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Tipo do documento: Dissertação
Título: Intoxicação por Metternichia princeps (Solanaceae) em coelhos.
Título(s) alternativo(s): Experimental poisoning of rabbits by Metternichia princeps (Solanaceae).
Autor(es): Maran, Naiara Barroso
Orientador(a): Brito, Marilene de Farias
Primeiro membro da banca: Tokarnia, Carlos Hubinger
Segundo membro da banca: Almeida, Elan Cardozo Paes de
Palavras-chave: Plantas tóxicas;intoxicação experimental;Metternichia princeps;Poisonous plant;experimental poisoning;Metternichia princeps
Área(s) do CNPq: Medicina Veterinária
Idioma: por
Data do documento: 25-Fev-2011
Editor: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Veterinária
Programa: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Citação: MARAN, Naiara Barroso. Intoxicação por Metternichia princeps (Solanaceae) em coelhos. 2011. 49 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica.
Resumo: Metternichia princeps var. princeps é uma árvore de crescimento arbustivo, da família Solanaceae, endêmica da Mata Atlântica cuja ocorrência está registrada desde o estado do Rio de Janeiro até a Bahia. É conhecida popularmente com o nome de “café do mato” e “trombeteira”. Recentemente, verificou-se a ocorrência natural de intoxicação por M. princeps em caprinos, que desenvolveram doença renal. Folhas de M. princeps foram coletadas no município de Itaguaí, Rio de Janeiro, local onde foi diagnosticado o primeiro caso natural da intoxicação em caprinos. Neste estudo, as folhas de M. princeps dessecadas administradas por via intragástrica através de sonda, causou a morte de 7 de 9 coelhos nas doses a partir de 0,125g/kg a 0,25g/kg. Os dois coelhos que adoeceram mas sobreviveram às doses de 0,0625 e de 0,125g/kg, receberam uma dose letal da planta dois meses mais tarde, morreram, indicando que não houve desenvolvimento de tolerância à toxidez da planta. A planta dessecada administrada seis meses após a coleta, só causou a morte do coelho que recebeu a dose de 1,0g/kg, demonstrando que a planta armazenada perdeu em toxidez. Os brotos frescos causaram a morte de três dos seis coelhos, nas doses de 1,55g/kg a 3,0g/kg. As folhas maduras frescas causaram a morte de um dos quatro coelhos, na dose de 2,0g/kg, o que sugere que não haja diferenças na toxidez entre a brotação e as folhas maduras. As folhas dessecadas causaram a morte dos coelhos em doses menores que as folhas frescas, que talvez possa ser explicado pelo modo de administração da planta, no caso das folhas dessecadas em poucos minutos, no caso das folhas frescas as doses eram ingeridas durante um a dois dias, o que influenciaria a rapidez da absorção do princípio tóxico da planta. Tanto com administrações de folhas dessecadas como de folhas frescas maduras e brotos, predominaram no quadro clinicopatológico, alterações relativas ao coração e ao fígado. Os coelhos tornaram-se apáticos, com mucosas pálidas a cianóticas, orelhas frias até que subitamente se debatiam fortemente na gaiola, faziam movimentos de pedalagem, vocalizavam, apresentavam acentuada dispnéia e morriam. À necropsia, o fígado apresentava-se bastante pálido e com evidenciação da lobulação hepática; os demais órgãos encontravam-se congestos e a vascularização ingurgitada. À histopatologia, as lesões mais relevantes caracterizaram-se por tumefação difusa do citoplasma dos hepatócitos com focos de necrose incipiente e severa congestão centrolobular; no coração havia pequenos grupos de fibras cardíacas com aumento de eosinofilia, picnose e vacuolização. Baseado nesses achados, conclui-se que o coelho é sensível à M. princeps e que o princípio tóxico responsável pelo quadro clinicopatológico da intoxicação por M. princeps nos caprinos, em que predominam alterações renais talvez não seja o mesmo princípio responsável pela intoxicação dos coelhos, em que predominam alterações cardíacas e hepáticas ou o coelho reage de maneira diferente do caprino.
Abstract: Metternichia princeps var. princeps, a tree that belongs to the Solanaceae family, occurs in the Atlantic Forest of Brazil, from the state of Rio de Janeiro to Bahia. Goats suspected to be poisoned by this plant developed kidney disease. To prove this hypothesis, leaves of M. princeps were collected in the county of Itaguaí, Rio de Janeiro, where the first natural cases of poisoning were diagnosed. The dehydrated leaves were ground and mixed with water. The suspension was administered by stomach tube to nine rabbits and caused death of seven rabbits at doses from 0.125 to 0.25 g/kg. Two rabbits that got sick but survived at doses of 0,0625g/kg and 0,125 g/kg, received a lethal dose two months later and died, indicating that no tolerance to the plant poisoning effects developed. Dried leaves that were administered six months after collection caused death only of the rabbit that received the dose of 1.0 g/kg, showing that the stored leaves had lost toxicity. Fresh sprouts of M. princeps caused death in three of six rabbits at doses of 1.55 g/kg to 3.0 g/kg. Fresh mature leaves caused death in one of four rabbits at the dose of 2.0 g/kg, what suggests that there is no difference in toxicity between the mature leaves and sprouts. The dried leaves caused death of rabbits at smaller doses than fresh leaves, what can be explained by the way of administration of the plant; dried leaves were given within a few minutes while fresh leaves were ingested during one or two days, a fact that can influence absorption of the toxic principle. In all experiments with the dried and green leaves (sprouts and mature leaves), liver and heart lesions predominated. The rabbits became apathetic with pale and cyanotic mucosae and cold ears; they fell down with struggling movements, vocalization and spaced breathing, and died. At postmortem examination, the liver was pale with marked hepatic lobules; the other organs were congested and blood vessels were ingurgitated. The histopathological examination showed as the more important changes, diffuse vacuolation of the cytoplasm of hepatocytes and incipient necrotic foci and intense centre-lobule congestion; cardiac fibers were intense eosinophilic, with nuclear picnosis and vacuolation and the epithelial cells of the convoluted kidney tubules showed mild vacuolation. The performed experiments show that rabbits are susceptible to poisoning with dried and green leaves of M. princeps. It is also concluded that the toxic principle of M. princeps responsible for the clinical and pathological picture in rabbits may not be the same compound that causes poisoning in goats or that the rabbits react differently as goats; rabbits showed liver and heart lesions while goats had renal lesions.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14265
Aparece nas coleções:Mestrado em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)

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