Análise de erros em resolução de problemas envolvendo sólidos geométricos: uma experiência em uma turma de segundo ano do ensino médio da rede pública

Abstract

Este trabalho abordou dificuldades na resolução de problemas envolvendo sólidos geométricos, por alunos do Ensino Médio. A justificativa desta pesquisa se deve ao fato que a Geometria Espacial está presente no cotidiano, embora, no ambiente escolar, sejam bem conhecidas as dificuldades no ensino-aprendizagem desta área. Por isso, a escola deve preparar os alunos para a resolução de problemas de Geometria Espacial, além de outras áreas da Matemática. Mediante isso, o objetivo geral foi analisar os principais tipos de erros, cometidos por alunos de uma turma do segundo ano do Ensino Médio da rede pública, na resolução de problemas de áreas de superfícies e de volumes de sólidos geométricos. A pesquisa foi embasada nos Parâmetros Curriculares Nacionais e em trabalhos de Polya, Dante, Cury, dentre outros autores. Para a turma selecionada, foi aplicado primeiramente um questionário diagnóstico, com problemas sobre áreas de superfícies e volumes de sólidos geométricos. Depois foram realizadas atividades com materiais manipuláveis, envolvendo planificações e montagem de sólidos geométricos, onde foram trabalhados aspectos conceituais. Após isso, os alunos resolveram, em grupos, três listas de problemas sobre os conteúdos já mencionados. Posteriormente, foi usada a metodologia de análise de erros, segundo Cury, para analisar as dificuldades encontradas pelos alunos na resolução dos problemas propostos. Eles também escreveram comentários, avaliando as atividades realizadas. Os principais resultados foram: predominaram respostas incorretas ou parcialmente corretas, com boa parte delas em branco ou sem fundamento. Além disso, houve vários equívocos na interpretação de enunciados, erros aritméticos e erros conceituais, envolvendo confusões de grandezas ou de unidades de medidas. Mesmo com essas dificuldades, com essa pesquisa foi possível compreender a importância de se observar os erros cometidos pelos alunos como importantes aliados para se repensar a prática docente e para gerar novas experiências e oportunidades de aprendizagem.