Raízes finas de espécies arbóreas utilizadas na restauração florestal.

Abstract

Este trabalho tem como objetivo avaliar o crescimento de raízes finas de cinco espécies florestais frequentemente utilizadas em planos de restauração florestal. Um inventário da área foi realizado para verificar crescimento em altura, diâmetro e área basal das árvores. As amostras de raízes finas foram coletadas com a ajuda de uma sonda de aço inox. Elas foram separadas do solo com auxílio de uma peneira e água corrente, e armazenadas em potes transparentes com álcool 70° para preservação. Uma vez separadas, as amostras de raízes finas foram levadas para um scanner onde foram digitalizadas e com a ajuda do programa WinRhizo, calculou-se os valores de comprimento (cm), área (cm2) e volume das raízes finas (cm3). Depois desse processo concluído, as amostras de raízes foram secas em estufa para a obtenção da matéria seca (g). Finalmente, baseando-se no volume da amostra coletada através da sonda, calculou-se a densidade de raízes finas considerando a matéria seca (DRF - g dm-3) e o comprimento (DRF - cm cm-3). Em geral, a Guarea guidonia e a Inga edulis foram as espécies com maior DRF e a Pseudobombax grandiflorum foi aquela com menor DRF. As regressões lineares relacionando matéria seca (g) / comprimento (cm), evidenciaram que a Alchornea triplinervia e o Calophyllum brasiliense apresentaram o maior comprimento radicular em relação a uma menor matéria seca, sendo as de maior potencial de exploração do solo. Já a análise das regressões lineares entre massa seca (g) / área radicular (cm2) mostraram que a Alchornea triplinervia e a Calophyllum brasiliense foram as espécies com maior área radicular com menor matéria seca. Desta forma, além de explorarem satisfatoriamente o solo através do sistema radicular, possuem potencialmente alta capacidade em absorver água e nutrientes. Em relação as regressões entre matéria seca (g) / volume de raízes finas (cm3), a Inga edulis apresentaram raízes finas mais densas em comparação com as outras espécies, sendo assim potencialmente menos eficientes em relação à absorção de água e nutrientes, com o inverso acontecendo nas raízes finas da Guarea guidonia que apresentou menor densidade, caracterizando-se em uma espécie de potencial eficiência na absorção de água e nutrientes.