Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11594
Tipo do documento: Dissertação
Título: Resistência criativa de setores subalternos: integração e marginalização em interações socioambientais e políticas na Comunidade de Milho Verde, MG
Título(s) alternativo(s): Creative resistance of subordinate sectors: integration and marginalization in socio-environmental and political interactions in the Community of Milho Verde, MG.
Autor(es): Santos, Bethânia Gabrielle dos
Orientador(a): Moreira, Roberto José
Primeiro membro da banca: Vasconcellos, Dora Vianna
Segundo membro da banca: Castro, Elza Maria Neffa Vieira de
Palavras-chave: Tourism;Environmental Policy;Political Ecology;Turismo;Política Ambiental;Ecologia Política
Área(s) do CNPq: Ciências Humanas
Idioma: por
Data do documento: 5-Set-2016
Editor: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Citação: Santos, Bethânia Gabrielle dos. Resistência criativa de setores subalternos: integração e marginalização em interações socioambientais e políticas na Comunidade de Milho Verde, MG. 2016. 141 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em em Desenvolvimento Agricultura e Sociedade) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica-RJ.
Resumo: A presente dissertação trata da resistência criativa de setores subalternos em interações socioambientais e políticas em Milho Verde, distrito da cidade de Serro, localizado no Alto Jequitinhonha-MG. Analisamos como a subalternia milhoverdense – com seus saberes e práticas ambientais – tem interagido com a atividade turística e as políticas ambientais, forças externas que tem se expressado na dinâmica interna desta Comunidade. Os procedimentos de pesquisa envolveram o empreendimento de tarefas de campo e análises em uma abordagem qualitativa. Nossos resultados apontam que, no século XXI, as convergências da atividade turística e das políticas ambientais propiciaram a formação de um campo complexo de sociabilidades em Milho Verde. O qual tem se desdobrado em manutenções e transformações nos modos de apropriação técnica, social e cultural de sua ambiência socioecossistêmica. Milho Verde desde a década de 1970 começou a receber turistas e novos moradores. A economia do turismo se consolidou nas décadas posteriores como uma força provocadora de múltiplas transformações em seu panorama social e modos de apropriação territorial. A atividade turística ainda contingenciou a emergência de interações entre moradores nativos, não nativos e turistas que revelam os modos pelos quais a subalternia local tem resistido criativamente à estas reconfigurações. Se integrando em projetos individuais ou ações coletivas desenvolvidas pelo Instituto Milho Verde- ONG socioambiental que atua localmente desde o ano 2000- a resistência criativa desta Comunidade se expressou no fortalecimento de identidades, saberes e práticas culturais de setores subalternos, bem como na reinvenção das tradições e modos de vida relativos às festividades religiosas locais. Quanto às políticas ambientais, Milho Verde está circunscrita dentro dos limites da Área de Proteção Ambiental Estadual (APAE) das Águas Vertentes, criada em 1998. E compõe o Monumento Natural Estadual (MONATE) Várzea do Lageado e Serra do Raio, criado em 2011 se sobrepondo à Várzea do Lajeado, território de uso comum, onde no século XX setores subalternos integraram complementar e simultaneamente as práticas da pecuária, garimpo, e extrativismo vegetal. Como reflexo das reconfigurações causadas por esta força presente e atuante, sujeitos subalternos da Comunidade de Milho Verde foram integrados à política de proteção da natureza enquanto funcionários do Instituto Estadual de Florestas, órgão gestor da APAE e do MONATE. De outro modo, a legislação ambiental imposta pela gestão estatal do território tem marginalizado práticas e saberes ambientais locais, com a proibição do uso das condições naturais da Várzea do Lajeado pela pecuária e os extrativismos mineral e vegetal. A subalternia milhoverdense tem resistido criativamente a este processo de marginalização por meio da subsistência no tempo presente de saberes, práticas, usos costumeiros e memórias relativas à gestão comunitária da ambiência socioecossistêmica da Várzea, bem como através da ambientalização de seus discursos
Abstract: The following dissertation addresses the subordinate sectors’ creative resistance in socioenvironmental and political interactions in Milho Verde, a district in the city of Serro, Alto Jequitinhonha-MG. We analyse how the local subalternia with their knowledge and environmental practices, have interacted with the touristic activity and environmental politics, external forces that have been expressed in the internal dynamic of this community. Our results point out that, in the twenty-first century, the convergences of tourism with environmental politics provided the formation of a complex field of sociabilities in Milho Verde that have unfolded into maintenances and transformations in the modes of technical, social and cultural appropriation of its social-ecosystem atmosphere. The tourist economy started to strengthen in the following decades with a provocative force from multiple transformations in its social panoramic and modes of territorial appropriation. The touristic activity still determined the emergence of interactions between native residents, non-natives and tourists, which reveals the modes through which the regional subordinate has creatively resisted these reconfigurations. Integrating itself in individual projects or collective actions developed by the socio-environmental NGO Milho Verde Institution the creative resistance of this community was expressed through the strengthening of identities, subordinate sectors’ cultural knowledge and practices, as well as in the reinventions of traditions relative to the local religious festivities. With regards to the environmental politics, Milho Verde is circumscribed inside the limits of an Area of Environmental State Protection (APAE, portuguese abbreviation), created in 1998, and composes a Natural State Monument (MONATE), created in 2011 overriding the Várzea do Lajeado, a common use territory, where in the twentieth century subordinate sectors simultaneously integrated the practices of the livestock, mining and plant extraction. Reflecting these reconfigurations subordinate subjects of the members of Milho Verde’s community were integrated to the protection of environmental politics as employees of the State Institute of Forests, the managing body of the APAE and of MONATE. Otherwise, the environmental legislation imposed by the state management of territory has marginalized local environmental practices and knowledge, with the prohibition of the use of the natural conditions of Lageado Meadow for livestock and for plant and mineral extractions. The Milhoverdense subalternia has creatively resisted this process of marginalization through subsistence in the present day of knowledge, practices, customary and memorable uses relative to the communitary management of Várzea’s socioecosystem, as well as through the environmentalization of its discourses.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11594
Aparece nas coleções:Mestrado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade

Se for cadastrado no RIMA, poderá receber informações por email.
Se ainda não tem uma conta, cadastre-se aqui!

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2016 - Bethania Gabrielle dos Santos.pdfBethania Gabrielle dos Santos3.57 MBAdobe PDFThumbnail
Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.