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Tipo do documento: Tese
Título: Camacãs, pataxós e botocudos no sul da Bahia: indigenismo, colonização e etnopolítica (1850-1879)
Título(s) alternativo(s): Camacãs, Pataxós and Botocudos in southern Bahia: indigenism, colonization and ethnopolitics (1850-1879)
Autor(es): Silva, Ayalla Oliveira
Orientador(a): Moreira, Vania Maria Losada
Primeiro membro da banca: Moreira, Vania Maria Losada
Segundo membro da banca: Mattos, Izabel Missagia de
Terceiro membro da banca: Mahony, Mary Ann
Quarto membro da banca: Oliveira Filho, Joao Pacheco de
Quinto membro da banca: Dias, Marcelo Henrique
Palavras-chave: Sul da Bahia;Século XIX;Indigenismo;Colonização;Protagonismo indígena;Southern Bahia. . .;XIX century;Indigenism;Colonization;Indigenous protagonism
Área(s) do CNPq: História
Idioma: por
Data do documento: 10-Jun-2020
Editor: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Programa: Programa de Pós-Graduação em História
Citação: SILVA, Ayalla Oliveira. Camacãs, pataxós e botocudos no sul da Bahia: indigenismo, colonização e etnopolítica (1850-1879). 2020. 318 f. Tese( Doutorado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2020.
Resumo: Na segunda metade do século XIX, a Bahia dedicou atenção à colonização nacional apresentado especial interesse pela região sul da província. O maior afinco voltado à política de colonização estava associado ao interesse em expandir a fronteira da ocupação e da agricultura nas comarcas ao sul cujas terras eram apropriadas ao plantio do cacau, que já despertava interesse comercial. Ao mesmo tempo em que era pouco ocupada pela colonização, a região sul da Bahia era tenazmente habitada por diversos povos indígenas e grupos étnicos. Nesse sentido, a política indigenista na Bahia caminhou afinada à política de colonização. Por meio da massa documental administrativa, compulsada no Arquivo Público do Estado da Bahia e cotejada por fundos documentais de outras instituições de pesquisa, pudemos acompanhar a construção de um discurso sobre a decadência dos aldeamentos indígenas e o desenvolvimento nos campos discursivo e prático de uma política de colonização destinada a nacionalizar os indígenas. Esta tese se debruça especialmente sobre a região sul-oeste no corredor regional entre as vilas de Ilhéus e Vitória, comarcas de Ilhéus e Caetité, respectivamente. A política de colonização em voga nesta faixa regional destituía dos indígenas os direitos que a política indigenista do Império parcialmente lhes assegurava, inserindo-os em uma política mais nociva que sequer reconhecia seu status de índios cujos direitos o Decreto de nº 426 garantia. Reiteradamente, os tupinambás, camacãs, pataxós e os genericamente denominados botocudos responderam insistentemente e de diferentes maneiras à realidade da expansão colonizadora e da fronteira agrícola regional. Alguns grupos indígenas dessa porção sul da Bahia atacaram roças, fazendas e tropas, empreendendo uma declarada e engenhosa guerra; outros grupos, porém, responderam por meio de alianças com os particulares e os capuchinhos ou, ainda, assumiram novas categorias indenitárias e papéis sociais. Esta tese sustenta a hipótese de que no sul da Bahia, a política indigenista oficial foi flexibilizada e atualizada por uma política mais nociva, pouco ou nada interessada em garantir os direitos indígenas. Entretanto, como protagonistas das suas trajetórias de vida, os indígenas forjaram novas formas de ser índio a fim de manter-se na nova lógica política, econômica e social que lhes era apresentada
Abstract: In the second half of the 19th century, Bahia devoted attention to national colonization, showing special interest in the southern region of the province. The greater focus on colonization policy was associated with an interest in expanding the frontier of occupation and agriculture in the southern regions whose lands were appropriate for the cultivation of cocoa, which was already arousing commercial interest. At the same time that it was little occupied by colonization, the southern region of Bahia was tenaciously inhabited by several indigenous peoples and ethnic groups. In this sense, the indigenous policy in Bahia went in tune with the colonization policy. Through the administrative documentary mass, compulsory in the Public Archives of the State of Bahia and collated by documentary funds from other research institutions, we were able to accompany the construction of a discourse on the decay of indigenous villages and the development in the discursive and practical fields of a policy colonization aimed at nationalizing the indigenous peoples. This thesis focuses especially on the south-west region in the regional corridor between the villages of Ilhéus and Vitória, counties of Ilhéus and Caetité, respectively. The colonization policy in vogue in this regional strip deprived the indigenous of the rights that the Empire's indigenous policy guaranteed them, inserting them in a more harmful policy, which did not even recognize their status as Indians whose rights, the Decree 426 guaranteed. A process in which Tupinambás, Camacãs, Pataxós and those, generically called Botocudos, responded insistently and in different ways to the reality of colonizing expansion and the regional agricultural frontier. Some indigenous groups in this southern portion of Bahia attacked farms and troops, waging a declared and ingenious war; other groups, however, responded through alliances with private individuals and Capuchins, or even assumed new indemnity categories and social roles. The thesis supports the initial hypothesis that, in the south of Bahia, the official indigenous policy was relaxed and updated by a more harmful policy, with little or no interest in guaranteeing indigenous rights. However, as protagonists of their life trajectories, the indigenous people forged new ways of being Indians in order to maintain themselves in the new political, economic and social logic that was presented to them
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10076
Aparece nas coleções:Doutorado em História

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