Produção de mudas de Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong com polímero hidroretentor

Abstract

Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de doses crescente de polímero hidrorretentor misturados ao substrato, na produção de mudas de Enterolobium contortisiliquum, visando reduzir o volume de irrigação sem afetar o crescimento das mudas. O experimento foi conduzido no viveiro da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, entre os meses de outubro e dezembro de 2021. Para a produção das mudas, adotou-se delineamento inteiramente casualizado com quatro doses do polímero hidrorretentor (0, 3, 6 e 9 kg m-3 ) em tubetes de 280 cm³, com mesmo substrato e regime de fertilização, sob sistema de irrigação por gotejamento, utilizando um controlador automático simplificado de baixo custo. A mensuração da altura da parte aérea ocorreu entre 12-54 dias e do diâmetro de coleto aos 54 dias. Todas as variáveis avaliadas foram submetidas à análise de variâncias e de regressão. Os dados obtidos do tratamento com 9 kg m-3 foram comprometidos devido a falha no sistema de acionamento da irrigação. A análise de variâncias apresentou efeito significativo para as doses de polímero hidrorretentor para os parâmetros altura (Fc = 12,237; p>0,01) e diâmetro do colo (Fc = 6,294; p>0,01) aos 54 dias após a repicagem. Não foi obtido ajuste de modelo matemático para as doses de polímero hidrorretentor para altura e diâmetro do colo, devido aos valores inesperados da dose de 9 kg m-3 , que foram menores devido a falha no sistema de irrigação. Em função da capacidade de absorção e da liberação gradual de água do polímero hidrorretentor, houve redução do consumo de água para a espécie Enterolobium contortisiliquum, de 38% e 20%, para os tratamentos com 6 e 3 g kg m-3 comparado ao tratamento sem adição polímero. Em função da falha do acionador de irrigação do tratamento com 9 kg m-3 , foi possível observar a capacidade do polímero hidrorretentor, em promover o retardamento de todos os sintomas de déficit hídrico.