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Tipo do documento: Tese
Título: Avaliação do potencial de piriproxifen administrado por via oral no controle das formas imaturas de Haematobia irritans em fezes de bovinos
Título(s) alternativo(s): Effects of piriproxifen by oral administration in the control of Haematobia irritans immature forms in feces of bovines
Autor(es): Oliveira, Gabriela Ferreira de
Orientador(a): Scott, Fabio Barbour
Primeiro membro da banca: Scott, Fabio Barbour
Segundo membro da banca: Castro, Bruno Gomes de
Terceiro membro da banca: Cançado, Paulo Henrique Duarte
Quarto membro da banca: Magalhães, Viviane de Souza
Quinto membro da banca: Cid, Yara Peluso
Palavras-chave: Dose letal;Mosca-dos-chifres;Regulador do crescimento dos insetos;Horn fly;Insect growth regulator (IGR);Lethal dose
Área(s) do CNPq: Medicina Veterinária
Parasitologia
Microbiologia
Zoologia
Idioma: por
Data do documento: 20-Dez-2017
Editor: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Veterinária
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Citação: OLIVEIRA, Gabriela Ferreira de. Avaliação do potencial de piriproxifen administrado por via oral no controle das formas imaturas de Haematobia irritans em fezes de bovinos. 2018. 114 f. Tese (Doutorado em Ciências Veterinárias) - Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2017.
Resumo: Haematobia irritans é um dos principais ectoparasitos de bovinos no Brasil, causando prejuízos à pecuária por perdas ligadas diretamente à produção. Atualmente, o controle tradicional encontra-se amplamente pautado em produtos químicos, objetivando-se controlar a população de adultos, expondo animais, seres vivos e meio ambiente à riscos tóxicos e problemas de resistência. Em contrapartida, os inibidores do crescimento dos insetos (IGR), são uma classe parasiticida com mecanismos de ação bastante seletivos, muito mais seguros para envolvidos e pautados no controle das formas imaturas do inseto. Avaliou-se o potencial do IGR, análogo do hormônio juvenil, piriproxifen no controle das formas imaturas de H. irritans no bolo fecal de bovinos. Em estudo in vitro, em triplicata, com 23 concentrações de piriproxifen: 20, 30, 40, 50, 100, 200, 300, 400, 500, 600, 700, 800, 900, 1000, 1100, 1200, 1300, 1400, 1500, 1600 e 1700 ng/mL (ppb), adicionadas à 20 g de fezes bovinas incubou-se 30 ovos, acompanhados até a emergência de adulto determinando, em análise de probitos, uma dose letal 50 (DL50) de 321,251ppb e uma dose letal 99 (DL99) de 1959,491ppb. A partir desses resultados, calculou-se a quantidade de piriproxifen a ser administrado por via oral, considerando-se a capacidade do rúmen, o tempo de esvaziamento do trato gastrintestinal e a quantidade de fezes produzidas diariamente por um bovino adulto. No teste in vivo, utilizou-se três grupos de tratamento (GC, G2,5 e G40), administrando-se, durante 12 dias consecutivos, 2,5 mg (G2,5) ou 40 mg (G40) de piriproxifen por via oral por animal. A eficácia de piriproxifen sobre as formas imaturas de H. irritans foi determinada incubando in vitro ovos de H. irritans nas fezes coletadas na ampola retal nos dias zero, + 3, + 6, + 10 e + 13. A eclodibilidade variou de 71,67 % a 87,00 % no GC; de 74,67 % a 92,00 % no G2,5; de 68,00 % a 86,33 % no G40. Não houve atividade de piriproxifen sobre os ovos. A eficácia larvicida variou de 10,7 % a 41,3 % para o G2,5 e de 12,2 % a 38,2 % para o G40. A eficácia pupicida foi de 58,4 % a 81,2 % no G2,5 e de 98,7 % a 100,0 % no G40. A eficácia total variou de 57,9 % a 81,2 % para o G2,5 e de 99,0 % a 100,0 % no G40. Notou-se discreta ação de piriproxifen sobre as larvas de H. irritans, mesmo sem diferenças significativas, demonstrada pela produção de formas extra-larvais e mortalidade. A principal atividade exibida por piriproxifen foi a de não emergência de adultos, nos dois grupos de tratamento. A análise piriproxifen nas fezes e no plasma dos bovinos tratados por via oral foram realizadas por cromatografia líquida de alta performance comprovando-se, pioneiramente, que piriproxifen é eliminado por via fecal. A concentração de piriproxifen no plasma dos bovinos ficou abaixo dos limites mínimos de detecção e, dessa forma, a curva plasmática de piriproxifen não pode ser construída. Em conclusão, piriproxifen possui excelente potencial IGR no controle de formas imaturas de H. irritans quando administrado por via oral em bovinos, principalmente por causa da via de eliminação fecal da molécula, comprovada pela análise química nas fezes dos bovinos.
Abstract: Haematobia irritans can be considered one of the most important cattle parasites in Brazil, causing great losses to livestock production. Traditional control methods is largely based on chemicals, aiming to control the adult population, but exposing animals, living beings and the environment to toxic risks and being also susceptible to the development of resistance with loss of efficacy. On the other hand, insect growth regulators (IGRs) are a parasiticide class with very selective action mechanisms, much safer and with focus on the control of insect immature forms. The potential of the IGR pyriproxyfen, a juvenile hormone analogue, for the control of H. irritans immature forms in the bovine feces was evaluated. In the in vitro test with 23 different concentrations of pyriproxyfen (20, 30, 40, 50, 100, 200, 300, 400, 500, 600, 700, 800, 900, 1000, 1100, 1200, 1300, 1600 and 1700 ng / mL (ppb)), the drug was added to 20g of bovine feces and 30 eggs were incubated, followed up to the adult emergence, and then was determined, in probit analysis, the lethal dose 50 (LD50) in 321,251 ppb and the lethal dose 99 (LD99) in 1959,491 ppb. With these results and considering the rumen capacity, feed passage rate and the total feces amount produced daily by an adult bovine, the dose of pyriproxyfen required for oral administration in each experimental groups was calculated. For this test, three treatment groups were used (control group (CG), G2.5 and G40), where none (CG) or 2.5 mg (G2.5) or 40 mg (G40) of pyriproxyfen were orally administered daily to the animals for 12 consecutive days. The efficacy of pyriproxyfen was determined from the incubation data of H. irritans eggs in feces collected directly from the rectal ampulla at days 0, +3, +6, +10 and +13. The hatchability rate ranged from 71.67 % to 87.00 % in the CG; from 74.67 % to 92.00 % in G2.5; from 68.00 % to 86.33 % in G40. There was no apparent activity of pyriproxifen on the eggs evolution process. The larvicidal efficacy ranged from 10.7 % to 41.3 % for G2.5 and from 12.2 % to 38.2 % for G40. The pupicidal efficacy ranged from 58.4 % to 81.2 % in G2,5 and from 98.7 % to 100.0 % in G40. Overall or total efficacy of pyriproxyfen ranged from 57.9 % to 81.2 % for G2.5 and from 99.0 % to 100.0 % on G40. A discrete action of pyriproxyfen on H. irritans larvae was observed, even without statistical significant diferences, demonstrated by the production of extra-larval forms during the evolutionary process and increased mortality rate on treated groups. The most relevant activity of pyriproxyfen was the inhibition of adult emergency in the both treatment groups. The quantification of pyriproxyfen in feces and plasma of orally treated cattle was performed by high performance liquid chromatography, proving, for the first time, that pyriproxifen is mostly eliminated by fecal route in bovines. The plasma concentration of pyriproxyfen was below the minimum detection limits and, therefore, the plasmatic curve of pyriproxfen could not be constructed. In conclusion, pyriproxiyfen when administered orally in cattle has an excellent potential in the control of H. irritans immature forms, mainly due to the massive fecal elimination of this molecule, as evidenced by the feces analysis performed.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9610
Aparece nas coleções:Doutorado em Ciências Veterinárias

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