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Tipo do documento: Dissertação
Título: Comportamento predatório de serpentes Boidae de diferentes hábitos e biometria de Eunectes murinus Linnaeus, 1758 em laboratório
Otros títulos: Predatory behavior of boas of different habits, and biometry of Eunectes murinus Linnaeus, 1758 in laboratory
Autor: Charles, Henrique Abrahão
Orientador(a): Rocha-Barbosa, Oscar
Palabras clave: constricção;predação;bote;hábito;substrato;ecdise;crescimento;constriction;predation;bite;habit;substratum;ccdyse;growth
Área(s) do CNPq: Zoologia
Idioma: por
Fecha de publicación: 8-mar-2007
Editorial: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Programa: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Citación: CHARLES, Henrique Abrahão. Comportamento predatório de serpentes Boidae de diferentes hábitos e biometria de Eunectes murinus Linnaeus, 1758 em laboratório. 2007. 63 f. Dissertação (Mestrado em Entomologia) - Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ, 2007.
Resumen: Diferentes formas, de adquirir alimento foram desenvolvidas dentro do grupo das serpentes. Estratégias de obtenção de alimento podem estar relacionadas aos microhabitats de cada espécie. Este estudo objetivou comparar o comportamento predatório de Eunectes murinus (semiaquática) (n=4), Corallus hortulanus (arborícola) (n=2) Boa constrictor (semiarborícola) (n=4) e Epicrates cenchria (terrestre) (n= 1) e descrevê-los de acordo com seus diferentes hábitos. Os indivíduos foram filmados em comportamento de predação com uma câmera de vídeo VHS em recintos que variaram conforme o tamanho corporal de cada animal. Os indivíduos de Eunectes murinus foram filmados em aquários de 60X40X30cm dentro de uma sala c1imatizada, enquanto que para as outras espécies foram utilizados terrários de 90X50X40cm. Para a sucuri adulta, um viveiro externo sem climatização, cercado com tela de arame com 28 m2 aproximadamente e uma piscina de 200X400X100cm. As imagens foram analisadas quadro a quadro com um videocassete e pelo programa Adobe Premiere. A espécie semi-aquática, E. murinus, após a detecção da presa submergiam completamente o corpo emergindo a cabeça após deslocar-se para próximo da mesma. Após o bote, as serpentes puxaram as presas para dentro da água, matando-as por constricção e afogamento. Posteriormente à subjugação, as serpentes buscaram a cabeça das presas para iniciar a sua deglutição. Para ingerir a presa, as serpentes fizeram uso das espiras como apoio, segurando as presas. Os botes desferidos pelas serpentes arborícolas Corallus hortulanus foram os mais distantes, as presas foram trazidas em direção ao suporte onde se encontravam apoiadas, em geral um galho, junto ao corpo das serpentes que as enrodilharam para matá-las. Com parte do corpo enrolado num galho e a cabeça pendurada abaixo deste, as serpentes posicionaram-se com a boca aberta por baixo das presas para degluti- las, favorecidas pela ação da gravidade. Na espécie terrestre, Epicrates cenchria, as serpentes desferiram o bote arremessando o corpo sobre as presas, enrodilhando-as para a constricção. Na deglutição, o substrato do terrário foi utilizado como apoio para forçar a entrada das presas em sua boca. A Boa constrictor apresentou comportamento arbóreo e terrestre na captura da presa, mas não utilizou o substrato para a deglutição. Os dados possibilitaram observar diferentes comportamentos de predação neste grupo de serpentes constrictoras de diferentes hábitos. As estratégias apresentadas pelas espécies para subjugar e deglutir suas presas parece refletir a vida nos diferentes habitats ocupados pelos gêneros estudados. Este trabalho também estudou o crescimento de três proles fêmeas de sucuri, com registros desde o nascimento em cativeiro até cerca de 14 meses de vida. Mantidas em ambiente controlado de temperatura constante. Foram tomados dados biométricos, da alimentação e de mudas. Ao final desses registros, os filhotes haviam crescido em média 2,6 vezes seus comprimentos e 3830,10g em massa, aproximadamente 43,5% do alimento total ingerido. Realizaram neste período 0,69 trocas de pele por mês, não apresentando significativa diferença nestes eventos, nem no crescimento corpóreo. Por vezes o alimento foi recusado, em dias que antecediam as ecdises. As mudas não parecem ser explicadas pela alimentação ou crescimento, sugerindo relações com outros fatores endógenos.
Abstract: Many strategies to obtain food have evolved within the snakes group. This diversity could be related to the different microhabitats that these animals live on. This study aims to compare the predatory behavior of Eunectes murinus (semi- aquatic) (n=4), Corallus hortulanus (arboreal) (n=2), Boa constrictor (semi-arboreal) (n=4) e Epicrates cenchria (terrestrial) (n= 1), relating it to their divergent habitats. The specimens were videotaped using a camera VHS. The Eunectes murinus youngsters were taped on a 60X40X30cm aquarium within an acclimatized room and the adult on a non-acclimatized 28m2 room, with a 200X400X100cm pool. For the other species, the animals were on a 90X50X40cm terrarium. The images were analyzed frame by frame on the software Adobe Première. The semi-aquatic species, Eunectes murinus, after the prey detection, submerged completely, leaving only its head above water. After the strike, the anacondas pulled the prey under water, killing them by constriction and drowning. Swallowing only began after the prey s head was found. Coil helped the swallowing supporting the prey. The strikes made by the arboreal snake Corallus hortulanus were the farthest. The preys were rolled up and brought towards the support the snake was using, usually a branch. With part of the coiled body in a branch and the head hung below this, the serpents were positioned with the mouth opened underneath of the preys to swallow them, favored by the action of the gravity. The terrestrial species, Epicrates cenchria, attacked throwing their bodies over the prey and suffocating it by constriction. During swallowing, the ground was used as support, to force the preys into the snake mouth. The Boa constrictor displayed the same arboreal and terrestrial behavior, but it did not use the ground to help during swallowing. These data, in general, help understand the different predatory behaviors of this group of constrictor snakes relating it to their divergent habits. The strategies observed in each species to attack and swallow their preys seem to directly reflect their ecology. This study also analyzed the growth of three female anaconda siblings, with records from their birth in captivity up to around 14 months of age. The snakes were kept in a controlled environment with constant temperature and data related to biometry, feeding and skin shedding were recorded. At the end of these 445 days, the siblings had grown on average 2.6 times their initial length and increased their initial weight by 3830.10g, incorporating about 43.5% of total food ingested to their body mass. They showed a total of 0.69 skin sheddings per month in that period, and did not exhibit significant differences in shedding intervals, nor in body growth (weight and length), when compared among themselves. Food was refused at times, coinciding with the days that preceded the ecdyses. Sheddings do not seem to be explained by feeding or growth, which suggests a relation to other endogenous factors.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10866
Aparece en las colecciones:Mestrado em Biologia Animal

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