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Tipo do documento: Dissertação
Título: Pedagogia e escuta responsiva - A cultura da infância na EEI-UFRJ: por práticas pedagógicas dialógicas
Título(s) alternativo(s): Pedagogy and responsible listening - Childhood culture at EEI-UFRJ: for dialogical pedagogical practices
Autor(es): Bento, Patricia Kerschr Pedrosa
Orientador(a): Motta, Flávia Miller Naethe
Primeiro membro da banca: Motta, Flávia Miller Naethe
Segundo membro da banca: Carvalho, Carlos Roberto de
Terceiro membro da banca: Lopes, Jader Janer Moreira
Quarto membro da banca: Aquino, Ligia Maria Motta Leão de
Palavras-chave: Crianças;Infâncias;Enunciados;Encontros;Educação Infantil;Crônicas;Children;Childhoods;Statements;Encounters;Child education;Chronicles
Área(s) do CNPq: Educação
Idioma: por
Data do documento: 20-Fev-2020
Editor: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Citação: BENTO, Patricia Kerschr Pedrosa. Pedagogia e escuta responsiva - A cultura da infância na EEI-UFRJ: por práticas pedagógicas dialógicas. 2020. 202 f. Dissertação (Mestrado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares) - Instituto de Educação/Instituto Multidisciplinar, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica/Nova Iguaçu, RJ, 2020.
Resumo: Este estudo tem por objetivo identificar a ação das crianças nas práticas pedagógicas desenvolvidas na Escola de Educação Infantil da UFRJ, por meio das narrativas da professora, das crianças e suas enunciações Bakhtin (2017), ao longo dos anos de 2016, 2017, 2018 e 2019. O trabalho será apresentado no formato de crônicas, assumindo uma perspectiva bakhtiniana que entende que ciências humanas tratam da relação entre pessoas, sujeitos expressivos e falantes. O estudo se dividirá em três partes: o primeiro momento apresenta crônicas introdutórias, permitindo uma reflexão sobre o gênero e clássicos cronistas como Drummond, Antônio Cândido, Fernando Sabino, entre outros. O segundo momento traz eventos anotados no meu caderno de planejamento, quando assumia a regência do grupo. Ressalto que, ao longo dos dois anos que estive na escola como professora substituta, permaneci com o mesmo grupo de crianças (Grupo 2 – crianças com 1 ano e meio até o Grupo 4 – crianças completando 4 anos de idade). Professora de educação infantil há mais de 20 anos e sempre em escolas da rede privada, atuar na rede pública me levou a refletir, ou melhor, me provocou a desvelar questões que me acompanham desde a minha primeira pesquisa monográfica: Proposta pedagógica para educação infantil – Uma reflexão (2000), trabalho orientado pela professora Ligia Aquino. Percebi, nesse espaço de educação pública, uma grande oportunidade de se repensar ações pedagógicas. Nesse lugar EEI-UFRJ, por meio dos encontros com as crianças, não só, mas especialmente no pátio da escola, pude saborear o empoderamento que a autonomia propõe ao professor(a), como também tamanha responsabilidade deste(a). Este lugar de “poder” me oportunizou realizar inúmeras atividades com as crianças, oportunizando-as sempre como sujeito central da sua aprendizagem. No terceiro momento da pesquisa, trago o meu retorno à escola, não mais como professora, e sim como pesquisadora. Desse outro lugar, dou continuidade ao objetivo da pesquisa, perceber a atuação das crianças no espaço escolar. Diante do exposto, arriscamos numa retórica pouco utilizada nos trabalhos acadêmicos. Organizamos, em crônicas, alguns eventos que nos levam a refletir a importância de uma relação horizontal – professora/crianças/lugar em vivências significativas e atentas à natureza de seus enunciados, que podem emanar quando se tem uma escuta responsiva por parte da professora. A princípio, os interlocutores convidados para o diálogo são Bakhtin (2011; 2017) Benjamin (1992; 2002) e Vigotski (2009; 2010). Por meio das crônicas apresentadas, fica a proposta de repensar práticas e atividades que não subalternizem o lugar social das crianças, e a escola de educação infantil possa ser um espaço onde a criança, como protagonista da história, esteja plena para construir cultura, ao mesmo tempo em que também seja constituída por ela. Evoluindo com o estudo e com o desejo de escrever mais uma crônica, penso: seria mesmo o oficio de uma professora de educação infantil, uma profissão ainda a ser inventada?
Abstract: This study aims to identify the children's action in the pedagogical practices developed at the UFRJ School of Early Childhood through the teacher's narratives, of children’s and their enunciations Bakhtin (2017), over the years 2016, 2017, 2018 and 2019. The work will be presented in the format of chronicles, assuming a Bakhtinian perspective that understands that human sciences deal with the relationship between people, expressive and speaking beings. The study will be divided into three parts: The first moment presents introductory chronicles, allowing a reflection on the genre and classic chroniclers like Drummond, Antônio Cândido, Fernando Sabino, among others. The second moment brings events noted in my planning notebook when I took over the group. I emphasize that, during the two years I was in school as a substitute teacher, I remained with the same group of children (Group 2 - children aged 1 and a half, through Group 4 - children completing 4 years of age). Being na early childhood teacher for over 20 years and always in private schools, working in the public school led me to reflect, or rather, it provoked me to unveil questions that have accompanied me since my first monographic research: Pedagogical proposal for early childhood education - A reflection (2000), work guided by professor Ligia Aquino. I saw in this public education space a great opportunity to rethink pedagogical actions. In this place EEI-UFRJ, through meetings with children, not only, but especially in the school yard, I was able to taste the empowerment that autonomy proposes to the teacher, as well as such responsibility. This place of “power” made it possible for me to carry out countless activities with children, always giving them the opportunity to be the central subject of their learning. In the third moment of the research I explore my return to school, no longer as a teacher but as a researcher. From this other place, I continue with the objective of the research, perceiving the performance of children in the school space. In view of the above, we take a chance on a rhetoric little used in academic works. We organized in chronicles some events that lead us to reflect the importance of a horizontal relationship – teacher / children / place in meaningful experiences and attentive to the nature of their statements that can emanate when there is a responsive listening by the teacher. At first, the interlocutors invited for the dialogue are Bakhtin (2011; 2017) Benjamin (1992; 2002) and Vigotski (2009; 2010). Through the chronicles presented, there is the proposal to rethink practices and activities that do not subordinate the social place of children, and the early childhood school can be a space where the child, as the protagonist of history, be ready to build culture while also being constituted by it. Evolving with the study and the desire to write another chronicle, I wonder: would the job of a teacher of early childhood education, a profession yet to be invented?
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13257
Aparece nas coleções:Mestrado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares

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