O biossólido e pó de coco como substrato para a produção de mudas de eucalipto

Abstract

A espécie Eucalyptus grandis tem sido amplamente utilizada devido seu rápido crescimento, tronco retilíneo, densidade básica média da madeira e de seus usos múltiplos. Para atingir elevadas produtividades é indispensável o plantio com mudas de qualidade, necessitando de um bom substrato para isso. Com o aumento das áreas urbanas e industriais, tem-se o aumento da geração de resíduos destacando-se o biossólido (lodo de esgoto estabilizado) e o pó de coco, ambos com características que permitem seu uso como componentes de substrato. Diante do exposto, o objetivo do trabalho foi avaliar biossólidos de lodo de esgoto de diferentes estações de tratamentos e o pó de coco, como substrato para produção de mudas de eucalipto em tubetes. O experimento foi conduzido no viveiro da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, formulando-se cinco substratos: ALE (100% biossólido ETE Alegria), ALE_PC (50% biossólido ETE Alegria + 50% pó de coco), ILHA (100% biossólido ETE Ilha), ILHA_PC (50% biossólido ETE Ilha + 50% pó de coco), SC (100% substrato a base de casca de pinus e vermiculita). Avaliaram-se cinco repetições de 10 mudas para cada tratamento. A mensuração da altura da parte aérea, do diâmetro de coleto, da massa de matéria seca da parte aérea, do sistema radicular e do total ocorreram aos 120 dias. Com base nos parâmetros morfológicos calculou-se o índice de qualidade de Dickson. As mudas produzidas no substrato SC apresentaram de forma geral mudas com desenvolvimento e qualidade superiores aos biossólidos. Entre os biossólidos o ALE, produziu mudas com crescimento e qualidade superior ao ILHA. A poliacrilamida catiônica presente no substrato ALE não reduziu o desenvolvimento e a qualidade das mudas. A adição de pó de coco não proporcionou efeitos positivos ou negativos aos biossólidos ALE e ILHA.