Aporte de serapilheira em uma área de recomposição florestal no Complexo Naval Guandu Sapê

Abstract

O presente trabalho teve como objetivo quantificar a produção de serapilheira em área de recomposição florestal. O estudo foi realizado no Complexo Naval Guandu Sapê, em Campo Grande, Rio Janeiro. Foram instalados sistematicamente 27 coletores suspensos, de 0,5x0,5m (0,25 m²); a coleta de serapilheira foi realizada mensalmente entre os meses de dezembro de 2017 a maio de 2018. Também foi coletada, na primeira e na última medição, a serapilheira depositada sobre o solo; neste caso foram usados gabaritos de madeira de 0,5x0,5m (0,25m²). A serapilheira foi representada por folhas, galhos e frutos. As amostras de serapilheira foram secas em estufa com temperatura até 65ºC; após a secagem, foi obtida a massa seca, em Mg ha-¹. Foi analisada também a estrutura do dossel das plantas, por meio do índice de cobertura de dossel (ICD), com a obtenção de fotografias digitais das copas das árvores. A serapilheira apresentou sazonalidade nos meses coletados, sendo o maior valor observado no mês de abril (0,7962 Mg ha-¹), com variação de 31,55%. O índice de cobertura de dossel (ICD) teve boa correlação para amostras coletadas aos dois meses após a aferição do ICD. Concluiu se que, a serapilheira além de sazonal, possui influência da precipitação das espécies da área que houve boa correlação entre o ICD com o aporte de serapilheira. As espécies Inga edulis Mart., Pterogyne nitens, Tabebuia impetiginosa (Mart.) Standl., Cedrela fissilis Vell., Licania tomentosa (Benth.) Fritsch. e Syzygium cumini, têm influência no aporte de serapilheira. Os valores encontrados de aporte de serapilheira indicam que a mesma pode ser considerada um indicador de regeneração da área.