Crescimento de espécies nativas em área de recomposição florestal no Complexo Naval Guandu do Sapê

Abstract

O Brasil possui alta diversidade de espécies florestais, porém devido à exploração desordenada, seus diferentes biomas se encontram fragmentados. A preocupação em conservar florestas remanescentes e recuperar habitats degradados é notória; neste contexto a restauração florestal surge como uma alternativa na recomposição de áreas degradadas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento de oito espécies florestais: Bixa orellana, Caesalpinia ferrea, Ceiba speciosa, Handroanthus chrysotrichus, Inga vera, Pterogyne nitens, Pterygota brasiliensis e Schinus terebinthifolia, estabelecidas em área de recomposição florestal no Complexo Naval Guandu do Sapê, Rio de Janeiro. Foram avaliadas três áreas de recomposição florestal, de 0,12 ha (Alfa), 0,6 ha (Charlie) e 0,6 ha (Delta), cujos os espaçamentos de plantio foram, respectivamente: 2,5 x 2,5; 1,5 x 1,5 e 2,5 x 2,5 m. O crescimento foi avaliado por meio da medição do diâmetro a 1,30 m do solo (dap) e da altura total (Ht), medidos nas idades de cinco e seis anos, na área Alfa, e quatro e cinco anos, nas áreas Delta e Charlie. A avaliação do crescimento foi realizada por meio da mediana, com a elaboração de gráficos boxplot e, também, por meio de distribuições diamétricas, com o ajuste da função de densidade e probabilidade Weibull. As espécies que apresentaram maior crescimento em dap e ht foram Ceiba speciosa e Inga vera com mediana de 10 cm para dap e 6,5m para altura, enquanto Bixa orellana e Schinus terebinthifolia apresentaram o menor crescimento, com aproximadamente 4,0 cm de dap e 4,0 m de altura. Conclui-se que a área ainda se encontra em desenvolvimento e que são necessárias ações de manejo para que as espécies possam avançar em crescimento.