: Fondo Editorial de la Pontificia Universidad Católica del Perú, 2013. ________. Do Corpo e da aporia. Ítaca UFRJ, Rio de Janeiro, v. 3, p. 42-53, 2002. ________. Sócrates e a ironia segundo Vlastos. Classica. São Paulo, v. 28, p. 185-196, 2015. CORDERO, Néstor Luis. A invenção da Filosofia: uma introdução à Filosofia antiga. Tradução de Eduardo Wolf. São Paulo: Editora Odysseus, 2011. DETIENNE, Marcel. Mestres da verdade na Grécia Arcaica. Tradução de Ivone C. Benedetti. São Pulo: WMF Martins Fontes, 2013. FINE, Gail. Investigação no Mênon. In: KRAUT, Richard (Org.). Platão. Tradução de Saulo Krieger. São Paulo: Ideias & Letra, 2013, p. 237-268. FREDE, Michael. O Sofista de Platão sobre falsos enunciados. In: KRAUT, Richard (Org.). Platão. Tradução de Saulo Krieger. São Paulo: Ideias & Letra, 2013, p. 469-500. GOLDSCHMIDT, Victor. Os diálogos de Platão Estrutura e método dialético. Tradução de Dion Davi Macedo São Paulo: Edições Loyola, 2002. IGLÉSIAS, Maura. Apresentação do Diálogo e Notas sobre a composição dramática do Diálogo. In: PLATÃO. Eutidemo. Texto estabelecido e anotado por John Burnet. Tradução de Maura Iglésias. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; Edições Loyola, 2013, p. 7-30. ________. Apresentação do Diálogo e Notas sobre a composição dramática do Diálogo. In: PLATÃO. Mênon. Texto estabelecido e anotado por John Burnet. Tradução de Maura Iglésias. 7ª edição. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; Edições Loyola, 2012, p. 11-17. IRWIN, T. H. Platão: o pano de fundo intelectual. In: KRAUT, Richard (Org.). Platão. Tradução de Saulo Krieger. São Paulo: Ideias & Letra, 2013, p. 69-112. KERFERD, G. B. O Movimento Sofista. Tradução de Margarida Oliva. São Paulo: Edições Loyola, 2003. KNEALE, William. KNEALE Martha. O desenvolvimento da lógica. Tradução de M. S. Lourenço. 2ª edição. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1980. KRAUT, Richard. Introdução ao estudo de Platão. In: KRAUT, Richard (Org.). Platão. Tradução de Saulo Krieger. São Paulo: Ideias & Letra, 2013, p. 15-68. LAFRANCE, Yvon. O conhecimento: ciência e opinião. In: FRONTEROTTA, Francesco e BRISSON, Luc (orgs) Platão: Leituras. São Paulo: Edições Loyola, 2011. MARQUES, Marcelo P. A significação dialética das aporias no Eutidemo de Platão. Revista Latino americana de Filosofia XXIX, 2003, p. 5-32. MCCOY, Mariana. Filósofos, sofistas e estrangeiros em Sofista. In: Platão e as retóricas de filósofos e sofistas. Tradução de Lívia Oushiro. São Paulo: Madras, 2010, p. 151-180. MORAVCSIK, Julius. Platão e o platonismo: Aparência e realidade na epistemologia e na ética. Tradução de Cecília Camargo Bartalotti. São Paulo: Edições Loyola, 2006. NAILS, Debra. A vida de Platão em Atenas. In: BENSON, Hugh H. et al. Platão. Tradução de Marco Antonio de Ávila Zingano. Porto Alegre: Artmed, 2011, 17-27. NUSSBAUM, Martha C. Parte III. Aristóteles: A fragilidade da boa vida humana. In: A fragilidade da bondade: fortuna e ética na tragédia e na filosofia grega. Tradução de Ana Aguiar Cotrim. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009, p. 205-230. OLIVEIRA, Claudio. Um outro logos, um outro sofista: variações em torno de Platão. Kléos n.2/3, 1998/1999, p. 73-83. PAES, Carmém Lúcia Magalhães. Platão e a mãe do ouriço do mar. Kléos, n. 1, 1997, p. 143- 155. PLATÃO. Eutidemo. Texto estabelecido e anotado por John Burnet. Tradução de Maura Iglésias. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; Edições Loyola, 2013. ________. Mênon. Texto estabelecido e anotado por John Burnet. Tradução de Maura Iglésias. 7ª edição. Ed. PUC-RJ; Edições Loyola, 2012. ________. República. Tradução e notas de Maria Helena da Rocha Pereira. 14ª edição. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2014. ________. Sofista. Tradução de Jorge Paleikat e João Cruz Costa. São Paulo: Abril Cultural, 1ª edição, 1972. PEREIRA, Oswaldo Porchat. Ciência e Dialética em Aristóteles. São Paulo: Editora UNESP, 2001. (Coleção Biblioteca de Filosofia). REALE, Giovanni. Introdução a Aristóteles. Tradução de Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012. SANTOS, José Trindade. Para Ler Platão. A ontoepistemologia dos diálogos socráticos. Tomo I. 2ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2012. SCHAFER, Christian. Léxico de Platão. Tradução de Milton Camargo Mota. São Paulo: Edições Loyola, 2012. SEGURADO E CAMPOS, J. A. Introdução aos Tópicos. Os Tópicos na obra de Aristóteles: §1. Órganon. (Departamento Editorial da INCM). Portugal: Imprensa Nacional Casa da Moeda Portuguesa, 2007. SHIELDS, Christopher. Aprendendo sobre Platão com Aristóteles. In: BENSON, Hugh H. et al. Platão. Tradução de Marco Antonio de Ávila Zingano. Porto Alegre: Artmed, 2011, p. 376-389. SZLEZÁK, Thomas Alexander. Ler Platão. Tradução de Milton Camargo Mota. São Paulo: Edições Loyola, 2005. ________. Platão e a escritura da Filosofia. Análise de estrutura dos diálogos da juventude e maturidade à luz de um novo paradigma hermenêutico. Tradução de Milton Camargo. São Paulo: Edições Loyola, 2009. XENOFONTE. Memoráveis. Série autores Gregos e Latino. Tradução do Grego, Introdução e Comentários de Ana Elias Pinheiro. 1ª Edição. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2009. YOUNG, Charles M. O Elenchus socrático. In: BENSON, Hugh H. et al. Platão. Tradução de Marco Antonio de Ávila Zingano. Porto Alegre: Artmed, 2011, 66-78.por
dc.subject.cnpqFilosofiapor
dc.thumbnail.urlhttps://tede.ufrrj.br/retrieve/68828/2019%20-%20Daiana%20Carolina%20da%20Silva%20Fernandes%20Couto.pdf.jpg*
dc.originais.urihttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/5537
dc.originais.provenanceSubmitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2022-04-11T21:01:14Z No. of bitstreams: 1 2019 - Daiana Carolina da Silva Fernandes Couto.pdf: 986774 bytes, checksum: a0c6e44f9364ae0b581ebb19b95350fd (MD5)eng
dc.originais.provenanceMade available in DSpace on 2022-04-11T21:01:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2019 - Daiana Carolina da Silva Fernandes Couto.pdf: 986774 bytes, checksum: a0c6e44f9364ae0b581ebb19b95350fd (MD5) Previous issue date: 2019-12-16eng
Appears in Collections:Mestrado em Filosofia

Se for cadastrado no RIMA, poderá receber informações por email.
Se ainda não tem uma conta, cadastre-se aqui!

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
2019 - Daiana Carolina da Silva Fernandes Couto.pdf963.65 kBAdobe PDFThumbnail
View/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.