Intervenções psicossociais para adesão e persistência à Terapia Endócrina Adjuvante e preditores psicossociais: uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados

Abstract

O câncer de mama (CM) é o tipo de câncer mais prevalente em mulheres, apresentando elevado número de casos e óbitos. Visando a diminuição desses números, estratégias de enfrentamento são utilizadas, como o rastreamento e diagnóstico precoce. Contudo, o cenário no Brasil não é favorável e as pacientes ainda enfrentam desafios para realizar o exame de rastreio e iniciar o tratamento, quando diagnosticadas com a doença. Além disso, quando iniciado, a taxa de adesão ao tratamento é abaixo do ideal, sobretudo da Terapia Endócrina Adjuvante (TEA), de modo que diversos preditores estão envolvidos, como os fatores psicossociais. Por se tratar de uma doença que influencia todo o contexto de vida da mulher, intervenções que visem melhorar as taxas de adesão ao tratamento ou os fatores psicossociais envolvidos, precisam ser consideradas para que esse problema seja suprido. As Intervenções Psicossociais (IP) têm se mostrado promissoras em diferentes contextos. Diante disso, esse trabalho foi dividido em três capítulos. O capítulo I tem como objetivo definir conceitos sobre o CM para melhor entendimento posterior do trabalho, além de retratar o cenário do rastreamento, diagnóstico precoce e tratamento do CM no Brasil. O capítulo II trata-se de uma revisão de escopo abrangente que teve como objetivo definir os fatores psicossociais envolvidos no processo de adesão e/ou persistência à TEA, quimioterapia e radioterapia. Por fim, o capítulo III é uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados, que sintetizou as IPs disponíveis na literatura para melhorar a adesão à TEA bem como os fatores psicossociais descritos no capítulo II.