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https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10828
Tipo do documento: | Dissertação |
Title: | Influência de um predador exótico (Tilápia) na morfologia e história de vida de Daphnia |
Authors: | Pereira, Monique Tolardo Lopes |
Orientador(a): | Santangelo, Jayme Magalhães |
Primeiro coorientador: | Ferrão-Filho, Aloysio da Silva |
Primeiro membro da banca: | Santangelo, Jayme Magalhães |
Segundo membro da banca: | Araújo, Franscisco Gerson |
Terceiro membro da banca: | Suhett, Albert Luiz |
Keywords: | Daphnia;cairomônios;história de vida;relação predador-presa;kairomones;life history;predator-prey relationship |
Área(s) do CNPq: | Zoologia |
Idioma: | por |
Issue Date: | 29-Jul-2014 |
Publisher: | Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UFRRJ |
Departamento: | Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal |
Citation: | PEREIRA, Monique Tolardo Lopes. Influência de um predador exótico (Tilápia) na morfologia e história de vida de Daphnia. 2014. 31 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) - Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ, 2014. |
Abstract: | Microcrustáceos do gênero Daphnia são comumente predados por peixes. No entanto, Daphnia pode apresentar variações adaptativas na sua morfologia e história de vida ao detectar os predadores, resultando em menores taxas de predação e aumento do fitness. A intensidade luminosa e a concentração de alimento junto à presença do predador também podem desencadear mudanças na história de vida e morfologia em Daphnia com intensidades e formas diferentes. No experimento 1 foi avaliado o efeito de um predador exótico (tilápia) amplamente distribuído pelo Brasil na morfologia e história de vida de três espécies de Daphnia: D. laevis (3 clones), D. similis e D. spinulata (ambas 1 clone). Já no experimento 2, além do efeito do predador exótico, foram utilizadas mais duas variáveis (intensidade luminosa e concentração de alimento) para analisar as respostas na morfologia e na história de vida de um único clone de D. laevis. Foi testada a hipótese de que na presença do predador ocorre 1) redução da idade e do tamanho na primípara; 2) aumento e aceleração da reprodução e 3) aumento do tamanho relativo do espinho caudal em Daphnia. Além disso, foi testada também a hipótese de que o aumento na concentração de alimento e a presença de luz determinem respostas mais intensas na presença do predador. Neonatas de Daphnia foram incubadas individualmente em meios que simularam a ausência ou a presença de predador, através da adição de seus cairomônios. No experimento 2, o mesmo procedimento foi feito, além de simular ambientes sem luz e com luz e alta e baixa concentração de alimento. Os indivíduos foram observados até a terceira reprodução, avaliando-se o crescimento somático, idade nas reproduções, produção de filhotes e mudanças morfológicas. No experimento 1 a exposição aos cairomônios determinou mudanças na história de vida e na morfologia dos organismos. De forma geral, a presença do predador resultou em: 1) uma aceleração na liberação da prole e aumento do número de filhotes, 2) redução do tamanho corporal e da idade na primípara e 3) aumento da razão espinho caudal:tamanho corporal. No entanto, interações significativas entre a presença de predadores e a espécie (ou o clone) testada mostram que a intensidade desses efeitos não é uniforme para todas as espécies e clones. No experimento 2, a exposição aos cairomônios, sob níveis distintos de luminosidade e concentração de alimento, determinou mudanças em alguns aspectos da história de vida e da morfologia dos organismos de forma contrária ao experimento 1. A radiação luminosa teve pouco efeito nas respostas de Daphnia. Concluímos que Daphnia é, de forma geral, capaz de detectar e reagir à presença de predadores exóticos (tilápia) de forma adaptativa, mesmo na ausência de co-evolução entre Daphnia e esses predadores. |
Abstract: | Microcrustaceans from the Daphnia genus are usually consumed by fish. However, Daphnia may display adaptive changes in morphology and life-history when exposed to predators, determining lower rates of predation and increase of fitness. Light intensity and food concentration, as well as the presence of the predator, may cause changes in the life-history and morphology of Daphnia in different intensities and directions. In experiment 1, the effects of an exotic and widely distributed predator (tilapia) on the morphology and life-history were evaluated in three Daphnia species: D. laevis (3 clones), D. similis e D. spinulata (both 1 clone). In experiment 2, the effects of the exotic predator were evaluated under varying conditions of light and food concentration on the morphology and life-history in a single clone of D. laevis. It was predicted that, in the presence of fish kairomones: 1) age and size at primipara are reduced; 2) reproduction is increased and hastened and 3) there is an increase in the relative size of the tail spines. In addition, it was expected that the increase in food concentration and light intensity would cause more intense changes in the presence of the predator. Daphnia neonates were incubated individually in media that simulated the absence or presence of the predator, through the addition of its kairomones. In experiment 2, the same procedure was performed, but environments with and without light and also with low and high concentrations of food were simulated. The individuals were observed until the third reproduction, and the response variables were age and size at primipara, number of neonates produced, tail spine length and intrinsic rates of population increase (r). In experiment 1, the exposure of Daphnia to kairomones determined changes in the life history and in the morphology of the organisms. In general, the presence of predators resulted in: 1) an acceleration in the production of offspring and an increase in the number of neonates, 2) reduction of the body size and the age at primipara and 3) increase of tail spine and r. However, significant interactions between predators and the tested species (or clone) indicate that the intensity of these effects is not uniform for all species and clones. In experiment 2, the presence of kairomones, under distinct levels of light and food concentration, determined changes in some aspects of life history and morphology of the organisms, but some changes were different from those observed in experiment 1. Light had little effects on the reaction of Daphnia to fish kairomones. Overall, Daphnia is able to detect and react to the presence of an exotic predator (tilapia) in an adaptive way, even in the absence of co-evolution between Daphnia and these exotic predators. |
URI: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10828 |
Appears in Collections: | Mestrado em Biologia Animal |
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