Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18733
Tipo do documento: Dissertação
Título: Crítica da Razão Negra e Racionais MCs: a cultura do rap no enfrentamento ao necropoder
Título(s) alternativo(s): Criticism of Black Reason and Racionais MCs: rap culture in the fight against necropower
Autor(es): Lima, Luana Alana Mendonça de
Orientador(a): Lopes, Adriana Carvalho
Primeiro membro da banca: Lopes, Adriana Carvalho
Segundo membro da banca: Sales, Sandra Regina
Terceiro membro da banca: Maia, Junot de Oliveira
Palavras-chave: Necropolítica/necropoder;performatividade/performance;hip-hop/rap;Necropolitics/necropower;performativity/performance;hip-hop/rap
Área(s) do CNPq: Educação
Idioma: por
Data do documento: 18-Dez-2023
Editor: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Citação: LIMA, Luana Alana Mendonça de. Crítica da Razão Negra e Racionais MCs: A cultura do rap no enfrentamento ao necropoder. 2023. 135 f. Dissertação (Mestrado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares) - Instituto de Educação/Instituto Multidisciplinar, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica/Nova Iguaçu, 2023.
Resumo: Em função da racialização como critério-base do desenvolvimento econômico-social da humanidade, e mais especificamente da sociedade ocidental, sobretudo a partir da criação do Negro e do entrelaçamento deste ao conceito de escravo ao longo do projeto capitalista que segue em franco desdobramento (devir-negro do mundo), o filósofo contemporâneo Achille Mbembe (2018) e os rappers do grupo Racionais MCs (1990; 1992; 1993; 1997; 2002; 2014) aprofundaram a crítica aos algozes do que Mbembe (2014; 2016) conceituou como necropolítica. Neste sentido, nosso objetivo foi investigar a cultura do rap como modo de enfrentamento aos efeitos gerados pelo necropoder no Brasil. Medologicamente, a pesquisa se inicia bibliográfica, hermenêutica e etnográfico-textual, buscando compreender e correlacionar conceitos desenvolvidos pelo filósofo camaronês e pelos rappers brasileiros. Para isso, o problema foi sintetizado da seguinte forma: Como o movimento hip-hop e a cultura do rap [Racionais MCs] criticam e enfrentam a necropolítica no Brasil? Para responder à questão, inicialmente investigamos o desenvolvimento do conceito de raça descrito por Mbembe em suas obras, bem como examinamos a performance narrativa dos Racionais em consonância com o movimento hip-hop como a cultura que subverte as diversas mazelas enfrentadas especificamente pelos indivíduos racializados negros no Brasil. Assim, tendo como ponto de partida a CRN, e considerando-se os percalços enfrentados na (re)construção de identidades apesar das amarras do delírio da criação europeia de raça/racismo, a presente investigação enfatiza o rap como compromisso político-social, cultural e educacional. Portanto, além de artistas, Mano Brown (Pedro Paulo Soares Pereira), Ice Blue (Paulo Eduardo Salvador), Edi Rock (Edivaldo Pereira Alves) e KL Jay (Kleber Geraldo Lelis Simões) são pensadores urbanos, intelectuais orgânicos cuja obra contribui efetivamente para o desenvolvimento de reflexões e estratégias de sobrevivência, resistência e reexistência no enfrentamento ao necropoder. A investigação demonstrou que a dimensão crítico-narrativa do hip-hop e do rap do Racionais desvela a conjuntura do necropoder, desde o cotidiano até as instituições, possibilitando a conscientização (Freire, 1979) dos sujeitos/as periféricos/as (D’Andrea, 2013; 2020) e MPIFs (Okereke; Alves; Ribeiro, 2017), mantendo vivo o compromisso (Sabotage, 2000) do rap na construção de uma sociedade antirracista.
Abstract: Due to racialization as a base criterion for the economic-social development of humanity, and more specifically of Western society, especially from the creation of the Black and its intertwining with the concept of slave throughout the capitalist project that continues to unfold (becoming -black of the world), the contemporary philosopher Achille Mbembe (2018) and the rappers from the group Racionais MCs (1990; 1992; 1993; 1997; 2002; 2014) deepened the criticism of the executioners of what Mbembe (2014; 2016) conceptualized as necropolitics . In this sense, our objective was to investigate rap culture as a way of confronting the effects generated by necropower in Brazil. Medologically, the research begins bibliographically, hermeneutically and ethnographically-textually, seeking to understand and correlate concepts developed by the Cameroonian philosopher and Brazilian rappers. To achieve this, the problem was summarized as follows: How do the hip-hop movement and rap culture [Racionais MCs] criticize and confront necropolitics in Brazil? To answer the question, we initially investigated the development of the concept of race described by Mbembe in his works, as well as examining the narrative performance of the Racionais in line with the hip-hop movement as the culture that subverts the various ills faced specifically by black racialized individuals. in Brazil. Thus, taking the CRN as a starting point, and considering the obstacles faced in the (re)construction of identities despite the constraints of the delirium of the European creation of race/racism, this investigation emphasizes rap as a political-social, cultural commitment and educational. Therefore, in addition to being artists, Mano Brown (Pedro Paulo Soares Pereira), Ice Blue (Paulo Eduardo Salvador), Edi Rock (Edivaldo Pereira Alves) and KL Jay (Kleber Geraldo Lelis Simões) are urban thinkers, organic intellectuals whose work effectively contributes to the development of reflections and strategies for survival, resistance and re-existence in confronting necropower. The investigation demonstrated that the critical-narrative dimension of Racionais hip-hop and rap reveals the situation of necropower, from everyday life to institutions, enabling awareness (Freire, 1979) of peripheral subjects (D'Andrea , 2013; 2020) and MPIFs (Okereke; Alves; Ribeiro, 2017), keeping rap's commitment (Sabotage, 2000) alive in building an anti-racist society.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18733
Aparece nas coleções:Mestrado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares

Se for cadastrado no RIMA, poderá receber informações por email.
Se ainda não tem uma conta, cadastre-se aqui!

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2023 - LUANA ALANA MENDONÇA DE LIMA.pdf2.14 MBAdobe PDFThumbnail
Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.