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Tipo do documento: Dissertação
Título: Sem açúcar e com afeto: a transformação da alimentação infantil
Otros títulos: Without augar and with affection: the transformation of child feeding
Autor: Serrão, Patrícia dos Santos
Orientador(a): Fernandez, Annelise Caetano Fraga
Primeiro membro da banca: Fernandez, Annelise Caetano Fraga
Segundo membro da banca: Woortmann, Ellen Fensterseifer
Terceiro membro da banca: Zanini, Maria Catarina Chitolina
Palabras clave: alimentação;introdução alimentar;socialização;feeding;complementary feeding;socialization
Área(s) do CNPq: Sociologia
Sociologia
Idioma: por
Fecha de publicación: 13-dic-2024
Editorial: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Citación: SERRÃO, Patrícia. Sem açúcar e com afeto: a transformação da alimentação infantil. 2024. 114 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2024.
Resumen: Esta dissertação faz uma análise das mudanças percebidas durante a introdução alimentar ao longo de duas gerações, falando sobre as interconexões entre cultura, alimentação e transformações sociais. A metodologia adotada envolveu a realização de entrevistas com mães e avós, proporcionando uma compreensão abrangente das práticas alimentares ao longo do tempo. A pesquisa se fundamenta em uma revisão bibliográfica explorando teorias socioculturais, estudos referentes à alimentação e às análises de transformações sociais. A abordagem metodológica incluiu a coleta de dados por meio de entrevistas, nas quais mães e avós compartilharam experiências e percepções relacionadas à introdução alimentar. A triangulação dessas informações com a revisão bibliográfica contribuiu para uma compreensão holística e contextualizada do fenômeno em questão. O estudo abrangeu dois grupos distintos, compostos por mães e avós, ambos pertencentes à classe média da Zona Sul do Rio de Janeiro, mas que apresentam perspectivas diversas em relação à introdução alimentar. As mães, em geral, estão fortemente influenciadas por orientações médicas contemporâneas, como as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Organização Mundial da Saúde, além de estarem conectadas a novas abordagens, como os meios digitais, redes sociais e grupos de apoio on-line que facilitam o acesso a informações e troca de experiências entre pais. Elas tendem a priorizar uma alimentação saudável, sem adição de açúcar nos primeiros anos, adaptando os métodos de introdução alimentar de acordo com suas possibilidades cotidianas. O debate sobre alimentos adoçados e processados reflete não apenas preferências geracionais, mas mudanças sociais e culturais mais amplas. O consumo de alimentos adoçados, associado às avós, simboliza práticas tradicionais e afeto, enquanto os alimentos processados, que fazem parte do cotidiano das mães, representam uma adaptação ao ritmo acelerado e à busca por conveniência. Essa diferença gera uma tensão intergeracional, na qual as mães, guiadas por orientações pediátricas atuais, evitam açúcar e alimentos processados, enquanto as avós, com base em práticas familiares antigas, veem esses limites como exagerados. Cada geração, portanto, carrega interpretações próprias sobre alimentação infantil, transformando a introdução alimentar em um espaço de negociação entre tradição e modernidade, no qual diálogo e respeito às memórias familiares se fazem essenciais. Os resultados da pesquisa indicam uma mudança significativa na maneira como as mães buscam informações e conduzem o processo de introdução alimentar. Esse fenômeno reflete não somente as transformações individuais, mas também as dinâmicas sociais mais amplas que influenciam as práticas alimentares. A análise desses resultados contribui para uma compreensão mais abrangente das interações entre cultura, alimentação e as transformações sociais contemporâneas, especialmente no contexto da introdução alimentar infantil.
Abstract: This dissertation analyzes the perceived changes in complementary feeding practices across generations, exploring the complex interconnections between culture, food, and social transformations. The methodology involved conducting interviews with mothers and grandmothers, providing a comprehensive understanding of feeding practices over time. The research is grounded in a literature review covering sociocultural theories, food studies, and analyses of social transformations. The methodological approach included data collection through interviews in which mothers and grandmothers shared their experiences and perceptions related to complementary feeding. Triangulating this information with the literature review contributed to a holistic and contextualized understanding of the phenomenon. The study involved two distinct groups, mothers and grandmothers, both from the middle class in the southern zone of Rio de Janeiro, each with diverse perspectives on complementary feeding. Generally, mothers are strongly influenced by contemporary medical guidelines, such as those from the Brazilian Society of Pediatrics and the World Health Organization. They are also connected to new approaches, such as digital platforms, social media, and online support groups that facilitate access to information and the exchange of parenting experiences. They tend to prioritize healthy eating, avoiding added sugar in the early years, and follow evidence-based practices like Baby-Led Weaning, responsive feeding, and the traditional gradual introduction of foods, adapting these practices to promote autonomy and healthy food choices from an early age. The discussion on sweetened and processed foods reflects not only generational preferences but also broader social and cultural changes. The consumption of sweetened foods, associated with grandmothers, symbolizes traditional practices and affection, while processed foods, which are part of the daily lives of mothers, represent an adaptation to fast-paced lifestyles and the pursuit of convenience. This difference generates an intergenerational tension, in which mothers, guided by current pediatric recommendations, avoid sugar and processed foods, while grandmothers, drawing on family traditions, see these restrictions as excessive. Each generation, therefore, holds its own interpretations of child feeding, transforming complementary feeding into a space of negotiation between tradition and modernity, where dialogue and respect for family memories are essential. The research results indicate a significant shift in the way mothers seek information and approach the complementary feeding process. This phenomenon reflects not only individual changes but also broader social dynamics that influence feeding practices. Analyzing these findings contributes to a deeper understanding of the interactions between culture, food, and contemporary social transformations, especially in the context of infant complementary feeding.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/22297
Aparece en las colecciones:Mestrado em Ciências Sociais

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