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https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19223
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | Desafios e facilitadores da comunicação de más notícias na prática médica e contribuições potenciais da Psicologia |
Título(s) alternativo(s): | Challenges and facilitators of communicating bad news in medical practice and potential contributions of Psychology |
Autor(es): | Nascimento, Anna Tharyne de Almeida |
Orientador(a): | Borges, Lilian Maria |
Primeiro membro da banca: | Borges, Lilian Maria |
Segundo membro da banca: | Souza, anderson Fernandes de |
Terceiro membro da banca: | Hildebrandt, ernanda Martins Pereira |
Palavras-chave: | Comunicação de Más Notícias;Serviço Hospitalar;Médicos;Psicólogos;Breaking Bad News;Hospital Service;Doctors;Psychologist |
Área(s) do CNPq: | Psicologia Psicologia |
Idioma: | por |
Data do documento: | 28-Mar-2024 |
Editor: | Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UFRRJ |
Departamento: | Instituto de Educação |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Psicologia |
Citação: | NASCIMENTO, Anna Tharyne de Almeida. Desafios e facilitadores da comunicação de más notícias na prática médica e contribuições potenciais da psicologia. 2024. 79 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia). Instituto de Educação, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ. 2024. |
Resumo: | As habilidades comunicativas são essenciais para uma adequada interação dos médicos com usuários, familiares e outros membros da equipe multiprofissional. Nesse contexto, a comunicação de más notícias impõe desafios específicos, na medida em que tende a gerar ansiedade, temores e reflexões sobre a finitude e o sentido da vida. Este estudo descritivo teve como objetivo investigar os processos de comunicação de más notícias na prática médica, em âmbito hospitalar, conforme as percepções e vivências de médicos de diferentes especialidades. Para tanto, contou-se com a participação de 30 médicos atuantes em hospitais dos setores público e privado do estado do Rio de Janeiro, que foram convidados a responder, de modo online ou presencial, a um questionário autoadministrado. Os dados obtidos foram tratados por meio da análise estatística descritiva. Verificou-se que 56,6% dos médicos exerciam suas atividades profissionais no setor de Urgência e Emergência e que as más notícias mais comumente comunicadas eram óbitos de adultos, seguido de diagnóstico de doença grave ou temida e resultados desfavoráveis de exames médicos. Em sua maioria, os respondentes afirmaram não realizar discussões e planejamento em suas equipes de trabalho quanto ao processo de comunicar más notícias e não seguir protocolos com esta finalidade. As principais dificuldades apontadas como prejudiciais a este tipo de comunicação foram o pouco tempo disponível e aspectos relacionados ao paciente e familiares, sobretudo falta de informações prévias e reações emocionais negativas. As notícias consideradas mais desafiadoras foram informar o óbito de crianças ou adolescentes e o diagnóstico de uma doença grave ou temida. Dezenove médicos afirmaram se sentir razoavelmente preparados para o ato de comunicar notícias difíceis, mas 14 dos participantes disseram que fornecer estas notícias os afetava emocionalmente. Suas dificuldades principais no cumprimento dessa tarefa eram discutir questões de fim de vida e lidar com os próprios sentimentos de impotência. As estratégias avaliadas como facilitadoras nesse processo de comunicação foram ser empático e acolhedor e receber treinamento prévio. A maior parte dos médicos relataram já ter contado, de modo frequente ou escasso, com o apoio de psicólogo(a)s no contexto de comunicação de notícias temidas, sendo que 86,6% acreditavam que a colaboração destes profissionais deveria ocorrer posteriormente ao anúncio da informação. O estudo evidenciou a importância de se conhecer as dificuldades dos médicos frente às exigências e à complexidade da comunicação de más notícias para subsidiar cursos de capacitação profissional na área, de modo a amenizar os impactos negativos das informações que, embora indesejadas, são parte da rotina hospitalar. |
Abstract: | Communicative skills are essential for proper interaction between physicians, users, family members, and other members of the multidisciplinary team. In this context, delivering bad news poses specific challenges as it tends to generate anxiety, fears, and reflections on the finitude and meaning of life. This descriptive study aimed to investigate the processes of delivering bad news in medical practice within the hospital setting, according to the perceptions and experiences of physicians from different specialties. To this end, 30 physicians practicing in public and private hospitals in the state of Rio de Janeiro participated, responding to a self-administered questionnaire either online or in person. The data obtained were treated using descriptive statistical analysis. It was found that 56.6% of physicians practiced in the Emergency Department, and the most commonly communicated bad news by the participants were adult deaths , followed by diagnoses of serious or feared diseases and unfavorable medical test results. Most respondents stated that they did not discuss or plan the process of delivering bad news within their work teams and did not follow protocols for this purpose. The main difficulties reported as hindering this type of communication were limited time availability and aspects related to patients and family members, especially lack of prior information and negative emotional reactions. The news considered most challenging were informing about the death of children or adolescents and diagnosing a serious or feared illness. Nineteen physicians claimed to feel reasonably prepared for delivering difficult news, but 14 participants said that providing such news emotionally affected them. Their main difficulties in performing this task were discussing end-of-life issues and dealing with their own feelings of helplessness. Strategies evaluated as facilitating this communication process were being empathetic and supportive and receiving prior training. Most physicians reported having frequent or limited support from psychologists in the context of delivering feared news, with 86.6% believing that the collaboration of these professionals should occur after the announcement of the information, offering support. The study highlighted the importance of understanding physicians' difficulties in delivering bad news to support professional training courses in the field, aiming to mitigate the negative impacts of unwanted information that are nevertheless part of hospital routine. |
URI: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19223 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Psicologia |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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