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Tipo do documento: Dissertação
Título: Parque Estadual da Pedra Branca: o visível e o invisível na paisagem de um território em disputa
Título(s) alternativo(s): Pedra Branca State Park: the visible and the invisible in the landscape of a disputed territory.
Autor(es): Dias, Márcia Cristina de Oliveira
Orientador(a): Fernandez, Annelise Caetano Fraga
Primeiro membro da banca: Luna, Naara Lúcia de Albuquerque
Segundo membro da banca: Oliveira, Rogério Ribeiro de
Palavras-chave: conflitos socioambientais;unidade de conservação;paisagem.;socio-environmental conflicts;conservation unit;landscape
Área(s) do CNPq: Ciências Humanas
Idioma: por
Data do documento: 25-Ago-2017
Editor: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Citação: DIAS, Márcia Cristina de Oliveira. Parque Estadual da Pedra Branca: o visível e o invisível na paisagem de um território em disputa. 2017. 130 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais). Instituo de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, [Seropédica-RJ] .
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo abordar os conflitos socioambientais, no Parque Estadual da Pedra Branca – uma Unidade de Conservação criada em 1974 no município do Rio de Janeiro. Nessa área vivem cerca de cinco mil moradores, entre os quais, agricultores familiares e habitantes de três comunidades quilombolas. Diante da ameaça de remoção, essa população criou estratégias de resistência e de permanência nesse território – adoção de identidades coletivas, identificação de lugares de memória, participação política nos espaços de debate de políticas ambientais. Neste mesmo cenário, determinadas marcas do sertão carioca foram sendo apropriadas, ressignificadas e oficializadas como atrativos turísticos do parque. Paralelamente, novos elementos foram agregados a essa paisagem – placas institucionais, cancelas, sedes, polo de visitação. Em meio à disputa por legitimação e direito ao território, surge um terceiro ator, a Trilha Transcarioca – uma trilha de longo percurso que atravessa seis unidades de conservação, incluindo o PEPB – ampliando o debate sobre uso público nos parques. O estudo da paisagem, interpretada pelos diferentes atores locais, torna possível a percepção do contexto sócio-histórico de formação da paisagem deste território, assim como os vínculos e sentidos atribuídos ao mesmo. Além da discussão teórica acerca dos conceitos de paisagem e território, do registro da polaridade de olhares e da desnaturalização das interferências realizadas nos parques, a presente pesquisa qualitativa é complementada por entrevistas com os atores locais, participação em eventos, reuniões e festividades, pesquisas documental e bibliográfica. A obra O Sertão Carioca, publicada em 1936, é acionada como importante fonte etnográfica dos modos de vida dessa população laboriosa cujos usos e costumes remetem ao sertão. À medida que os valores ambientalistas associam as belezas naturais à ideia de paisagem, o morador é identificado como um invasor e uma ameaça à conservação desta natureza/paisagem. Nesse cenário, resgatar a história social do maciço e entender que paisagem não é natureza, mas uma construção social, é essencial para a compreensão dos vários sentidos e representações atribuídos a este território transformado em Unidade de Conservação de Proteção Integral.
Abstract: This research aims to address social and environmental conflicts, in the State Park of Pedra Branca – a Conservation Unit created in 1974 in the city of Rio de Janeiro. In this area live about five thousand residents, including, family farmers and inhabitants of three quilombola communities. Faced with the threat of removal, this population created strategies of resistance and permanence in that territory - adoption of collective identities, identification of places of memory, political participation in the spaces of debate of environmental policies. In this same scenario, certain brands of the backwoods of Rio de Janeiro were appropriated, resignified and officialized as tourist attractions of the park. In parallel, new elements were added to this landscape – institutional plaques, gates, venues, poles of visitation. In the middle of the dispute for legitimacy and right to territory, a third actor appears, the Transcarioca Trail – a long path that traverses six conservation units, including PEPB – expanding the debate about public use in parks. The study of the landscape, interpreted by the different local actors, makes possible the perception of the socio-historical context of the formation of the landscape of this territory, as well as the links and meanings attributed to it. Beyond of the theoretical discussion about the concepts of landscape and territory, the record of the polarity of looks and the denaturalization of interference in parks, this qualitative research is complemented by interviews with local actors, participation in events, meetings and festivals, documental and bibliographical research. The book O Sertão Carioca, published in 1936, is triggered as an important ethnographic source of the ways of life of this laboring population whose customs and customs refer to the sertão. As environmental values associate natural beauties with the idea of landscape, the dweller is identified as an invader and a threat to the conservation of this nature / landscape. In this case, rescue the social history of the massif and understand that landscape is not nature, but a social construction, is essential for the understanding of the various senses and representations attributed to this territory transformed into an Integral Protection Conservation Unit
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11497
Aparece nas coleções:Mestrado em Ciências Sociais

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