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https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13156
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | Relações étnico-raciais no ensino de língua portuguesa : o que a Princesa não aboliu? |
Título(s) alternativo(s): | Ethnic-racial relations in Portuguese language teaching: what did the Princess not abolish? |
Autor(es): | Rodrigues, Samanta Samira Nogueira |
Orientador(a): | Sales, Sandra Regina |
Primeiro membro da banca: | Gouvêa, Fernando César Ferreira |
Segundo membro da banca: | Alves, Cristina Nacif |
Palavras-chave: | education;ethnic -racial;educação;étnico-racial;livro didático;textbook |
Área(s) do CNPq: | Educação |
Idioma: | por |
Data do documento: | 30-Mar-2015 |
Editor: | Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UFRRJ |
Departamento: | Instituto de Educação Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares |
Citação: | RODRIGUES, Samanta Samira Nogueira. Relações étnico-raciais no ensino de língua portuguesa : o que a Princesa não aboliu? 2015. 138 f. Dissertação (Mestrado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares) - Instituto de Educação / Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ, 2015. |
Resumo: | Nos foi contado que a Princesa Isabel não achou certo os negros serem escravos e resolveu acabar com a escravidão no Brasil. Passados quase cento e vinte e sete anos da abolição do sistema escravocrata, pesquisas apontam o campo educacional como um dos (re)produtores das desigualdades pelo pertencimento étnico-racial que se perpetuam até a atualidade. A existência de pesquisas que denunciam e questionam esse cenário, bem como as mudanças em relação a ele é um espaço que vem, aos poucos, se ampliando no País. Essa demanda por mudanças que combatam o racismo e os silêncios sobre ele, somadas às lutas do Movimento Negro em prol de uma educação pautada nas relações étnico-raciais, desencadeou a obrigatoriedade legal da inserção de conteúdos sobre a “História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional” em todo o currículo escolar. O objetivo de tal medida é resgatar a “contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política”. A fim de contribuir para os debates sobre a referida temática na educação, nosso trabalho tem como objeto o livro da disciplina Língua Portuguesa destinado ao nono ano do Ensino Fundamental intitulado Singular & Plural: leitura, produção e estudos de linguagem, por entender que o livro didático é considerado um instrumento de apoio ao trabalho do professor e são largamente adotados nas escolas. Nosso objetivo foi analisar as possíveis contribuições do Singular e Plural para a superação do racismo nas escolas, através da inserção da temática étnico-racial. Para tanto buscamos como pontos para diálogo três objetivos específicos que incluem destacar o que é legalmente proclamado sobre a educação para as relações étnico-raciais; relacionar os discursos oficiais com os textos presentes no livro didático selecionado para a pesquisa; e recolher as representações dos professores de língua portuguesa da escola da Rede Municipal de Nova Iguaçu, lócus da pesquisa. As perspectivas acerca do livro como instrumento para “a divulgação e produção de conhecimentos” referentes à “pluralidade étnico-racial”, objetivo presente no Parecer que regulamentou a obrigatoriedade legal da educação pautada nas relações étnico-raciais revelaram-nos a dissociação entre ensino gramatical e produção de textos, alguma descrença nos alunos por uma extensa sequência de “eles não conseguem, se posicionam, têm um caminho para chegar...” e que o livro enquanto recurso didático possibilita que diálogos sejam feitos e ampliados. Os professores evidenciaram, ainda, que a parte livro que consolida as alterações feitas na LDBEN não é utilizada na escola pesquisada. Parte de uma dentre as tantas realidades escolares no Brasil, as percepções das professoras evidenciaram o que a princesa não aboliu: a associação que animaliza as pessoas negras por “brincadeiras” quando se chamam daquilo que acontece “em estádio de futebol”, bem como sua naturalização. Sem eufemismos? Quando se chamam de macacos. Que no final das contas, como proclama o livro em alguns de seus textos, “somos todos iguais”. Somos? Apesar da disparidade entre proclamado e real, pois o potencial do livro não foi utilizado, há professores contribuindo para que os alunos do Ensino Fundamental reflitam sobre essas interrogações |
Abstract: | We were told that Princess Elizabeth didn’t think that was right black people being slaves and decided to end slavery in Brazil. After almost one hundred twenty-seven years the abolition of the slave system, studies show the educational field as one of the (re) producing inequality by ethnic and racial origin that are perpetuated until today. The existence of research that denounce and question this scenario, as well as changes in relation to it is a space that has gradually been expanding in the country. This demand for changes to combat racism and silences about it added to the struggles of Black movement towards an education based on ethnic-racial relations triggered the legal obligation of content insertion on the "History of Africa and Africans, the struggle of blacks in Brazil, the Brazilian black culture and the black person in the formation of the national society "throughout the school curriculum. This measure aims to rescue the "contribution of black people in the social, economic and political". In order to contribute to discussions on that topic in education, our work has as object the book of the Portuguese language course for the ninth year of elementary school entitled Singular & Plural: reading, production and language studies, understanding that the book teaching is considered a tool to support the work of the teacher and are widely adopted in schools. Our goal was to analyze the possible contributions of Singular and Plural to overcome racism in schools, through the insertion of ethnic-racial theme. Therefore we seek as points to three specific goals include dialogue that highlight what is legally proclaimed on education for ethnic-racial relations; relate the official speeches with the texts present in the textbook selected for research; and collect the representations from English-speaking teachers of the school of the Municipal Nova Iguaçu, locus of research. The outlook of the book as a tool to "disclosure and production of knowledge" regarding the "ethnic-racial pluralism," this objective in its opinion that regulated the legal obligation of guided education in ethnic-racial relations showed us the decoupling of grammar teaching and production of texts, some disbelief in students by an extensive sequence of "they can not, are positioned, have a way to get ..." and the book as a teaching resource allows dialogues to be made and expanded. Teachers showed also that the book of consolidating the changes made in LDBEN is not used in the research school. Part of a school among the many realities in Brazil, the perceptions of the teachers showed that the princess did not abolish: the association animalizes black people for "play" when they call what happens "in football stadium", as well its naturalization. No euphemisms? When you call the monkeys. That in the end, as proclaims the book in some of his writings, "we are all equal." We are? Despite the disparity between proclaimed and real, because the potential of the book was not used, there is helping teachers to the elementary school students reflect on these questions |
URI: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13156 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares |
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