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dc.contributor.authorReis, Gabriela Fernandes dos
dc.date.accessioned2023-12-22T03:00:49Z-
dc.date.available2023-12-22T03:00:49Z-
dc.date.issued2022-01-31
dc.identifier.citationREIS, Gabriela Fernandes dos. Itinerário terapêutico e percepções das mães sobre o cuidado de crianças autistas durante a pandemia de Covid-19. 2022. 120 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Instituto de Educação, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2022,por
dc.identifier.urihttps://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14422-
dc.description.abstractA partir da elaboração da política de Saúde Mental de Crianças e Adolescentes, o cuidado às crianças com autismo passou a ser realizado nos Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi), sob o marco da integralidade e da atenção psicossocial. No entanto, uma parcela importante de pais ativistas está em desacordo com estes princípios e reivindica um “atendimento especializado”. Além das controvérsias em torno do tratamento, o atual cenário de pandemia da Covid-19 provocou mudanças na dinâmica social e no funcionamento dos serviços de saúde mental, atingindo as possibilidades de cuidado de crianças com autismo e influenciando os seus itinerários terapêuticos. Este trabalho tem como objetivo geral investigar o itinerário terapêutico de crianças com autismo, a partir da perspectiva dos seus familiares durante a pandemia de Covid-19. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, sendo utilizado como procedimento de coleta de dados a entrevista semiestruturada. Foram entrevistadas 12 mães de crianças que frequentam regularmente um CAPSi. A partir da análise das entrevistas foram construídas narrativas sobre o percurso dos itinerários terapêuticos das crianças e de seus cuidadores, assim como identificados os desafios e as estratégias de cuidado elaboradas durante a pandemia. Como resultado, foram elaborados quatro eixos temáticos, sendo eles: os enlaces do diagnóstico; as perdas, os prejuízos e a reorganização do cuidado na pandemia; os pais e os recursos comunitários; e o CAPSi como local de acolhimento. Entre os achados, foram discutidos o preconceito social e a invalidação de alguns profissionais de saúde sobre as percepções maternas, que relataram a sensação de alívio ao descobrirem o diagnóstico, ao mesmo tempo que algumas o compreenderam como transitório. Na pandemia, foram destacados como fontes de preocupação a interrupção dos serviços de saúde e dos tratamentos das crianças, o desemprego e a descontinuidade do processo escolar. A ausência significativa da figura paterna no cuidado destinado aos filhos se destacou nas narrativas, contribuindo para a sobrecarga materna. Apesar das dificuldades e modificações do serviço durante a pandemia, o CAPSi foi percebido como um espaço de acolhimento tanto para as crianças quanto para suas mães. Esta pesquisa põe em evidência as angústias e dificuldades vivenciadas por mães de crianças autistas durante a pandemia de Covid-19, possibilitando a construção de narrativas aprofundadas acerca dessa experiência. Espera-se que tais resultados contribuam para a compreensão da vivência da pandemia por crianças autistas e seus familiares, estimulando novas pesquisas que analisem os seus efeitos a médio e longo prazo, bem como a elaboração de respostas no campo da saúde mental que propiciem o seu acolhimento.por
dc.description.sponsorshipCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiorpor
dc.formatapplication/pdf*
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiropor
dc.rightsAcesso Abertopor
dc.subjectItinerário terapêuticopor
dc.subjectAutismopor
dc.subjectCovid-19por
dc.subjectTherapeutic itineraryeng
dc.subjectAutismeng
dc.titleItinerário terapêutico e percepções das mães sobre o cuidado de crianças autistas durante a pandemia de Covid-19por
dc.title.alternativeTherapeutic itinerary and perceptions of mothers about the care of autistic children during the Covid-19 pandemiceng
dc.typeDissertaçãopor
dc.description.abstractOtherSince the elaboration of the Mental Health Policy for Children and Adolescents, care for children with autism starts to be carried out in the Child and Adolescent Psychosocial Care Centers (CAPSi) under the framework of integrality and psychosocial care. However, an important portion of activist parents disagrees with these principles and demands “specialized care”. In addition to the controversies surrounding treatment, the current Covid-19 pandemic scenario has caused changes in the social dynamics and functioning of mental health services, affecting the possibilities of caring for children with autism and influencing their therapeutic itineraries. The general objective of this work is to investigate the therapeutic itinerary of children with autism, from the perspective of their families during the Covid-19 pandemic. Therefore, a qualitative exploratory research was carried out, using a semi-structured interview as a data collection procedure. Twelve mothers of children who regularly attend a CAPSi were interviewed. Based on the analysis of the interviews, narratives were constructed about the course of the therapeutic itineraries of children and their caregivers, as well as the challenges and care strategies developed during the pandemic. As a result, four thematic axes were elaborated, namely: diagnostic links; losses, losses and reorganization of care in the pandemic; parents and community resources; and CAPSi as a place of reception. Among the findings are the social prejudice and the invalidation of some health professionals about maternal perceptions, who reported the feeling of relief when discovering the diagnosis, while some understand it as transitory. During the pandemic, the interruption of health services and treatment of children, unemployment and the discontinuity of the school process were highlighted as sources of concern. The significant absence of the father figure in the care for the children stood out in the narratives, contributing to the maternal overload. Despite the difficulties and modifications of the service during the pandemic, CAPSi was perceived as a welcoming space for both children and their mothers. This research highlights the anguish and difficulties experienced by mothers of autistic children during the Covid-19 pandemic, enabling the construction of in-depth narratives about this experience. It is hoped that such results will contribute to the understanding of the experience of the pandemic by autistic children and their families, stimulating new research that analyzes its medium and long-term effects, as well as the elaboration of answers in the field of mental health.eng
dc.contributor.advisor1Silva, Luna Rodrigues Freitas
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/0506413251322538por
dc.contributor.referee1Silva, Luna Rodrigues Freitas
dc.contributor.referee2Uhr, Deborah
dc.contributor.referee3Lima, Rossano Cabral
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/2699505229206865por
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentInstituto de Educaçãopor
dc.publisher.initialsUFRRJpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologiapor
dc.relation.referencesALMEIDA, M. L.; NEVES, A. S. A Popularização Diagnóstica do Autismo: uma Falsa Epidemia? Psicologia: Ciência e Profissão, v. 40, s. n., 2020. https://doi.org/10.1590/1982-3703003180896 ALMEIDA, M. S. C.; FILHO, L. F. S.; RABELLO, P. M.; SANTIAGO, B. M. Classificação Internacional das Doenças - 11ª revisão: da concepção à implementação. Revista Saúde Pública, v. 54, n. 104, 2020. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2020054002120 ALVES, P. C. B.; SOUZA, I. M. A. Escolha e avaliação de tratamento para problemas de saúde: considerações sobre o itinerário terapêutico. Rio de Janeiro: Fiocruz, 264p, 1999. AMARANTE, P. (Org.). Psiquiatria social e reforma psiquiátrica. Rio de Janeiro: Fiocruz, 202p, 1994. AMARANTE, P. Saúde mental e atenção psicossocial. Rio de Janeiro: Fiocruz, 125p, 2007. ANDRADE, A. A.; OHNO, P. M.; MAGALHÃES, C. G.; BARRETO, I. S. Treinamento de Pais e Autismo: Uma Revisão de Literatura. Ciências & Cognição, v. 21, n. 1, p. 7-22, 2016. 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