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Tipo do documento: Dissertação
Título: Resposta morfológica de uma espécie de peixe tropical aos represamentos do Rio Paraíba do Sul, RJ
Título(s) alternativo(s): Morphological responses of a tropical fish species to the impoundments of Paraíba do Sul River, RJ
Autor(es): Santos, Alex Braz Iacone
Orientador(a): Araújo, Francisco Gerson
Primeiro membro da banca: Nunes, Jorge Luiz Silva
Segundo membro da banca: Nogueira, Marcelo Rodrigues
Palavras-chave: divergência morfológica;fragmentação;reservatórios;morphological divergence;fragmentation;reservoirs
Área(s) do CNPq: Recursos Florestais e Engenharia Florestal
Idioma: por
Data do documento: 29-Mai-2012
Editor: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Florestas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Citação: SANTOS, Alex Braz Iacone. Resposta morfológica de uma espécie de peixe tropical aos represamentos do Rio Paraíba do Sul, RJ. 2012. 29 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais e Florestais) - Instituto de Florestas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2012.
Resumo: Os impactos de barragens artificiais na estrutura da comunidade de peixes são bem reconhecidos, no entanto os efeitos de represamentos nas espécies tropicais persistentes em reservatórios são praticamente inexplorados. Este estudo investigou se represamentos afetam a morfologia corpórea de Astyanax bimaculatus, um pequeno caracídeo amplamente distribuído na América do Sul. Foram analisados indivíduos de dois tipos de habitats (reservatório e rio) em três barramentos ao longo do Rio Paraíba do Sul. Estes represamentos variam em relação ao grau de conexão entre os habitats: a) sem conexão; b) com escada de peixes de funcionamento temporário; c) e com conexão permanente. A hipótese testada é de que represamentos promovem diferenças entre habitats podendo resultar em divergência morfológica nos peixes que os habitam. A morfometria geométrica foi a técnica utilizada para obter as variáveis de forma e análises multivariadas empregadas para analisar as diferenças de forma. A Análise de Função Discriminante classificou 70,3% (distância de Mahalanobis = 1,06; P = 0,0009) dos indivíduos dentro do habitat correto, confirmando a divergência intraespecífica. Segundo a Análise Multivariada de Covariância, o habitat e o local (i.e. comparação entre os pares de reservatório–rio) explicaram 23,2% e 35,7% da variância da forma, respectivamente. Além disto, não foi encontrada interação significativa entre estes dois fatores. Os indivíduos capturados em habitat de rio apresentaram corpo mais hidrodinâmico (i.e. fusiforme), base das nadadeiras dorsal e anal encurtadas, boca relativamente voltada para cima e nadadeira peitoral situada mais anteroventralmente em comparação aos de reservatório. A menor diferença morfológica entre habitats foi constatada no barramento com conexão permanente entre reservatório e rio. Concluí-se que o represamento de ambientes lóticos é um fator atuante na diversificação de formas. Os padrões morfológicos observados são consistentes com os princípios da morfologia funcional, sugerindo a divergência adaptativa. Portanto, os impactos ambientais causados por barragens também devem ser avaliados dentro do contexto da divergência morfológica, objetivando a adoção de medidas apropriadas para o propósito de manejo e conservação.
Abstract: It is widely known that dams alter the fish assemblage structure, but effects of river damming on tropical native species persisting in reservoirs are largely unexplored. In this study were examined whether impoundments affect the body shape of Astyanax bimaculatus, a widely distributed characin fish in the South America. Individuals from three pairs of reservoir and river habitats across the Paraíba do Sul River were analyzed. These impoundments vary in relation to the degree of connection between habitats: 1) without connection; 2) with temporary fishway; 3) and with permanent connection. The raised hypothesis is that differences between habitats would result in morphological divergence in fishes that inhabit them. Geometric morphometric methods were used to obtain shape variables and multivariate analyses were performed to analyze body shape differences. The Discriminant Function Analysis classified 70.3% (Mahalanobis distance = 1.06; p = 0.0009) of individuals into the correct habitat, confirming the intraspecific divergence. According to the Multivariate Analysis of Covariance, habitat and location (i.e. comparison among reservoir–river pairs) explained 23.2% and 35.7% of partial variance in shape, respectively. Furthermore, interaction was not observed. Individuals inhabiting rivers were streamlined (i.e. fusiform), have a shorter dorsal and anal fin base, a relative upturned mouth and a more anteroventrally pectoral fin than individuals in reservoirs. The lowest difference was found in the dam with permanent connection between habitats. Therefore, the connectivity is an important factor driving shape diversification. The observed morphological patterns are consistent with functional morphological principles suggesting adaptive divergence. Thus the environmental impacts of dams should also be evaluated within the morphological divergence context in order to take the appropriated measures for management and conservation purposes.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11309
Aparece nas coleções:Mestrado em Ciências Ambientais e Florestais

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