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https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11380
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | Frugivoria em jaqueiras (Artocarpus heterophyllus Lam.) no Parque Nacional da Tijuca (RJ) e a importância das cutias reintroduzidas na dispersão e predação de suas sementes |
Título(s) alternativo(s): | Frugivory in jackfruit (Artocarpus heterophyllus Lam.) in the Tijuca National Park (RJ) and the importance of reintroduced agoutis in the dispersal and predation of their seeds. |
Autor(es): | Moura, Rafael Conceição de |
Orientador(a): | Pires, Alexandra |
Primeiro membro da banca: | Bergallo, Helena de Godoy |
Segundo membro da banca: | Queiroz, Jarbas Marçal de |
Palavras-chave: | Dasyprocta leporina;interações animal-planta;Artocarpus heterophyllus;Armadilhas fotográficas;Dasyprocta leporina;animal-plant interactions;Artocarpus heterophyllus;Cameratrap |
Área(s) do CNPq: | Recursos Florestais e Engenharia Florestal |
Idioma: | por |
Data do documento: | 27-Fev-2015 |
Editor: | Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UFRRJ |
Departamento: | Instituto de Florestas |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais |
Citação: | MOURA, Rafael Conceição de. Frugivoria em jaqueiras (Artocarpus heterophyllus Lam.) no Parque Nacional da Tijuca (RJ) e a importância das cutias reintroduzidas na dispersão e predação de suas sementes. 2015. 46 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica. |
Resumo: | Espécies exóticas são aquelas encontradas fora de seu local de origem ou ambiente natural como resultado da introdução intencional ou acidental causada pelo homem. Espécies exóticas invasoras são aquelas que no novo ambiente se adaptam e passam a reproduzir-se a ponto de ocupar o espaço de espécies nativas, alterando os processos ecológicos, tendendo a tornar-se dominantes após longo ou curto período de adaptação, podendo ainda ameaçar e impactar a diversidade local. A jaqueira Artocarpus heterophyllus Lam. pertencente à família Moraceae, é nativa das florestas tropicais da Malásia e da costa oeste da Índia, sendo invasora na Mata Atlântica. Os frutos de A. heterophyllus são infrutescências que chegam a ter mais de 35 kg e uma jaqueira adulta pode produzir mais de 100 frutos por ano, sendo que cada fruto pode ter mais de 500 sementes. Tanto a polpa quanto as sementes são altamente nutritivas, sendo os frutos consumidos por alguns animais da fauna nativa do Brasil. A importância desses animais nos processos de dispersão e predação de sementes da jaqueira, no entanto, ainda não este completamente esclarecido. Este estudo foi realizado no Parque Nacional da Tijuca (PNT, WGS84 22° 55’ - 22° 00’ S, 43° 11’ - 43° 19’ W) que possui 3.972 ha e cuja vegetação é classificada como Floresta Ombrófila Densa. O objetivo deste trabalho foi descrever quais interações e processos ecológicos estão ocorrendo entre a jaqueira (A. heterophyllus) e a fauna local, identificando as espécies envolvidas na predação e dispersão das sementes e entender a contribuição da cutia Dasyprocta leporina recentemente reintroduzida em algumas áreas do PNT neste processo. A dissertação foi estruturada em dois capítulos. O primeiro registrou através de armadilhas fotográficas os vertebrados que se alimentam de frutos de A. heterophyllus no PNT, identificando as partes consumidas por cada espécie. Foram obtidos 71 registros independentes de interações entre a fauna e os frutos da jaqueira, sendo a cutia a espécie com o maior número de registros (n= 27). Das 10 espécies observadas, cinco consumiram exclusivamente a polpa dos frutos (o mico-estrela Callithrix jacchus, a saracura Aramides sp., o ouriço-caixeiro Sphigurus villosus, o cachorro-do-mato Cerdocyon thous e o macaco-prego Sapajus nigritus – os dois últimos atuando como despolpadores de sementes), quatro consumiram a polpa e predaram as sementes (D. leporina, a paca Cuniculus paca, o gambá Didelphis aurita e o quati Nasua nasua) e uma predou apenas as sementes ( o rato preto Rattus rattus). O segundo capítulo comparou as taxas de predação de sementes em áreas com e sem cutias. Na área com a presença de cutias a proporção de sementes predadas por vertebrados foi significativamente maior (U = 299,000; p = 0,002), enquanto que na área sem a presença de cutias não houve diferença na proporção de sementes predadas por vertebrados (U = 202,500; p = 0,939). Esse resultado sugere que a cutia pode auxiliar no controle das jaqueiras no PNT, reduzindo o número de sementes disponíveis para germinação. |
Abstract: | Exotic species are these found outside their place of origin or natural environment resulting from the intentional or unintentional introduction caused by man. Invasive alien species are those that adapt in the new environment and begin to reproduce and to occupy the space of native species, altering the ecological processes, tending to become dominant after long or short adjustment periods, and may threaten and impact local diversity. The jackfruit Artocarpus heterophyllus Lam, from the Moraceae family, is native to the rainforests of Malaysia and the west coast of India, and is invasive in the Atlantic Forest. The fruits of A. heterophyllus are infructescenses that can reach more than 35 kg and an adult jackfruit can produce more than 100 fruits per year, with each fruit having more than 500 seeds. Both pulp and seeds are highly nutritious, being the fruits eaten by some animals native from Brazilian fauna. The importance of these animals in the processes of seed dispersal and predation of jackfruit, however, is still not completely understood. This study was conducted in the Tijuca National Park (PNT, WGS84 22 ° 55 '- 22 ° 00' S, 43 ° 11 '- 43 ° 19' W), which has 3,972 ha and the vegetation is classified as dense rain forest. The objective of the work to describe interactions and ecological processes among the jackfruit (A. heterophyllus) and the local wildlife, identifying the species involved in seed predation and dispersal and understand the contribution of the agouti Dasyprocta leporina recently reintroduced in some areas of PNT, in this process. The dissertation was structured in two chapters. The first recorded through camera traps the vertebrates that feed on fruits of A. heterophyllus in the PNT, identifying the parts consumed by each species. We obtained 71 independent records of interactions between wildlife and the fruits of the jackfruit, and the agouti was the species with the largest number of records (n = 27). Of the 10 species observed, five consumed exclusively the pulp of fruit (the marmosets-tufted-white Callithrix jacchus, the saracura Aramides sp, the porcupine Sphigurus villosus, the crab-eating-fox Cerdocyon thous and the capuchin monkey Sapajus nigritus - the last two acting as seed pulpers), four consumed the flesh and prey on the seeds (D. leporina, spotted paca Cuniculus paca, the black-eared opossum Didelphis aurita and the coati Nasua nasua) and one preyed exclusively the seeds (the black rat Rattus rattus). The second chapter compared the seed predation rates in areas with and without agouti. In the area with the presence of agoutis the proportion of seeds preyed by vertebrates was significantly higher (U = 299.000; P = 0.002), while in the areas without agoutis there was no difference in the proportion of seeds damaged by vertebrates (U = 202.500 ; p = 0.939). This result suggests that agouti can help to control the jackfruit in PNT, through the reduction in the number of seeds available for germination. |
URI: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11380 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Ciências Ambientais e Florestais |
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