O uso da capina seletiva para a condução da regeneração natural em diferentes estágios sucessionais na Área de Relevante Interesse Ecológico Floresta da Posse

Abstract

O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito da capina seletiva na estrutura da floresta. Para isso, verificou-se a riqueza de espécies, a composição florística e quantificou-se o recobrimento do solo por herbáceas e arbustivas em três áreas de restauração ecológica, em diferentes estágios sucessionais. O estudo foi conduzido no município do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, em que as medições se concentram nos terços médio e inferior do morro de uma floresta urbana secundária em estágio médio, implantada a partir de três estratégias: 1) plantio de espécies arbóreas; 2) regeneração natural (restauração passiva); 3) condução da regeneração de herbáceas e arbustivas. Foram instaladas 10 parcelas de 20m² para quantificar as espécies arbóreas e 30 parcelas de 1m² para as herbáceas e arbustivas em uma área de 1,00 ha. O total de indivíduos inventariados nas três áreas foi de 418, sendo 229 arbóreas distribuídas em 20 famílias e 189 herbáceas e arbustivas, distribuídas em 18 famílias. O projeto apresentou bom índice de equitabilidade. As espécies mais frequentes foram: Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld, Schinus terebinthifolia Raddi e Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit. Em relação as espécies herbáceas e arbustivas, as áreas 2 e 3 apresentaram um recobrimento de 50% avaliadas pelo método de Braun Blanquet e a área 1 um apresentou aproximadamente 75% de cobertura vegetal. As herbáceas e arbustivas mais abundantes foram: Desmodium gangeticum (L.) DC., Commelia benghalensis L. e Indigofera hirsuta. Através das avaliações realizadas observou-se que o métode de capina seletiva certamente favoreceu o aumento de bioiversidade, ao manter a matocompetição controlada, permitindo o surgimento e estabelecimento de hesrbáceas e arbustivas.