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Tipo do documento: Dissertação
Título: A crítica à medicalização infantil: um recorte a partir de produções acadêmicas que privilegiam as narrativas infantis
Autor(es): Pessin, Luiza
Orientador(a): Melo, Rosane Braga de
Primeiro membro da banca: Melo, Rosane Braga de
Segundo membro da banca: Couto, Maria Cristina Ventura
Terceiro membro da banca: Silva, Luna Rodrigues Freitas
Palavras-chave: Medicalização;Infância;Patologização e Psicofármacos;Pesquisa com crianças;Medicalization;Childhood;Pathologization and Psychotropic drugs;Research with children
Área(s) do CNPq: Psicologia
Idioma: por
Data do documento: 28-Jan-2020
Editor: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Educação
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Citação: Pessin, Luiza. A crítica à medicalização infantil: um recorte a partir de produções acadêmicas que privilegiam as narrativas infantis. 2020. 110 f. Dissertação () - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2020.
Resumo: O presente estudo buscou problematizar a crescente medicalização da infância e a patologização dos modos de ser criança na atualidade, pois de um ponto de vista crítico a medicalização crescente pode ser vista como um processo político e cultural. Parte-se da definição de medicalização como um processo pelo qual problemas não médicos passam a ser definidos e tratados como problemas médicos, enfatizando o deslocamento de comportamentos cotidianos e de outras esferas para a jurisdição médica. Os discursos classificatórios e patologizantes criam terapêuticas medicalizantes, além de multiplicar o uso dos psicofármacos, parecem estar comprometidas com a correção das anormalidades, transformando-se, portanto, em estratégias disciplinares de normalização das condutas consideradas desviantes. Para tanto, abordaremos os desdobramentos do conceito de medicalização e a história da psiquiatria infantil, indagando de que modo o saber médico-psiquiátrico foi respondendo, através de seus dispositivos disciplinares, às demandas sociais a ele endereçadas. Discutiremos a medicalização das aprendizagens e dos comportamentos de estudantes que não atendem ao padrão idealizado pela instituição escolar e a forma como estes supostos transtornos estão justificando o não aprender na escola. A pesquisa realizou uma revisão bibliográfica da produção acadêmica nacional de trabalhos que privilegiam as narrativas infantis como material de análise, a fim de levantar a prevalência de posicionamento crítico bem como analisar, através dos ditos infantis, os significados que as crianças atribuem ao seu processo de medicalização. Estes trabalhos permitiram revelar a necessidade da realização de mais pesquisas com crianças de caráter crítico, que fundamentem suas reflexões em elementos de base histórica e social, embora consideremos relevante sua proporcionalidade frente ao total de pesquisas analisadas. As pesquisas mostraram também que os ditos infantis estão atravessados pelo discurso da medicalização contemporânea e, os trabalhos críticos analisados possibilitaram vislumbrar outras formas de cuidado infantil tanto pedagógico quanto médico diferentes dos preconizados pela lógica medicalizante a saber, a individualização e a biologização das problemáticas humanas.
Abstract: The study to be carried out seeks to problematize the increasing medicalization of childhood and the pathologization of ways of being a child today, because from a critical point of view, increasing medicalization can be seen as a political and cultural process. It starts from the definition of medicalization as a process by which non-medical problems are defined and treated as medical problems, emphasizing the displacement of daily behaviors and other spheres to medical jurisdiction. Classification and pathologizing discourses create medicalizing therapies, besides multiplying the use of psychotropic drugs, seem to be committed to the correction of abnormalities, thus becoming disciplinary strategies of normalisation of conducts considered deviant. To this end, we will address the unfolding of the concept of medicalization and the history of child psychiatry, asking how medical-psychiatric knowledge was responding, through its disciplinary devices, to the social demands addressed to it. We will discuss the medicalization of learning and behaviors of students who do not meet the standard conceived by the school institution and how these supposed disorders are justifying not learning at school. The research conducted a literature review of the national academic production of studies that favor children's narratives as an analysis material, in order to raise the prevalence of critical positioning as well as to analyze, through so-called children, the meanings that children attribute to their medicalization process. These studies have revealed the need for further research with critical ly, who based their reflections on historical and social elements, although we consider their proportionality to the total analyzed research. The research also showed that children's said are crossed by the discourse of contemporary medicalization and, the critical works analyzed made it possible to glimpse other forms of child care both pedagogical and medical different from the recommended by the medicalizing logic namely the individualization and biologization of human problems.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14462
Aparece nas coleções:Mestrado em Psicologia

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