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https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/8748
Tipo do documento: | TCC |
Título: | Crescimento inicial de Trema micrantha e Cariniana estrellensis em convivência com Urochloa brizantha |
Autor(es): | Nunes, Yuji Ito |
Orientador(a): | Leles, Paulo Sérgio dos Santos |
Membro da banca: | Leles, Paulo Sérgio dos Santos;Alonso, Jorge Makhlouta;Gomes, Anthony Cortes |
Palavras-chave: | Restauração florestal;Crindiúva;Jequitibá-branco;Competição interespecífica;Resiliência ecológica |
Data do documento: | 19-Jul-2023 |
Citação: | NUNES, Yuji Ito. Crescimento inicial de Trema micrantha e Cariniana estrellensis em convivência com Urochloa brizantha. 2023. 21 f. Monografia (Bacharelado em Engenharia Florestal) - Instituto de Florestas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2023. |
Resumo: | Boa parte das áreas voltadas para restauração florestal do bioma Mata Atlântica são paisagens descaracterizadas de espécies nativas, com predominância de pastagens mal manejadas ou abandonadas. Normalmente, estas áreas apresentam dominância de gramíneas com potencial de competitivo na formação dos reflorestamentos, principalmente as do gênero Urochloa. Com isso, objetivou-se avaliar a convivência de Trema micrantha (L.) Blume e Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze com Urochloa brizantha (Hochst ex A. Rich) R. D. Webster var. Marandu em condições de vasos. Para isso, o experimento foi realizado em vasos de 25 litros, preenchidos com Argissolo Amarelo, no município de Seropédica - RJ. Foram utilizadas mudas de Trema micrantha (trema) e Cariniana estrellensis (jequitibá-branco), produzidas previamente em tubetes de 280 cm³. Para avaliar a competição entre as espécies arbóreas nativas, simulando condições encontradas em campo, utilizou-se a espécie Urochloa brizantha (Braquiária). Os tratamentos foram Testemunha (T1); quatro plantas de braquiária sem interferência (T2); quatro plantas de braquiária por vaso, roçadas rente ao vaso e o material foi deixado sobre (T3); e quatro plantas de braquiária por vaso, roçadas rente ao vaso e o material foi retirado do vaso o vaso (T4). O experimento ocorreu de junho a dezembro de 2019 e cada tratamento foi composto por seis repetições, para cada espécie. A semeadura de Urochloa brizantha foi realizada aos 30 dias após plantio das mudas (DAP), sendo realizado desbaste, deixando 4 plantas por vaso aos 70 DAP. Aos 120 DAP, em 12 vasos de cada espécie arbórea, a braquiária foi cortada com faca a ≈ 3 cm da superfície do solo, simulando roçada com roçadeira (T3 – T4). Metade dos vasos (6 para cada espécie), o material foi retirado do vaso (T4) e a outra metade o material de braquiária roçado foi deixado sobre o vaso (T3), a fim de simular mulching. Nesta época, em todas as plantas arbóreas foi realizada medição de altura da parte aérea (alt) e do diâmetro do coleto (DC). Aos 180 dias após plantio (DAP) das mudas mediu-se novamente alt e DC, e com isso calculou-se o incremento em altura e diâmetro do coleto. Em média, as plantas das duas espécies arbóreas na ausência de braquiária apresentaram crescimento significativamente superior as com a presença da braquiária. Em relação a presença ou não de palhada de braquiária não houve diferenças significativas no crescimento das espécies arbóreas. Em média, os parâmetros de crescimento relativos as espécies arbóreas, os tratamentos sem roçar braquiária e braquiária roçada e deixada não tiveram diferenças para Cariniana estrellensis, está que por sinal apresentou magnitude de resposta de 30% em relação as que não conviveram com braquiária. Essa espécie mostrou ser exigente no controle das plantas daninhas para melhor crescimento. Trema micrantha apresentou magnitude de resposta de 55-70%, espécie resiliente em convivência com Urochloa brizantha. Conclui-se que Trema micrantha apresentou boas características de crescimento em convivência com Urochloa brizantha e Cariniana estrellensis teve seu crescimento afetado negativamente pela competição, sendo necessários maiores cuidados no manejo dessa planta daninha quando se opta pelo uso da segunda espécie em projetos de restauração florestal. |
Abstract: | A significant part of the areas dedicated to forest restoration in the Atlantic Forest biome consists of landscapes with altered native species, dominated by poorly managed or abandoned pastures, often characterized by a prevalence of grasses, particularly Urochloa genus, with potential competitiveness during reforestation efforts. Therefore, the objective of this study was to evaluate the coexistence of Trema micrantha (L.) Blume and Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze with Urochloa brizantha (Hochst ex A. Rich) R. D. Webster var. Marandu in potted conditions. The experiment was conducted in 25-liter pots filled with Argissolo Amarelo (Yellow Argisol) in Seropédica - RJ, Brazil. Seedlings of Trema micrantha (trema) and Cariniana estrellensis (jequitibá-branco) previously produced in 280 cm³ tubes were used. To assess the competition between the native tree species, Urochloa brizantha (Brachiaria grass) was introduced. The treatments were as follows: Control (T1); four Brachiaria plants without interference (T2); four Brachiaria plants per pot, mowed close to the pot and the material left on (T3); and four Brachiaria plants per pot, mowed close to the pot and the material removed from the pot (T4). The experiment was conducted from June to December 2019, and each treatment had six replicates for each tree species. Urochloa brizantha seeds were sown 30 days after planting (DAP), with a thinning operation performed, leaving four plants per pot at 70 DAP. At 120 DAP, in 12 pots of each tree species, the Brachiaria grass was cut with a knife to ≈ 3 cm from the soil surface, simulating mowing with a mower (T3 - T4). Half of the pots (6 for each species) had the Brachiaria material removed (T4), and the other half had the mowed Brachiaria material left on top of the pot (T3), simulating mulching. At this time, height (alt) and collar diameter (CD) measurements were taken for all tree plants. At 180 days after planting (DAP), height (alt) and collar diameter (CD) were measured again, and the height and collar diameter increment were calculated. On average, the plants of both tree species in the absence of Brachiaria grass showed significantly higher growth compared to those in the presence of Brachiaria grass. Regarding the presence or absence of Brachiaria grass mulch, there were no significant differences in the growth of the tree species. On average, the growth parameters of the tree species in the treatments with no mowing of Brachiaria grass and mowed Brachiaria grass left on top did not differ for Cariniana estrellensis, which exhibited a 30% response magnitude in relation to those that did not coexist with Brachiaria grass. This species proved to be demanding in weed control for better growth. Trema micrantha showed a response magnitude of 55-70%, being a resilient species in coexistence with Urochloa brizantha. In conclusion, Trema micrantha presented good growth characteristics in coexistence with Urochloa brizantha, and Cariniana estrellensis had its growth negatively affected by competition, requiring greater care in the management of this weed when opting for the use of the second species in forest restoration projects. |
URI: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/8748 |
Aparece nas coleções: | TCC - Engenharia Florestal |
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