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Tipo do documento: Dissertação
Título: Do chão da Labuta à luta política no Território Quilombola da Lagoa do João nos marcos contraditórios do capital
Título(s) alternativo(s): From the floor of Labuta to the political struggle in the Quilombola Territory of Lagoa do João in the contradictory frameworks of capital
Autor(es): Silva, Gerusa Martins da
Orientador(a): Santos, Miriam de Oliveira
Primeiro membro da banca: Santos, Miriam de Oliveira
Segundo membro da banca: Zanini, Maria Catarina Chitolina
Terceiro membro da banca: Aragão, Luciano Ximenes
Palavras-chave: Campesinato;Luta política;Quilombola;Resistência;Trabalho;Peasantry;Political struggle;Resistance;Work
Área(s) do CNPq: Geografia
Geografia
Idioma: por
Data do documento: 19-Mar-2024
Editor: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Geociências
Programa: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Citação: SILVA, Gerusa Martins da. Do chão da labuta à luta política no território quilombola da Lagoa do João nos marcos contraditórios do capital. 2024. 115 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Instituto de Geociências/Departamento de Geografia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2024.
Resumo: Os povos quilombolas resistem e lutam em defesa dos seus territórios. A formação dos quilombos, o campesinato, as relações de coletividade são prelúdios para a formação de uma luta política. Somente após cem anos da abolição da escravatura, os povos quilombolas foram reconhecidos e conquistaram o direito à regularização fundiária das terras quilombolas. Entretanto, diversos percalços envolvem o processo fundiário. Neste contexto, diversos movimentos de lutas eclodiram na luta pela terra e em defesa dos territórios quilombolas. Muitas vezes, os povos quilombolas não possuem condições de permanecer na terra, em virtude de diversos fatores que têm resultado na mobilidade do trabalho, que, consequentemente, resulta na desarticulação da luta política e identitária. No entanto, a vida campesina no território quilombola da Lagoa do João, é permeada pela relação terra, trabalho e família, marcada pela autonomia e liberdade própria do campo. Além disso, a reprodução camponesa no quilombo está associada à resistência de um povo que luta para subsistir no campo, por meio da organização política, mesmo diante das contradições do capital e da dinâmica da modernidade. Diante disso, a presente pesquisa visa analisar o espaço social dos povos quilombolas da Lagoa do João do município de Poções–BA, a fim de compreender a luta política pela garantia dos seus direitos e por condições de permanência no campo, diante das contradições que repercutem na mobilidade do trabalho e na invisibilidade social que adentra esse território. Para tanto, contamos com diversos procedimentos metodológicos como, levantamento bibliográfico, realização de questionário, entrevistas, registros fotográficos, dentre outros. Dessa forma, percebemos a resistência do território quilombola a partir da luta política através da associação de moradores rurais e do Movimento Consciência Negra Todo Dia, na luta pela garantia dos direitos e por permanência no campo. Constatamos que, o modo de vida camponês foi sendo alterado pela dinâmica da modernidade, que refletiu na mobilidade do trabalho, dentre outros fatores. Entretanto, apesar dos elementos que tendem a enfraquecer a luta no campo, percebemos que a consciência política vem sendo construída no território quilombola da Lagoa do João por meio da luta coletiva através da associação e dos movimentos.
Abstract: The quilombola peoples resist and fight in defense of their territories. The formation of quilombos, the peasantry, and collective relations are preludes to the formation of a political struggle. Only one hundred years after the abolition of slavery were quilombola peoples recognized and conquered the right to land regularization of quilombola lands. However, several setbacks involve the land process. In this context, several movements of struggles erupted in the struggle for land and in defense of quilombola territories. Quilombola peoples are often unable to remain on the land, due to various factors that have resulted in the mobility of labor, which, consequently, results in the disarticulation of the political and identity struggle. However, peasant life in the quilombola territory of Lagoa do João is permeated by the relationship between land, work and family, marked by the autonomy and freedom of the countryside. In addition, peasant reproduction in the quilombo is associated with the resistance of a people who struggle to subsist in the countryside, through political organization, even in the face of the contradictions of capital and the dynamics of modernity. In view of this, the present research aims to analyze the social space of the quilombola peoples of Lagoa do João in the municipality of Poções-BA, in order to understand the political struggle for the guarantee of their rights and for conditions of permanence in the countryside, in the face of the contradictions that have repercussions on the mobility of work and the social invisibility that enters this territory. To this end, we rely on several methodological procedures such as bibliographic survey, questionnaire, interviews, photographic records, among others. In this way, we perceive the resistance of the quilombola territory from the political struggle through the association of rural residents and the Black Consciousness Every Day Movement, in the struggle for the guarantee of rights and for permanence in the countryside. We found that the peasant way of life was being changed by the dynamics of modernity, which reflected in the mobility of work, among other factors. However, despite the elements that tend to weaken the struggle in the countryside, we realize that political consciousness has been built in the quilombola territory of Lagoa do João through collective struggle through association and movements.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19563
Aparece nas coleções:Mestrado em Geografia

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