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Tipo do documento: Dissertação
Título: Potencial analgésico, anti-edematogênico, antipirético e atividade ulcerogênica de fármacos anti-inflamatórios, em roedores
Título(s) alternativo(s): Analgesic, antioedematogenic and antipyretic activity and ulcerogenic effects of anti-inflammatory drugs in rodents
Autor(es): Pires, Priscila Andrade
Orientador(a): Vanderlinde, Frederico Argollo
Primeiro coorientador: Rocha, Fabio Fagundes da
Palavras-chave: analgésicos;atividade anti-inflamatória;atividade antipirética;roedores
Área(s) do CNPq: Medicina Veterinária
Idioma: por
Data do documento: 28-Ago-2009
Editor: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Veterinária
Programa: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Citação: PIRES, Priscila Andrade. Potencial analgésico, anti-edematogênico, antipirético e atividade ulcerogênica de fármacos anti-inflamatórios, em roedores. 2009. 2 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) - Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ, 2009.
Resumo: Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) são drogas amplamente usadas na medicina veterinária, tendo ação analgésica, anti-inflamatória, incluindo a redução do edema e antipirética. Agem inibindo a enzima cicloxigenase (COX), não havendo a formação de prostanóides, e os efeitos colaterais promovidos pelos AINES tornam limitante o seu uso. Há duas isoformas de COX: a COX-I, constitutivamente nos tecidos e responsável pelas funções fisiológicas; e a COX-II, induzida após estímulos inflamatórios, álgicos e térmicos. Dessa forma, entendeu-se que o uso de AINES seletivos para a COX-II, diminuiria os efeitos adversos desses fármacos, uma vez que garantiria as funções homeostáticas da COX-I. Atualmente, sabe-se que a COX-II também está presente constitutivamente em alguns tecidos como o sistema nervoso central e rim. Dessa forma, todos os AINEs podem causar efeitos adversos em maior ou menor intensidade, e o grau de seletividade de cada fármaco será determinante na ocorrência de reações indesejáveis. O objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial analgésico, anti-edematogênico e antipirético dos principais AINES utilizados em medicina veterinária, os COX não seletivos flunixim meglumine (FM) e cetoprofeno (CT); os COX-II preferenciais meloxicam (MX) e carprofeno (CP) e o COX-II seletivo firocoxibe (FC) após a administração oral, bem como a atividade ulcerogênica sobre a mucosa gástrica, tendo-se assim uma avaliação comparativa tanto de seu efeito antinociceptivo e/ou antiinflamatório, como de reações indesejáveis; subsidiando o médico veterinário clínico, no estabelecimento da relação custo/benefício desses fármacos. No teste do edema de orelha induzido pelo óleo de cróton em camundongos, o CT (ID50 = 3,6 mg/kg) foi à droga mais potente, seguido do CP e FM (ID50 = 12,3 e 17,8 mg/kg, respectivamente). O MX e FC, apesar de efetivos, mostraram baixa atividade não produzindo efeito suficiente com a dose máxima de 30mg/kg, para a determinação da ID50. Na febre induzida pelo LPS em ratos, o FC produziu atividade antipirética com ID50 = 2,9 mg/kg, acompanhado do CT, CP e FM (ID50 = 3,3; 3,6 e 4 mg/kg, respectivamente) e com maiores doses do MX (ID50 = 17,8 mg/kg). Avaliando o potencial analgésico pelo método das contorções abdominais com ácido acético em camundongos, o MX foi o mais potente (ID50 = 0,09 mg/kg), seguido do FM, FC, CP e CT (ID50 = 0,4; 1,9; 2,3 e 3,6 mg/kg, respectivamente) e, utilizando estas ID50 na avaliação da atividade ulcerogênica em camundongos, o FC, FM e MX não produziram efeitos gástricos significativos no 3º ou no 7º dia dos tratamentos. O CT e o CP promoveram ulcerações no 3ª dia, sendo o CT de forma mais intensa; não se observando alterações gástricas no 7º dia, podendo esse efeito estar relacionado ao desenvolvimento de tolerância aos danos causados por essa classe de drogas na mucosa. Esses resultados revelam que a atividade analgésica da quase totalidade desses fármacos independe da atividade antiedematogênica e antipirética, tendo o CT revelado ID50 semelhantes em todos os testes farmacológicos. A atividade ulcerogênica gástrica evidenciada, teve relação inversa com a atividade analgésica de todos esses fármacos.
Abstract: Nonsteroidal anti-inflammatory drugs (NSAID) are widely using in veterinary medicine, having analgesic and anti-inflammatory activity, including reduction of oedema and antipyretic actions. They inhibit the cyclooxygenase enzime (COX). There are two isoforms of COX that are responsible for synthesis of prostaglandins. The COX I is usually a constitutive enzyme expressed in tissues. Prostaglandins, prostacyclin, and thromboxane synthesized by this enzyme are responsible for normal physiologic functions. COX II, on the other hand, is inducible and synthesized by inflammatory cells after stimulation by cytokines and other mediators of inflammation. In some tissues COX II may be constitutive as central nervous system and kidney. All NSAID can cause adverse side effects and their selective degree will be important for the ocurrence of undesirable reaction. The aim of this study was to evaluate the analgesic, antioedematogenic and antipyretic activity of some antiinflammatory used in veterinary clinics, the nonselective drugs, flunixin meglumine (FM) and ketoprofen (CT); the COX II preferential, meloxicam (MX) and carprofen (CP); and COX II selective, firocoxib, after oral administration, as well as their ulcerogenic activity in gastric mucosa, allowing a comparative analyses of their antinociceptive and/or anti-inflammatory actions and their adverse side effects, helping veterinary doctor in the choose of the drug that have better relation cost/risk/benefit of this drugs. To assess the antioedematogenic effect in croton oil-induced mice ear oedema method, the CT (ID50: 3,6 mg/kg) was the most potent drug, followed by CP and FM (ID50: 12,3 and 17,8 mg/kg, respectively). The MX and FC, despite of their effectiveness, showed low activity, didn t producing sufficient effects for determination the ID50 in maximal dose (30 mg/kg). In LPS induced fever in rats, the FC produced antipyretic activity with ID50 2,9 mg/kg, accompanied by CT, CP and FM (ID 50: 3,3; 3,6 and 4 mg/kg, respectively) and with greater dose of meloxicam (ID 50: 30 mg/kg). Evaluating the antinociceptive effect in the acetic acid-induced abdominal writhing model of analgesia in mice, the MX was the most effective drug (ID50: 0,09 mg/kg), followed by FM, FC, CP and CT (ID50: 0,4; 1,9; 2,3; 3,6, respectively), and using this ID50 in the evaluation of ulcerogenic action of this drugs in mice, the FC, FM and MX didn t induce significative gastric injury in 3o and 7o day of treatment. The CT and CP induced ulceration in 3o day, being the CT most intense. However in 7o day, we didn t notice gastric injury, suggesting that adapted gastric mucosa produces increased resistance to subsequent damage by this class of drugs. This results reveal that analgesic activity of almost all of this NSAID is independent of this antiodematogenic and antipyretic actions. The CT has similar ID50 in all pharmacological assays in this study. The gastric ulcerogenic activity has inverse ratio when compared with analgesic effects.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14158
Aparece nas coleções:Mestrado em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)

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