Proposição de corredores ecológicos entre unidades de conservação através técnicas de geoprocessamento

Abstract

O presente estudo teve como objetivo propor a conexão de Unidades de Conservação no sudoeste do Espírito Santo por meio de corredores ecológicos por meio de técnicas de geoprocessamento, utilizando como fonte de dados um mapa de uso e ocupação do solo e dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Os dados foram processados no software ArcGis Desktop V.10.2, e a linha de onde deveriam passar os corredores foram propostas por meio da ferramenta Linkage Mapper, do software ArcGis. A partir desta linha foi realizado um Buffer de 200 m para os corredores, 100 m para cada lado, e um Clip da área obtida no Buffer no mapa de uso e cobertura e no mapa do CAR. A partir do Clip foi possível calcular a área de cada classe de uso e cobertura dentro da área do corredor, o mesmo para as áreas de APP e RL. Para avaliar o efeito do uso e cobertura do solo foram atribuídos às classes de uso e cobertura valores de resistência à formação desses corredores, de acordo com a dificuldade que cada uso teria à formação de uma floresta, seja por regeneração natura ou por plantio. O valor de resistência do CAR foi um valor único, nas áreas sobrepostas por APP ou RL o valor da resistência da classe de uso e cobertura seria substituída pela resistência do CAR, para os locais onde não houvesse sobreposição a resistência de uso e cobertura é mantida. Os resultados mostram que parte da área do corredor, de acordo com o Clip de uso e cobertura, já está reflorestada, porém a maior parte ainda necessita ser recuperada, verificou-se também que desse percentual a ser recuperado mais da metade estava dentro da classe de uso de pastagem, que possui um alto valor de resistência à implantação de floresta. Avaliando os valores de área do Clip do CAR verifica-se que a maior parte das áreas de APP já encontram-se florestadas, e uma pequena parcela ainda necessita ser recuperada, enquanto para RL não se pode afirmar com exatidão quanto da área necessita ser reflorestada, já que um percentual considerável está em área de RL proposta, que pode ou não apresentar cobertura florestal