Aspectos epidemiológicos da Babesiose equina na região Norte do Estado do Rio Grande do Sul

Abstract

O trabalho teve por objetivo determinar a prevalência da Babesia equi e B. caballi em eqüinos da região Norte do Estado do Rio Grande do Sul bem como conhecer as práticas de manejo adotadas e identificar os principais fatores que estão envolvidos na sua transmissão e prevalência. Coletaram-se 380 amostras de sangue, número estatisticamente representativo para a população de eqüinos em estudo, as quais foram analisadas por meio do teste de ELISA e pela reação de imunofluorescência indireta (RIFI) e para a B. caballi foi utilizado o Elisa competitivo. Do total das amostras, 31,6% e 35,8% foram positivas para B. equi ao teste de ELISA e RIFI respectivamente, sendo que, a prevalência de B. caballi foi de apenas 0,86%. A concordância entre os testes foi considerada ótima, através do índice Kappa de 0,87. Não foi constatada nenhuma diferença significativa estatisticamente (p<0,05) entre o sexo, raças e faixas etárias dos eqüinos. De acordo com o presente estudo a região Norte do Estado do Rio Grande do Sul é, portanto caracterizada como uma área de instabilidade enzoótica para B. equi e B. caballi oferecendo riscos reais de ocorrência e perdas econômicas causadas por surtos de babesiose causada por B. equi e B. caballi especialmente em animais sensíveis, procedentes de áreas indenes, comércio de animais, participação em eventos (esportivos ou recreativos dentro ou fora da Região ou Estado) ou mesmo entre animais nascidos naquela região. Após a análise dos questionários, os sistemas e as finalidades da criação foram os únicos fatores que influenciaram na prevalência das babesioses equinas.