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dc.contributor.authorSilva, Diego Montel Batista da-
dc.date.accessioned2024-09-24T14:28:16Z-
dc.date.available2024-09-24T14:28:16Z-
dc.date.issued2022-10-06-
dc.identifier.citationSILVA, Diego Montel Batista da. Nietzsche e o Trágico: Entre o Nascimento e a Morte da Tragédia. 2022. 118 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2022.pt_BR
dc.identifier.urihttps://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18229-
dc.description.abstractO presente estudo tem como objetivo apresentar, a partir de uma leitura de o Nascimento da tragédia (NT), uma leitura acerca da tragédia grega e da crítica de Nietzsche ao racionalismo socrático, bem como apresentar seus efeitos. Nesta obra, nosso filósofo apresenta o racionalismo de Sócrates como o maior responsável pela morte da arte trágica helênica e o acusa de instaurar uma tradição metafísica que ecoou em grande parte nas produções filosóficas da Europa moderna. Neste primeiro momento de seu pensamento, Nietzsche aponta, em primeiro lugar, as condições para o surgimento da tragédia, formada pela reconciliação entre dois instintos estéticos, o apolíneo e o dionisíaco. Depois, expõe o modo como a ruptura com o pensamento trágico ocorreu: como a razão, o espírito fundamentalmente otimista de Sócrates, matou a tragédia na antiga Grécia, ao desvalorizar o instinto em virtude do pensamento racional. Assim, partindo de uma reflexão da Grécia arcaica, que sempre lhe serviu de influência em sua crítica à grande tradição metafísica, Nietzsche irá buscar uma retomada dos valores artísticos, tendo como base o drama wagneriano e a dualidade conceitual schopenhaueriana da vontade e representação. Dando ênfase a essa trama, o nosso trabalho se apresenta divido em três partes fundamentais: na primeira parte, abordaremos as condições que tornaram possível a tragédia, ou seja, falaremos do seu nascimento; na segunda parte de nosso trabalho, abordaremos a morte da tragédia e a crítica de Nietzsche a Sócrates, o principal responsável por esta morte; na terceira parte, finalmente, pensaremos o renascimento (die Wiedergeburt) da tragédia representado pelo drama wagneriano, pela filosofia de Schopenhauer e pelo romantismo alemão. Sendo assim, o seu nascimento se daria com o equilíbrio da tensão entre os instintos estéticos, dionisíaco e apolíneo, que reconciliados, configuram a tragédia e sua morte se daria, então, com a racionalização da arte com o advento do pensamento socrático, dando à luz a uma metafísica racional que será colocada em questão em virtude de um (possível) renascimento vislumbrado na união da palavra e da música no drama de Wagner. Nesse sentido, Nietzsche pretende apontar os fundamentos morais da ciência e apresentar a arte como um modelo alternativo à racionalidade.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiropt_BR
dc.subjecttragédiapt_BR
dc.subjectapolíneopt_BR
dc.subjectdionisíacopt_BR
dc.subjectracionalismopt_BR
dc.subjectmetafísicapt_BR
dc.subjecttragedypt_BR
dc.subjectApollonianpt_BR
dc.subjectDionysiacpt_BR
dc.subjectrationalismpt_BR
dc.subjectmetaphysicspt_BR
dc.titleNIETZSCHE E O TRÁGICO: ENTRE O NASCIMENTO E A MORTE DA TRAGÉDIApt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.description.abstractOtherThe present study aims to present, from a reading of The Birth of Tragedy, a reading about Greek tragedy and Nietzsche’s critique of Socratic rationalism, as well as presenting its effects. In this work, our philosopher presents Socrates’ rationalism as the main responsible for the death of Hellenic tragic art and accuses him of establishing a metaphysical tradition that was largely echoed in the philosophical productions of modern Europe. In this firs moment of his thought, Nietzsche first points out the conditions for the emergence of tragedy, formed by the reconciliation between two aesthetic instincts, the Apollonian and the Dionysian. Then he exposes how the break with tragic thinking occurred: how reason, the fundamentally optimistic spirit of Socrates, killed tragedy in ancient Greece by devaluing instinct in virtue of rational thought. Thus, starting from a reflection on archaic Greece, which has always influenced him in his criticism of the great metaphysical tradition, Nietzsche will seek a resumption of artistic values, based on the Wagnerian drama and the Schopenhauerian conceptual duality of will and representation. Emphasizing this plot, our work is divided into three fundamental parts: in the first part, we will approach the conditions that made the tragedy possible, that is, we will talk about its birth; in the second part of our work, we will approach the death of tragedy and Nietzsche’s criticism of Socrates, the main responsible for this death; in the third part, finally, we will think about the rebirth of tragedy represented by Wagnerian drama, by Schopenhauer's philosophy and by German romanticism. Thus, its birth would take place with the balance of the tension between the aesthetic instincts, Dionysian and Apollonian, which reconciled, configure tragedy and its death would then take place with the rationalization of art with the advent of Socratic thought, giving to the light to a rational metaphysics. In this sense, Nietzsche intends to point out the moral foundations of science and present art as an alternative model to rationality.pt_BR
dc.contributor.advisor1Julião, José Nicolao-
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0001-5253-4897pt_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5894462070453777pt_BR
dc.contributor.referee1Barros, Roberto de Almeida Pereira de-
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0000-0001-6142-450Xpt_BR
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/4521253027948817pt_BR
dc.contributor.referee2Carvalho, Danilo Bilate de-
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/0000-0002-9531-5237pt_BR
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/3430633698914755pt_BR
dc.contributor.referee3Julião, José Nicolao-
dc.contributor.referee3IDhttps://orcid.org/0000-0001-5253-4897pt_BR
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/5894462070453777pt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/8914821486410134pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentInstituto de Ciências Humanas e Sociaispt_BR
dc.publisher.initialsUFRRJpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Filosofiapt_BR
dc.relation.referencesARISTÓFANES. As Rãs. Tradução, introdução e comentário de Maria de Fátima Silva. Annablume editora. São Paulo: 2014. BENJAMIN, Walter. A Origem do drama trágico alemão. Trad. João Barreto. Belo Horizonte, 2011. BORODY, Wayne. “Nietzsche on the Cross: The Defence of Personal Freedom in The Birth Of Tragedy”: Revista Nipissing University. Volume XVI, No. 2, 2003. BURNETT, Henry. Para ler o nascimento da tragédia de Nietzsche. São Paulo: Edições Loyola, 2012. CAVALCANTI, A. H. Arte e natureza em Nietzsche e August Schlegel. Revista de Filosofia Aurora, Curitiba, v. 20, n. 27, p. 351-366, 2008. CHAVES, ERNANI. Prefácio publicado em Introdução a Tragédia de Sófocles, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2006. Dixsaut, M. (Org.). Querelle autour de “La naissance de la tragédie”. Paris: J. Vrin, 1995. EURÍPIDES: As Bacantes. Trad. Trajano Vieira. São Paulo: Editora Perspectiva, 2003. EURÍPIDES. Le ciclope. Alceste. Médée. Les Héraclides. Texte établi et traduit par Louis méridier. Paris: Les Belles Lettres, 1976. ÉSQUILO. Tragédias. Trad. JaaTorrano, São Paulo: Ed. Iluminuras, 2009. FERNANDES, marcos. Sobre o teatro antigo no seu contexto de surgimento e desenvolvimento. In.: A visão dionisíaca do mundo, Martins fontes: 2005. FINK, Eugen. A filosofia de Nietzsche. Lisboa. Editorial Presença. 1983. GIACÓIA JUNIOR, Oswaldo. Nietzsche. São Paulo: Publifolha, 2000. (Folha explica). HABERMAS. O discurso filosófico da modernidade: doze lições. Trad. Luiz Sérgio Repo e Rodnei Nascimento. São Paulo: Martins Fontes, 2002. HALLIWELL, Stephen. Justifying the world as an aesthetic phenomenon. Cambridge 111 Philological Society, 2017. HERÁCLITO DE ÉFESO. Fragmentos em Os Filósofos Pré-Socráticos. São Paulo: Cultix, 1984. LOPES, Rogério Antonio. Elementos de retórica em Nietzsche. São Paulo: Ed. Loyola, 2006a. MACHADO, Roberto. Nietzsche e a polêmica sobre o nascimento da tragédia. Rio de janeiro: Jorge Zahar, 2005. . Nietzsche e a verdade. Rio de Janeiro: Rocco, 1984. . O Nascimento do Trágico, de Schiller a Nietzsche, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006. NIETZSCHE, Friedrich. O Nascimento da Tragédia ou helenismo e pessimismo. Tradução de Jacó Guinsburg. São Paulo: Companhia das letras, 1992. . A gaia Ciência. Tradução Paulo César de Souza. São Paulo: Cia das letras, 1995. . Introdução a Tragédia de Sófocles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2006. . Considerações Extemporâneas. In.: Textos escolhidos. Editora Abril Cultural, São Paulo, 1978. Coleção Os Pensadores. . Crepúsculo dos ídolos, ou Como se filosofa com o martelo: Tradução, notas e posfácio Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia de Bolso, 2017 . Visão Dionisíaca do mundo e outros textos de juventude. Tradução de Marcos Sinésio Pereira Fernandes e Maria Cristina dos Santos de Souza. São Paulo: Martins fontes, 2005. . A filosofia na era trágica dos gregos. Trad. Gabriel Valladão. Porto Alegre: L&PM, 2017. . Cinco prefácios para cinco livros não escritos. São Paulo: Ed. Sette 112 Letras, 1996, Trad. Pedro Süssekind. . Ecce Homo: como se chega a ser o que se é. Tradução Arthur Morão. São Paulo: Companhia das Letras Ed. de bolso, 2010. . Fragmentos póstumos (1869 - 1874) Volumen I. Edición española dirigida por Diego Sánchez Meca. Traducción, introducción y notas de Luis E. de Santiago Guervós. Madrid: Editorial Tecnos. . Wagner em Bayreuth: quarta consideração extemporânea. Introdução, tradução e notas Anna Hartmann Cavalcanti – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009. PLATÃO. Diálogos. Tradução e notas de José Cavalcante de Souza, Jorge Paleikat e João Cruz Costa. — 5. ed. — São Paulo: Nova Cultural, 1991. (Col. “Os Pensadores”). . República. Introdução, tradução e notas de Maria Helena da Rocha. Pereira. 9.ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2001. SANTINI, Carlotta. “Friedrich Nietzsche e a crítica dos paradigmas culturais nas preleções da Basileia”: Cad. Nietzsche, Guarulhos/Porto Seguro, v.39, n.3, p. 49-75, setembro/dezembro, 2018. SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação, 1o tomo; tradução, apresentação, notas e índices de Jair Barboza. 2a edição. São Paulo: Editora UNESP, 2015. SLOTERDJIK, Peter. Thinker on stage: Nietzsche’s materialism; translation by Jamie Owen Daniel; foreword by Jochen Schulte-Sasse. Published by the University of Minessota Press, 1989. SÓFOCLES. A trilogia tebana: Édipo Rei, Édipo em Colono, Antígona. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002. SONTAG, Susan. Contra a Interpretação. São Paulo: L& PM editores,1987. 113 SUSSEKIND, Pedro. “A Grécia de Winckelmann”: KRITERION, Belo Horizonte, no 117, Jun./2008, p. 67-77. SZONDI, Peter. Ensaio sobre o trágico. Trad. Pedro Süssekind – Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Ed. 2004. WAGNER, Richard. Beethoven; tradução do alemão e notas de Anna Hartmann Cavalcanti - Rio de Janeiro: Zahar, 2010.pt_BR
dc.subject.cnpqFilosofiapt_BR
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