"Tem isso aqui?": Percepção ambiental de estudantes em relação às áreas de proteção ambiental em sua região

Abstract

A conservação do meio ambiente é uma temática cada vez mais recorrente no cenário mundial, sendo discutida, ao longo das décadas, em diversas conferências mundiais realizadas pela Organização das Nações Unidas. O Brasil, palco das conferências Eco-92 e Rio+20, vem demonstrando esforços na adequação de suas políticas públicas de modo a amenizar os problemas socioambientais discutidos em tais conferências. Dentre esses esforços está a criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, o qual regulamenta as complexas relações sociedade-natureza, visando à conservação dos mais variados tipos de ambiente. Uma de suas categorias é representada pelas Áreas de Proteção Ambiental, as quais objetivam proteger a diversidade biológica e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos de uma determinada região, disciplinando o processo de ocupação humana. Estas áreas necessitam da participação da comunidade em prol da sua conservação e, para isso, a Educação Ambiental é de extrema importância, promovendo a sensibilização e auxiliando no desenvolvimento da Percepção Ambiental de cada indivíduo. O presente estudo teve por objetivo avaliar conhecimentos relacionados à Educação Ambiental de estudantes de Ensino Médio de um Colégio Estadual do bairro de Sepetiba, cidade do Rio de Janeiro, bem como sua Percepção em relação às Áreas de Proteção Ambiental da região. Foi possível perceber, de um modo geral, a fragmentação dos conhecimentos apresentados pelos estudantes, assim como sua não contextualização com a realidade presente na região em que moram. Quanto às Áreas de Proteção Ambiental, os estudantes demonstraram, como um todo, desconhecimento de sua existência, significado e importância, o que parece contribuir para a má conservação de tais Unidades de Conservação. Podemos concluir que o discurso das políticas públicas voltado para a conservação do meio ambiente se mostra falho na pratica, havendo a necessidade de uma abordagem efetiva dos poderes públicos sobre essa questão na região.