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Tipo do documento: Tese
Título: Proteocefalídeos (Eucestoda: Onchoproteocephalidea) parasitos de peixes na América do Sul: uma abordagem taxonômica integrativa
Título(s) alternativo(s): Proteocefalídeos (Eucestoda: Onchoproteocephalidea) parasitos de peixes na América do Sul: uma abordagem taxonômica integrativa
Autor(es): Alves, Philippe Vieira
Orientador(a): Alejos, José Luis Fernando Luque
Primeiro coorientador: Scholz, Tomás
Primeiro membro da banca: Arredondo, Nathalia Jaquelina
Segundo membro da banca: Silva, Claudia Portes Santos
Terceiro membro da banca: Lima, Sueli de Souza
Quarto membro da banca: Muniz-Pereira, Luís Cláudio
Palavras-chave: Morfologia;Filogenia molecular;Proteocephalidae;Peixes dulcícolas;Morfologia;Molecular phylogeny;Proteocephalidae;Freshwater fishes
Área(s) do CNPq: Zoologia
Idioma: por
Data do documento: 28-Fev-2018
Editor: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Programa: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Citação: ALVES, Philippe Vieira. Proteocefalídeos (Eucestoda: Onchoproteocephalidea) parasitos de peixes na América do Sul: uma abordagem taxonômica integrativa. 2018.118f. Tese (Doutorado em Biologia Animal) - Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2018.
Resumo: A América do Sul possui a maior diversidade de peixes dulcícolas (teleósteos) do mundo, estes por sua vez podem servir como hospedeiros definitivos de uma fauna igualmente diversa de cestoides proteocefalídeos (Eucestoda: Onchoproteocephalidea), embora estudos taxonômicos robustos e inequívocos sobre o grupo ainda sejam escassos neste continente. No presente estudo, uma abordagem taxonômica integrada de dados morfológicos e moleculares foi empregada, para melhor compreensão da diversidade de proteocefalídeos em peixes sulamericanos. Entre maio de 2013 e outubro de 2015, foram necropsiados 330 espécimes de peixes provenientes de bacias hidrográficas brasileiras, além de 7 espécimes de Odonthestes bonariensis de um lago argentino. Estes hospedeiros foram coletados por pescadores artesanais e imediatamente analisados (in situ) quanto a presença de parasitos. Os proteocefalídeos encontrados foram estudados por microscopia de luz e eletrônica de varredura, sendo que alguns espécimes foram utilizados para o sequenciamento molecular da subunidade maior do DNA ribossomal (28S rDNA, domínios D1–D3). Foram estudados também, exemplares (material tipo ou espécimes ainda não descritos) de proteocefalídeos neotropicais depositados em coleções helmintológicas. No capítulo I, o gênero Frezella foi proposto para acomodar Frezella vaucheri ex Tocantinsia piresi no rio Xingú, Estado do Pará. Análises filogenéticas confirmaram a validade de F. vaucheri. No capítulo II, o gênero Chambriella foi revisado a partir do estudo de indivíduos coletados nas bacias dos rios Amazonas e Paraná; como resultado, Lenhataenia tornou-se sinônimo júnior de Chambriella, sendo que a espécie tipo, C. agostinhoi ex Zungaro jahu (hospedeiro tipo) e Z. zungaro, tornou-se sinônimo júnior de C. megacephala. A segunda espécie de Chambriella, C. paranaensis ex Hemisorubim platyrhynchos, foi transferida para um novo gênero, Riggenbachiella, como R. paranaense. Riggenbachiella amazonense ex Sorubimichthysplaniceps (hospedeiro tipo), Phractocephalus hemioliopterus e Z. zungaro, foi descrita e designada como espécie tipo do novo gênero. Todas as ações taxonômicas foram suportadas por análises moleculares. No capítulo III, o gênero Goezeella foi revisado a partir da redescrição da espécie tipo, G. siluri ex Cetopsis coecutiens (hospedeiro tipo) e Pinirampus pirinampu, confirmação da validade de G. danbrooksi ex Ageneiosus pardalis, e descrição de G. mariae ex Pimelodella cristata no baixo rio Amazonas, Estado do Amapá. Dados moleculares de duas das três espécies, além de uma chave de identificação, foram fornecidas. No capítulo IV, as diagnoses de dois gêneros monotípicos, Ephedrocephalus e Zygobothrium, foram emendadas e as espécies, E. microcephalus e Z. megacephalum ex P. hemioliopterus (hospedeiro de ambos os táxons), foram redescritas. Além disso, uma chave de identificação das espécies de proteocefalídeos parasitos de P. hemioliopterus foi fornecida. Este trabalho reitera a ideia de que o conhecimento da fauna de cestoides proteocefalídeos na América do Sul é incipiente e fragmentário, e que o uso do gene 28S rDNA pode ser importante para discriminação de táxons individuais, porém não auxilia, significativamente, na reconstrução da história evolutiva dos clados neotropicais.
Abstract: South America has the highest diversity of freshwater fishes (teleosts) in the world, which in turn, may serve as definitive host for an also diverse fauna of proteocephalidean tapeworms (Eucestoda: Onchoproteocephalidea), even though robust and unequivocal studies on this group are scarce in this continent. In the present study, an integrated taxonomic approach of morphological and molecular data was used to better understand the diversity of proteocephalids in South American fishes. Between May 2013 and October 2015, a total of 330 specimens of fish were necropsied from Brazilian river systems as well as 7 specimens of Odonthestes bonariensis from an Argentinian lake. These hosts were collected by artisanal fishermen and immediately (in situ) scrutinized for parasites. The proteocephalids found were evaluated using light and scanning electron microscopy, some of them were further processed for sequencing of the large subunit nuclear ribosomal RNA gene (28S rDNA, D1–D3 domains). Neotropical proteocephalids deposited in helminthological collections (type material or not yet described specimens) were also evaluated. In thechapter I, the genus Frezella was proposed to accommodate Frezella vaucheri exTocantinsia piresi from Xingú River, State of Pará. Phylogenetic analyses confirmed the validity of F. vaucheri. In the chapter II, the genus Chambriella is revised based on specimens from the Amazon and Parana river basins; as a result, Lenhataenia became a junior synonym of Chambriella and its type species, C. agostinhoi ex Zungaro jahu (type host) e Z. zungaro, a junior synonym of C. megacephala. The second species of Chambriella, C. paranaensis ex Hemisorubim platyrhynchos, was transferred to a new genus, Riggenbachiella, as R. paranaense. Riggenbachiella amazonense ex Sorubimichthys planiceps (type host), Phractocephalus hemioliopterus and Z. zungaro was described and designated as the type-species of the new genus. All taxonomic actions were supported by molecular analyses. In the chapter III, the genus Goezeella was revised based on the redescription of its type species, G. siluri ex Cetopsis coecutiens (type host) and Pinirampus pirinampu, confirmation of the validity of G. danbrooksi ex Ageneiosus pardalis, and the description of G. mariae ex Pimelodella cristata from the lower Amazon River, State of Amapá. Molecular data on two of the three valid species and a key to their identification were provided. In the chapter IV, the diagnoses of two monotypic genera, Ephedrocephalus and Zygobothrium, were amended and their species, E. microcephalus and Z. megacephalum ex P. hemioliopterus (host for both taxa), were redescribed. Furthermore, a key for the identification of proteocephalid species that parasitize P. hemioliopterus was also provided. This work reinforces the idea that the knowledge on the fauna of proteocephalid cestodes in South America is incipient and fragmentary, and the use of the 28S rDNA gene may be important for discriminating individual taxa, but does not help,significantly, in the reconstruction of the evolutionary history of the Neotropical clades.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9198
Aparece nas coleções:Doutorado em Biologia Animal

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