Please use this identifier to cite or link to this item: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/22209
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.authorRodrigues, Nathália de Meneses-
dc.date.accessioned2025-06-13T12:20:25Z-
dc.date.available2025-06-13T12:20:25Z-
dc.date.issued2024-12-19-
dc.identifier.citationRODRIGUES, Nathália de Meneses. Geografias lésbicas: reconfigurações espaciais de mulheres negras sapatão no Rio de Janeiro, RJ. 2024. 119 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, 2024.pt_BR
dc.identifier.urihttps://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/22209-
dc.description.abstractAs Geografias Lésbicas constituem a vertente dos estudos geográficos corporificados que utilizaremos para discorrer sobre as sexualidades postas espacialmente e os desdobramentos que surgem de corpos não heteronormativos e dissidentes. Entende-se por Geografias Lésbicas o campo de pesquisa no qual se inserem as temáticas que dizem respeito a lugares e existências marcados pela homoafetividade entre mulheres, seus modos de vida, trabalho e lazer. Trata-se de um campo de estudos orientado pelas experiências cotidianas de pessoas que se identificam como lésbicas, com a intenção de investigar como estas se encontram em determinados lugares, se relacionam nos espaços públicos e privados, têm acesso livre ou restrito às cidades e como negociam formas de apropriação espacial nos lugares onde não são bem-vindas; são sujeitas a abusos e opressões e onde, por vezes, se sentem inseguras ou vulneráveis em suas ações cotidianas, mas que a análise revela que é possível reconhecer agências coletivas que garantem suas presenças em espacialidades próprias desse grupo. Assim, esta pesquisa tem por objetivo compreender as dinâmicas socioespaciais tais como uso e reconfiguração do espaço de mulheres lésbicas do Rio de Janeiro, a partir da produção teórica das geógrafas anglófonas Gill Valentine e Kath Browne sobre as Geografias Lésbicas. Embora existam importantes contribuições nacionais de geógrafas como Joseli Maria Silva, a geografia brasileira se aproxima timidamente dessa temática, e mais tímido ainda são os estudos das mulheres lésbicas e negras. Dessa forma, a pesquisa pretende especificamente analisar como essas mulheres negras sapatão constroem e moldam os espaços urbanos no Rio de Janeiro para garantir sua segurança e expressão corporal, sexual e afetiva, enfrentando desafios específicos relacionados à intersecção de raça, sexualidade e gênero. A pesquisa tem um caráter qualitativo e a metodologia utilizada incluiu revisão bibliográfica e observação participante no grupo AFRO VELCRO entre 08/2015 e 11/2024, composto por mulheres negras e lésbicas moradoras do Rio de Janeiro e por meio do qual foi possível realizar um levantamento de informações privilegiado que, de modo decisivo, colaborou para a análise aqui apresentada.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiropt_BR
dc.subjectGeografias lésbicaspt_BR
dc.subjectcorpopt_BR
dc.subjectespaçopt_BR
dc.subjectlésbicas negraspt_BR
dc.subjectLesbian geographiespt_BR
dc.subjectbodypt_BR
dc.subjectspacept_BR
dc.subjectBlack lesbian womenpt_BR
dc.titleGeografias lésbicas: reconfigurações espaciais de mulheres negras sapatão no Rio de Janeiro, RJpt_BR
dc.title.alternativeLesbian geographies: spatial reconfigurations of black lesbian women in Rio de Janeiro, RJen
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.description.abstractOtherLesbian Geographies constitute a branch of embodied geographical studies that we will use to discuss spatialized sexualities and the implications arising from non-heteronormative and dissident bodies. Lesbian geographies are understood as a field of research encompassing themes related to places and existences marked by women’s homoaffective relationships, their ways of life, work, and leisure. This field of study is guided by the everyday experiences of people who identify as lesbians, aiming to investigate how they occupy certain places, interact in public spaces, experience free or restricted access to cities, and negotiate forms of spatial appropriation in places where they are unwelcome, subject to abuse and oppression, and where they feel insecure or vulnerable. It also seeks to identify collective actions (agencies) that ensure their presence in spatialities specific to this group. This research, therefore, aims to highlight the debate in Geography regarding the relationship between lesbian women and spatial issues, drawing on the theoretical contributions of anglophone geographers Gill Valentine and Kath Browne. Although there are significant national contributions from geographers such as Joseli Maria Silva, Brazilian geography timidly engages with this theme, especially concerning lesbian and Black women. Thus, the research specifically seeks to understand how these women construct and shape urban spaces in Rio de Janeiro to ensure their safety and bodily, sexual, and affective expression, while facing specific challenges related to the intersection of race, sexuality, and gender. The research adopts a qualitative approach, and the methodology includes a bibliographic review and participant observation conducted within the AFRO VELCRO group between August 2015 and November 2024. This group consists of Black lesbian women living in Rio de Janeiro and provided privileged insights that have decisively contributed to the analysis presented here.en
dc.contributor.advisor1Oliveira, Anita Loureiro de-
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0003-2745-7847pt_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5672746009227494pt_BR
dc.contributor.referee1Oliveira, Anita Loureiro de-
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0000-0003-2745-7847pt_BR
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5672746009227494pt_BR
dc.contributor.referee2Santos, Adelaine Ellis Carbonar dos-
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/0138456667066620pt_BR
dc.contributor.referee3Guimarães, Geny Ferreira-
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/0959221310519854pt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/1422177289344400pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentInstituto Multidisciplinar de Nova Iguaçupt_BR
dc.publisher.initialsUFRRJpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Geografiapt_BR
dc.relation.referencesBORRILLO, D. Homofobia: História e crítica de um preconceito. Tradução de G. J. F. Teixeira. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. BRASIL. Dossiê apresentado ao MDHC indica 273 mortes de LGBTIA+ no Brasil, em 2022. Serviços e Informações do Brasil, 2023. Disponível em: https://www.gov.br. Acesso em: 14 jul. 2024. BROWNE, Kath; LIM, Jason; BROWN, Gavin (Ed.). Geographies of sexualities: Theory, practices and politics. Farnham: Ashgate Publishing, Ltd., 2009. BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. Editora José Olympio, 2018. BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003 [1990]. CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011. CIRQUEIRA, Diogo Marçal; GUIMARÃES, Geny Ferreira; DE SOUZA, Lorena Francisco. Introdução do caderno temático “Geografias Negras”. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), v. 12, n. esp., p. 3–11, 2020. CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista Estudos Feministas, v. 10, n. 1, p. 171- 188, 2002. CRENSHAW, Kimberlé. A intersecionalidade na discriminação de raça e gênero. In: VV. AA. Cruzamento: raça e gênero. Brasília: Unifem, 2004. p. 7-16. CURIEL, Ochy. El lesbianismo feminista: una propuesta política transformadora, 2007. Disponível em: http://lahaine.org/index.php?blog=3&p=23079. Acesso em: 10 nov. 2023. DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo Editorial, 2016. DE SÁ, Tayná Corrêa. Revolução através da palavra: reflexões acerca do uso da literatura e da oralidade como expressão social e atuação política no Slam das Minas- RJ. GIS-Gesto, Imagem e Som-Revista de Antropologia, v. 6, n. 1, 2021. 102 FANON, Frantz. Pele Negra, Máscaras Brancas. Salvador: EDUFBA, 2008. FOUCAULT, Michel. História da sexualidade, volume I: a vontade de saber. 2a edição. São Paulo: Paz e Terra, 2015. GUIMARÃES, Geny. Geo-Grafias Negras & Geografias Negras. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadorxs Negrxs - ABPN, v. 12, p. 292-311, 30 abr. 2020. DOI 10.31418/2177-2770. 2020.v12.c1.p292-311. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/341052806_GEO-GRAFIAS. GUIMARÃES, Geny. A Geografia desde-dentro nas relações étnico-raciais. In: NUNES, Marcone Denys dos Reis; SANTOS, Ivaneide Silva dos; MAIA, Humberto Cordeiro Araújo. Geografia e Ensino: aspectos contemporâneos da prática e da formação docente. Salvador: EDUNEB, 2018. HARVEY, David. Cidades Rebeldes: do direito à cidade à revolução urbana. Tradução de Jeferson Camargo. São Paulo: Martins Fontes, selo Martins, 2014. hooks, bell. Erguer a voz: pensar como feminista, pensar como negra. São Paulo: Elefante, 2019b. _________. Teoria feminista: da margem ao centro. Trad. de Patriota, Rainer. São Paulo: Perspectiva, 2019. _________. Olhares negros: raça e representação. São Paulo: Elefante, 2019a. KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019. LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. Tradução de Carlos Fortuna. São Paulo: Centauro, 2001. LIGA BRASILEIRA DE LÉSBICAS; ASSOCIAÇÃO LÉSBICA FEMINISTA DE BRASÍLIA – COTURNO DE VÊNUS. I LesboCenso Nacional: Mapeamento de Vivências Lésbicas no Brasil – Relatório Descritivo 1a Etapa (2021-2022). Brasília: LBL; Coturno de Vênus, 2022. Disponível em: https://www.cfemea.org.br/index.php/pt/component/edocman/feminismos/i-lesbocenso- nacional-mapeamento-de-vivencias-lesbicas-no-brasil-relatorio-descritivo-1-etapa-2021-2022. Acesso em: 15 abr. 2024. 103 LORDE, Audre. Irmã outsider: ensaios e conferências. Tradução de Stephanie Borges. Belo Horizonte: Autêntica, 2019. LOURO, Guacira Lopes. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. MARQUES, P. Visibilidade lésbica: quando a ida ao ginecologista pode ser um trauma. Agência Brasil, 2023. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2023- 08/visibilidade-lesbica-quando-ida-ao-ginecologista-pode-ser-um- trauma#:~:text=De%20acordo%20com%20o%20I,conta%20de%20sua%20orienta%C3%A7 %C3%A3o%20sexual. Acesso em: jul. 2024. MARTINS, Leda. Oralitura da memória. In: FONSECA, M. N. S. (Org.). Brasil afrobrasileiro. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. MASSEY, Doreen B. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008. MASSEY, Doreen. Flexible sexism. Environment and Planning D: Society and Space, v. 9, n. 1, p. 31 – 57, 1991b. MENESES, João Luis dos Santos. Do samba ao pagode: origens, influências e discografia, 2016. Disponível em: https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/19264/2/Joao_Luis_Santos_Meneses.pdf. Acesso em: 15 abr. 2024. MOREIRA, Fabiano. Eventos como Isoporzinho das Sapatão e Velcro atraem novos grupos de meninas que curtem meninas. O Globo, 14 ago. 2015. Disponível em: https://oglobo.globo.com/cultura/eventos-como-isoporzinho-das-sapatao-velcro-atraem- novos-grupos-de-meninas-que-curtem-meninas-17177567. Acesso em: 18 nov. 2024. NITAHARA, Akemi. Ativistas protestam contra a lesbofobia no CCBB do Rio de Janeiro. Agência Brasil, 2017. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos- humanos/noticia/2017-01/ativistas-fazem-ato-contra-lesbofobia-no-ccbb-do-rio-de-janeiro. Acesso em: 15 ago. 2021. OLIVEIRA, Anita Loureiro de. Geografias, existências e corporalidades discordantes: narrativas periféricas e transfeminismo. In: XIII ENANPEGE, São Paulo, 2019. 104 POLESSO, Natalia Borges. Geografias lésbicas: literatura e gênero. Revista Criação & Crítica, n. 20, p. 3-19, 2018. RATTS, Alecsandro J. P. Gênero, raça e espaço: trajetórias de mulheres negras. Comunicação apresentada no XX Encontro Nacional da ANPOCS, Caxambu-MG, out. 2003. RIBEIRO, Ana Clara Torres. Cartografia da ação social: região latino-americana e novo desenvolvimento urbano. In: Otro desarrollo urbano: ciudad incluyente, justicia social y gestión democrática. Buenos Aires: CLACSO, 2009. p. 147-156. RICH, Adrienne. Heterossexualidade compulsória e existência lésbica. Bagoas-Estudos gays: gêneros e sexualidades, v. 4, n. 05, 2010. SANTOS, A. E. C. dos; SILVA, J. S.; HAILE, V. de O.; ORNAT, M. J. Produção científica geográfica brasileira sobre lesbianidades: invisibilidade acadêmica e social. Educação: Teoria e Prática, [S. l.], v. 34, n. 67, p. e75[2024], 2024. DOI: 10.18675/1981- 8106.v34.n.67.s17931. Disponível em: https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/educacao/article/view/17931. Acesso em: 3 dez. 2024. SANTOS, Milton. Ser negro no Brasil hoje. In: O país distorcido: o Brasil, a globalização e a cidadania. São Paulo: Publifolha, 2002. p. 157-161. SAUNDERS, Tanya L. Epistemologia negra sapatão como vetor de uma práxis humana libertária. Revista Periódicus, v. 1, n. 7, p. 102-116, 2017. SILVA, Joseli; et al. Apresentação das jornadas sobre corpos na geografia brasileira: Trilhas equivocadas, rumos encontrados e nossas perpétuas provocações. In: SILVA, Joseli; ORNAT, Marcio; CHIMIN JUNIOR, Alides (Orgs). Corpos e Geografias: Expressões e espaços encarnados. Ponta Grossa: Editora Toda Palavra, p. 17 – 42, 2023. SILVA, Joseli Maria; ORNAT, Marcio José. Geografia Feminista no Brasil nos anos 80, sim senhor! Uma entrevista com Rosa Ester Rossini. Revista Latino-americana de Geografia e Gênero, Ponta Grossa, v. 7, n. 2, p. 212–219, ago./dez. 2016. SILVA, Joseli Maria; ORNAT, Marcio Jose. Resenha: Geografias Lésbicas: Gênero, Lugar e Poder de Kath Browne e Eduarda Ferreira. Revista Latino-Americana de Geografia e Gênero, v. 8, n. 2, p. 376-378, 2017. 105 SILVA, Joseli Maria. Não me chame de senhora, eu sou feminista!: posicionalidade e reflexibilidade na produção geográfica de Doreen Massey. Geographia, Niterói, v. 16, n. 32, p. 23-39, jan./abr. 2014. Disponível em: https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/13796/8996. SILVA, J. M. Dos espaços interditos à instituição dos territórios travestis: uma contribuição às geografias feministas e queer. Terra Livre, [S. l.], v. 2, n. 35, p. 53–72, 2015. DOI: 10.62516/terra_livre.2010.417. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/417. Acesso em: 13 abr. 2024 SILVA, Joseli (Org.). Geografias Subversivas: Discursos sobre espaço, gênero e sexualidades. Ponta Grossa: Todapalavra, 2009. SILVA, J. M. A produção do espaço interdito da experiência cotidiana do sujeito transgênero. In: VII Encontro Nacional da ANPEGE, Rio de Janeiro: Universidade Federal Fluminense, 2007. TEIXEIRA, Analba Brazão; DA SILVA, Ariana Mara; FIGUEIREDO, Ângela. Um diálogo decolonial na colonial cidade de Cachoeira/BA: entrevista com Ochy Curiel. Cadernos de Gênero e Diversidade, v. 3, n. 4, p. 106-120, 2017. VELOSO, Ana Clara et al. Slam das Minas RJ: A Articulação das Mulheres pela Poesia e pelo Território. Revista Criação & Crítica, 2021.pt_BR
dc.subject.cnpqGeografiapt_BR
dc.subject.cnpqGeografiapt_BR
Appears in Collections:Mestrado em Geografia

Se for cadastrado no RIMA, poderá receber informações por email.
Se ainda não tem uma conta, cadastre-se aqui!

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
2024 - Nathália de Meneses Rodrigues.pdf2.28 MBAdobe PDFThumbnail
View/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.