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Tipo do documento: Dissertação
Título: Estudo sobre a contaminação com espécies toxígenas, potencialmente produtoras de micotoxinas, em rações destinadas à alimentação de eqüinos
Título(s) alternativo(s): Study on contamination with toxigenic species, potentially producing mycotoxins, in feeds intended for feeding horses
Autor(es): Keller, Kelly Moura
Orientador(a): Rosa, Carlos Alberto da Rocha
Palavras-chave: fungos;micotoxinas;equinos;fungi;mycotoxins;horses
Área(s) do CNPq: Medicina Veterinária
Idioma: por
Data do documento: 19-Fev-2009
Editor: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Veterinária
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Citação: KELLER, Kelly Moura. Estudo sobre a contaminação com espécies toxígenas, potencialmente produtoras de micotoxinas, em rações destinadas à alimentação de eqüinos. 2009. 75 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) - Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ, 2009.
Resumo: A maioria dos alimentos, cereais e outros produtos agrícolas são muito sensíveis à contaminação por fungos capazes de produzir micotoxinas. Micotoxinas são metabólitos secundários tóxicos que podem provocar efeitos adversos, tais como carcinogênese, teratogênese, nefrotoxicidade e imunossupressão, levando a inúmeras patologias e conseqüentes perdas econômicas. Aspergillus, Penicillium e Fusarium são os gêneros mais freqüentemente envolvidos em casos de micotoxicoses em animais e humanos. Em eqüinos, as micotoxicoses estão principalmente relacionadas com alimentos baseados em milho contaminado com fumonisinas (FBs), produzida por F. verticillioides. Estas micotoxinas são responsáveis pela leucoencefalomalácia eqüina (LEME), uma doença neurológica aguda e fatal caracterizada por sintomas neurotóxicos. Mais de uma micotoxina pode existir simultaneamente em um determinado produto ou ingrediente. Geralmente, os efeitos dessas toxinas tendem a ser aditivos e em resposta sinérgica, aumentando o risco e perigo para a saúde animal e a produtividade. Aflatoxinas (AFs) são micotoxinas produzidas por A. flavus e A. parasiticus. A aflatoxina B1 (AFB1) é a mais freqüentemente detectada e que tem sido descrita como a mais forte substância hepatocarcinógena biologicamente sintetizada, que pode afetar os seres humanos e animais. A determinação da qualidade micológica e micotoxicológica, o controle de alimentos e produtos destinados ao consumo eqüino são fatores críticos para melhorar a produção animal e seu desempenho. Os objetivos deste estudo foram: 1) determinar a ocorrência de Aspergillus spp., Penicillium spp. e Fusarium spp., 2) detectar e quantificar FB1 e AFB1 em alimentos para eqüinos. Sessenta amostras de diferentes rações comerciais, aveia e ração batida na fazenda foram coletadas aleatoriamente a partir de diferentes estabelecimentos hípicos localizados no Rio de Janeiro e Seropédica, entre Junho de 2003 a Junho de 2006. A análise da micobiota foi feita pelo método de diluição em placa sobre os meios de cultivo dicloran rosa bengala cloranfenicol agar (DRBC), dicloran glicerol 18% agar (DG18) e Nash-Snyder agar. As contagens fúngicas totais foram expressas em UFC/g. Foram determinadas a freqüência de isolamento (%) dos gêneros fúngicos e a densidade relativa das espécies. A determinação das micotoxinas foi feita utilizando kits comerciais ELISA (Beacon Analytical Systems Inc.). As contagens fúngicas totais foram similares em ambos os meios DRBC e DG18. As maiores contagens foram observadas em amostras de aveia e ração batida na fazenda. Aspergillus (43%), Penicillium (26%) e Fusarium (11%) foram os gêneros mais freqüentemente isolados. Aspergillus niger (27%), A. flavus (25%), Penicillium corylophilum (19%), P. fellutanum (14%) e Fusarium verticillioides (100%) apresentaram as maiores densidades relativas. Setenta e cinco por cento das amostras apresentaram contaminação com FB1 com níveis de não detectado a 8,5 μg.g-1. Apenas duas amostras foram negativas para contaminação por AFB1 com intervalo de 0,5 a 99,4 μg.kg-1. Recomenda-se que o milho contaminado ou subprodutos seja limitado a um máximo de 20% da dieta de eqüinos. Mesmo que a quantidade de micotoxinas produzidas não seja suficiente para causar efeitos adversos nos animais, é um sinal de que os alimentos serão menos nutritivos. Também é necessário estabelecer limites máximos de contagens fúngicas para espécies potenciais produtoras de AFs e FBs.
Abstract: Most feedstuffs, cereal crops and other agricultural commodities are very susceptible to contamination by molds able to produce mycotoxins. Mycotoxins are toxic secondary metabolites that can cause adverse effects such as carcinogenesis, teratogenesis, nephrotoxicity and immunosuppression, leading to numerous pathologies and consequent economic losses. Aspergillus, Penicillium and Fusarium are the most frequently genera involved in animal and human cases of mycotoxicoses. In equines, mycotoxicoses are mainly related to corn based feedstuffs consumption contaminated with fumonisins (FBs) produced by F. verticillioides. These mycotoxins are responsible for equine leukoencephalomalacia (ELEM), an acute and fatal neurological disease characterized by neurotoxic symptoms. More than one mycotoxin may exist simultaneously in a particular commodity or ingredient. Generally, the effects of these toxins tend to add up in synergic response, increasing the risk and hazard to animal health and productivity. Aflatoxins (AFs) are mycotoxins produced by A. flavus and A. parasiticus. Aflatoxin B1 (AFB1) is the most frequently detected and it has been described as the strongest biologically synthesized hepatocarcinogenic substance that can affect humans and animals. Checking the mycological and mycotoxicological quality, control of feedstuffs and commodities destined to equine consumption is critical for improving animal production and performance. The purposes of this study were: 1) to determine the occurrence of Aspergillus spp., Penicillium spp. and Fusarium spp., 2) to detect and quantify FB1 and AFB1 in equine feedstuffs. Sixty samples from different commercial feeds, oats and farm-made feeds were randomly collected from different studs located in Rio de Janeiro and Seropédica, from June 2003 to June 2006. Analysis of the mycobiota was made by the plate dilution spread method onto dichloran rose bengal chloranphenicol agar (DRBC), dichloran glycerol 18% agar (DG18) and Nash-Snyder culture media. Total fungal counts were expressed as CFU/g. The isolation frequency (%) of fungal genera and relative density (%) of fungal species were determined. Mycotoxins determination was done using commercial ELISA kits (Beacon Analytical Systems Inc.). Total fungal counts were similar on both DRBC and DG18 media. The highest counts were from oats and farm-made feeds. Aspergillus (43%), Penicillium (26%) and Fusarium (11%) were the most frequently isolated genera. Aspergillus niger (27%), A. flavus (25%), Penicillium corylophilum (19%), P. fellutanum (14%) and Fusarium verticillioides (100%) had the highest relative densities. Seventy five percent of the samples showed FB1 contamination with range from not detected to 8.5 μg.g-1. Only two samples were negative for AFB1 contamination with range from 0.5 to 99.4 μg.kg-1. It is recommended that contaminated corn or corn by-products be limited to no more than 20% of the diet for equids. Even if the amount of mycotoxins produced is not enough to cause adverse effects in animals, it is a sign that the feed will be less nutritious. It is also necessary to establish maximum limits of fungal counts for potential AFs and FBs species.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11832
Aparece nas coleções:Mestrado em Ciências Veterinárias

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