Avaliação visual de risco das árvores da Praça Tiradentes no município do Rio de Janeiro - RJ

Abstract

Locais arborizados podem oferecer riscos e para gerenciá-los e garantir a manutenção dos serviços ecossistêmicos prestados pelas árvores, deve-se aplicar critérios técnicoscientíficos padronizados que visem diagnosticar e avaliar o risco associado, além de orientar uma ordem de priorização dos manejos em função do grau de risco. Portanto, este trabalho tem como objetivo avaliar o risco e propor medidas de manejo para as árvores da Praça Tiradentes, localizada no município do Rio de Janeiro, RJ, através da metodologia desenvolvida pela ISA – International Society of Arboriculture, a fim de estabelecer a prioridade das árvores com maiores necessidades de intervenção. Foram avaliadas 42 árvores e uma não arbórea, distribuídas em seis famílias botânicas e sete espécies diferentes, das quais 88% são espécies nativas, sendo as mais frequentes a Moquilea tomentosa (oiti) e a Libidibia ferrea (pau ferro) que juntas, representam 84% do total. A classificação de risco resultou em 72% das árvores como de baixo risco e requerem apenas manejo de manutenção, como poda de limpeza, condução e/ou raleamento, além de cuidados com o solo. Os outros 28% das árvores avaliadas corresponderam aos riscos presentes na região ALARP (As Low as Reasonably Practical), representados por 23% os riscos de grau médio e 5% os riscos de grau de alta importância, exigindo ações de manejo de caráter técnico. A ordem de prioridade baseou-se na maior redução do risco pós-ação mitigadora, mantendo o risco tão baixo quanto possível. As árvores classificadas como de alto risco, inaceitáveis devido ao potencial de falha de galhos ou a estresses agudos e crônicos e alvos frequentes, exigiram intervenções de manejos emergenciais. Também foi possível constatar problemas mais graves na região do colo das árvores, com danos irreparáveis e muito avançados para serem tratados de maneira eficaz. Ações de manejo, como podas, não seriam suficientes para redução dos riscos e por questões de custo-benefício e riscos residuais insatisfatórios, foi indicada a remoção com replantio.