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https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10096
Tipo do documento: | Tese |
Title: | “É para conter os pretos”: debates e narrativas sobre a questão do elemento servil no Império do Brasil, 1865-1908 |
Other Titles: | “It is to contain the blacks”: debates and narratives on the issue of the servile element in the Empire of Brazil, 1865-1908 |
Authors: | Gonçalves, Aline Najara da Silva |
Orientador(a): | Nascimento, Álvaro Pereira do |
Primeiro membro da banca: | Nascimento, Álvaro Pereira do |
Segundo membro da banca: | Costa, Carlos Eduardo Coutinho da |
Terceiro membro da banca: | Souza, Robério Santos |
Quarto membro da banca: | Viana, Iamara da Silva |
Quinto membro da banca: | Reis, Isabel Cristina Ferreira dos |
Keywords: | Questão Servil;Emancipação;Império do Brasil;Narrativas;Servile Question;Emancipation;Empire of Brazil;Narratives |
Área(s) do CNPq: | História |
Idioma: | por |
Issue Date: | 12-Dec-2022 |
Publisher: | Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UFRRJ |
Departamento: | Instituto de Ciências Humanas e Sociais |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em História |
Citation: | GONÇALVES, Aline Najara da Silva. “É para conter os pretos”: debates e narrativas sobre a questão do elemento servil no Império do Brasil, 1865-1908. 2022. 158 f. Tese (Doutorado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2022. |
Abstract: | O propósito desta pesquisa é entender, o modo como a elite imperial tentou solucionar a questão servil a partir da articulação e elaboração de um projeto de emancipação que garantisse a manutenção dos seus privilégios e determinasse o destino da gente negra emancipada, fosse nos embates políticos, ou nas narrativas elaboradas fora dos espaços institucionais. Alinhar emancipação, manutenção de privilégios e ordenamento social parece ter sido o centro dos debates e das propostas que resultaram na lei de 28 de setembro de 1871. As narrativas sobre a emancipação e as possibilidades de reinvenção da ordem social foram diversas e muitas as cenas que resultaram na abolição. Os debates acerca da condução da lei do Ventre Livre saltaram os muros do parlamento e acessaram os tribunais, as ruas, as casas, a imprensa e a literatura. Homens e mulheres sentiram que tinham algo a dizer e assim o fizeram, articulando- se para que suas ideias, projetos e intenções fossem conhecidos e, quiçá, pudessem interferir, influenciar ou manipular o projeto político institucional. Esta tese busca percorrer parte do trajeto entre a discussão sobre a elaboração da lei e sua promulgação, adentrando, inclusive, as vielas e os becos dessas narrativas: os escritos que indicam o quanto a ideia de uma emancipação perturbou o imaginário social dos apoiadores da escravidão (proprietários de terras e de escravizados, em sua maioria) e a sua sanha de poder e garantia de manutenção dos privilégios pautados na estrutura escravista. Para isso, a pesquisa que apresento foi se costurando a partir da apresentação ao Parlamento de projetos de emancipação em 1865, da inquietação gerada com a proposta oficial de emancipação lançada por D. Pedro II e da ambiguidade entre o incômodo de ser o último país escravista nas Américas e a resistência em efetivar a abolição. Nesta perspectiva, defendi nas linhas que seguem a premissa de que o debate em torno da emancipação foi pensado de forma a garantir a manutenção dos privilégios sociais e econômicos da elite proprietária e do controle social sobre libertos e ingênuos através da legislação, alicerçados na mentalidade que formalizou o racismo como elemento estrutural da sociedade brasileira. Se a elite política imperial discutiu, narrou e questionou-se sobre os caminhos para emancipação do ventre da mulher escravizada, durante os anos que antecederam a efetivação do projeto paulatino de emancipação, também discutiu, narrou e questionou-se sobre a abolição e seus efeitos, a ponto de forjar de uma memória histórica desse período pautada no discurso de glorificação de seus feitos. |
Abstract: | The purpose of this research is to understand how the imperial elite tried to solve the serfdom issue based on the articulation and elaboration of an emancipation project that would guarantee the maintenance of its privileges and determine the fate of emancipated black people, whether in political clashes, or in narratives elaborated outside institutional spaces. Aligning emancipation, maintenance of privileges and social order seems to have been the center of the debates and proposals that resulted in the law of September 28, 1871. The narratives about emancipation and the possibilities of reinventing the social order were diverse and many scenes resulted in abolition. Debates about the conduct of the Free Womb law jumped the walls of parliament and accessed the courts, the streets, homes, the press and literature. Men and women felt that they had something to say and they did so, articulating themselves so that their ideas, projects and intentions were known and, perhaps, could interfere, influence or manipulate the institutional political project. This thesis seeks to cover part of the path between the discussion about the elaboration of the law and its enactment, even entering the alleys and alleys of these narratives: the writings that indicate how much the idea of emancipation disturbed the social imaginary of supporters of slavery (mostly landowners and enslaved people) and their rage for power and guarantee of maintaining the privileges based on the slave structure. For this, the research that I present was sewn from the presentation to the Parliament of emancipation projects in 1865, from the uneasiness generated with the official proposal of emancipation launched by D. Pedro II and from the ambiguity between the discomfort of being the last slave- owning country in the Americas and resistance to enact abolition. In this perspective, I defended, along the lines that follow, the premise that the debate around emancipation was designed to guarantee the maintenance of the social and economic privileges of the property- owning elite and social control over freedmen and naïves through legislation, based on the mentality that formalized racism as a structural element of Brazilian society. If the imperial political elite discussed, narrated and questioned about the ways to emancipate the enslaved woman's womb, during the years that preceded the implementation of the gradual emancipation project, it also discussed, narrated and questioned about abolition and its effects , to the point of forging a historical memory of that period based on the discourse of glorification of its deeds. |
URI: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10096 |
Appears in Collections: | Doutorado em História |
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