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Tipo do documento: Dissertação
Título: Efeito anestésico e toxicidade aguda do óleo essencial de citrus sinensis em betta splendens
Título(s) alternativo(s): Anesthetic effect and acute toxicity of citrus sinensis essential oil on betta splendens
Autor(es): Silva, Rafael Carvalho da
Orientador(a): Ramos, Leonardo Rocha Vidal
Primeiro coorientador: Pereira, Marcelo Maia
Primeiro membro da banca: Ramos, Leonardo Rocha Vidal
Segundo membro da banca: Lopes, Jane Mello
Terceiro membro da banca: Santos, Matheus Pereira dos
Palavras-chave: Bem-estar;Laranja;Peixes ornamentais;Transporte;Orange;Ornamental fish;Transport;Welfare
Área(s) do CNPq: Zootecnia
Idioma: por
Data do documento: 29-Out-2021
Editor: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Zootecnia
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
Citação: Silva, Rafael Carvalho da. Efeito anestésico e toxicidade aguda do óleo essencial de citrus sinensis em betta splendens. 2021. 38 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) - Instituto de Zootecnia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2021.
Resumo: O óleo essencial de Citrus sinensis (OECS) apresenta propriedades sedativas e anestésicas, constituindo assim, uma alternativa aos anestésicos sintéticos comumente usados em aquicultura. O peixe beta Betta splendens é conhecida pela sua beleza, de grande variedade de conformações corporais e cores, e também pela agressividade demarcada em machos adultos da espécie. Este trabalho teve o objetivo de estudar a toxicidade aguda do óleo essencial de Citrus sinensis em Betta splendens, os tempos de indução e de recuperação da anestesia, sua ação sobre o comportamento agonista de machos adultos e seus efeitos no transporte coletivo de machos desta espécie. No teste de toxicidade aguda para 48h de exposição, foram testadas as concentrações 0 + 540 μL L−1 de etanol (controle), 20, 30, 40, 50 e 60 μL L−1 de OECS, com seis repetições cada, tais concentrações foram definidas a partir de ensaios previamente realizados. Em seguida, foi realizado um ensaio para avaliar os tempos de indução e recuperação da anestesia (N=6), onde foram avaliadas as concentrações 0 + 2700 μL L−1 de etanol (controle), 25, 50, 100, 150, 200, 250 e 300 μL L−1 do OECS, com seis repetições para cada tratamento. A avaliação do comportamento agonista entre machos de B. splendens expostos ao OECS foi realizada através da exposição dos animais ao OECS durante encontros agonísticos, sendo avaliadas as concentrações 0 + 270 μL L−1 de etanol, 10, 20 e 30 μL L−1 de OECS, com seis repetições para cada tratamento. Para o ensaio de transporte coletivo de indivíduos machos durante 6h, foram usadas as concentrações de 0,0 ou 20 μL L−1 de OECS, com quatro repetições cada, e tais dosagens foram definidas com base nos ensaios anteriores. Nesse estudo, foi ainda feita a coleta de brânquias para avaliar possíveis danos histológicos durante a exposição ao OECS no transporte. Em relação ao teste de toxicidade aguda do OECS os resultados mostram que a CL50 48h de OECS foi calculada em 49,17 μl L-1 . No experimento de indução com o OECS, os peixes atingiram diferentes estágios anestésicos, e não foram observadas mortalidades durante a indução ou recuperação dos peixes. Foram requeridas concentrações de OECS a partir de 250 μL L−1 para induzir o B. splendens à anestesia em 3,3 minutos. A adição do OECS na água de transporte de B. splendens machos permitiu que, ao final do transporte, os animais mantivessem seu estado corporal, sem nenhum dano aparente externo causado pelo comportamento agonista, diferentemente dos animais transportados sem a adição do OECS, que exibiram alterações de cor e com nadadeiras danificadas, causadas por disputas entre os animais. Os resultados evidenciaram que o OECS na faixa de 10 a 30 μL L−1 pode atuar como agente redutor da agressão nesta espécie. Nenhuma alteração histológica foi observada nas brânquias dos peixes expostos a 20 μl L-1 do OECS durante o transporte. Assim, conclui-se que a CL50 em 48h do óleo essencial de Citrus sinensis é de 49,17 μl L-1 . O óleo essencial de Citrus sinensis mostrou-se um anestésico eficaz e seguro para o B. splendens. Além disso, a concentração de 20 μl L-1 do OECS é recomendada para o transporte coletivo de machos desta espécie, uma vez que nenhuma alteração na aparência externa dos animais e nem ao nível histológico foi observada nos peixes expostos a esta concentração.
Abstract: Citrus sinensis essential oil (EOCS) has sedative and anesthetic properties, thus constituting an alternative to synthetic anesthetics commonly used in aquaculture. The beta fish Betta splendens is known for its beauty, wide variety of body shapes and colors, and also for its marked aggressiveness in adult males of the species. This work aimed to study the acute toxicity of Citrus sinensis essential oil on Betta splendens, the induction and recovery times from anesthesia, its action on the agonist behavior of adult males and its effects on the collective transport of males of this species. In the acute toxicity test for 48h exposure, the concentrations 0 + 540 μL L−1 of ethanol (control), 20, 30, 40, 50 and 60 μL L−1 of EOCS were tested, with six repetitions each, such concentrations were defined from tests previously carried out. Then, an assay was performed to evaluate anesthesia induction and recovery times(N=6), where the concentrations 0 + 2700 μL L−1 of ethanol (control), 25, 50, 100, 150, 200, 250 and 300 μL L−1 of the EOCS were evaluated, with six repetitions for each treatment. The evaluation of agonist behavior among males of B. splendens exposed to the EOCS was performed by exposing the animals to the EOCS during agonistic encounters, with concentrations of 0 + 270 μL L−1 of ethanol, 10, 20 and 30 μL L−1 being evaluated of EOCS, with six repetitions for each treatment. For the collective transport test of male individuals for 6h, concentrations of 0.0 or 20 μL L−1 of EOCS were used, with four repetitions each, and such dosages were defined based on the previous tests. In this study, the collection of gills was also performed to assess possible histological damage during exposure to EOCS during transport. Regarding the EOCS acute toxicity test, the results show that the EOCS 48h LC50 was calculated as 49.17 μl L-1 . In the EOCS induction experiment, fish reached different anesthetic stages, and no mortalities were observed during fish induction or recovery. EOCS concentrations from 250 μL L −1 were required to induce B. splendens to anesthesia in about 3.3 minutes. The addition of EOCS to the transport water of male B. splendens allowed the animals to maintain their body status at the end of transport, without any apparent external damage caused by agonist behavior, unlike animals transported without the addition of EOCS, which exhibited color changes and with damaged fins, caused by disputes between animals. The results showed that EOCS in the range of 10 to 30 μL L−1 can act as an aggression- reducing agent in this species. No histological changes were observed in the gills of fish exposed to 20 μl L-1 of the EOCS during transport. Thus, it is concluded that the LC50 in 48h of Citrus sinensis essential oil is 49.17 μl L-1 . The essential oil of Citrus sinensis proved to be an effective and safe anesthetic for B. splendens. In addition, the concentration of 20 μl L-1 of the EOCS is recommended for the collective transport of males of this species, since no changes in the external appearance of the animals or in the histological level were observed infish exposed to this concentration.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20232
Aparece nas coleções:Mestrado em Ciência Animal

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