Processo de inclusão do público-alvo da educação especial na educação de jovens e adultos (EJA) em Belford Roxo/RJ: desafios político-pedagógicos

Abstract

Essa dissertação de mestrado elegeu como objeto de estudo pesquisar os desafios da inclusão da pessoa com deficiência na Educação de Jovens e Adultos (EJA), por intermédio das lentes da Teoria Crítica, que permite problematizar as questões históricas, sociais, econômicas e culturais que contribuíram para o estudo, relacionando-as à educação inclusiva nessa modalidade de ensino. Como objetivos de pesquisa definimos: discutir sobre a concepção e os impactos da “inclusão contrária” em uma unidade escolar que historicamente se destinou exclusivamente a Educação Especial; caracterizar a política de inclusão de estudantes jovens e adultos, público-alvo da Educação Especial, na Escola Municipal Albert Sabin, no Município de Belford Roxo/RJ; caracterizar, no âmbito das Políticas Públicas de educação do Município de Belford Roxo/RJ, a concepção e a implementação do Atendimento Educacional Especializado (AEE); caracterizar a formação de professores, em vista o atendimento das demandas educacionais e pedagógicas dos estudantes público-alvo da Educação Especial na Educação de Jovens e Adultos; e refletir acerca da formação de professores e sua implicação na inclusão de estudantes público-alvo da Educação Especial na EJA. Esta pesquisa destaca como referencial teórico e metodológico a Teoria Crítica, com ênfase para os pensadores Theodor Adorno e Hellmut Becker. Contudo, vale destacar que outros estudiosos, como Costa, Damasceno e Freire, são considerados na discussão e análise do objeto de estudo. Como procedimentos/instrumentos metodológicos foram utilizados a análise documental referente à EJA, observação do campo, questionário de caracterização e entrevista semiestruturada. Os resultados desta investigação revelam que a escola locus do estudo está caminhando neste processo, principalmente na EJA, onde se percebe ainda uma resistência por parte dos estudantes adultos, que não conseguem entender o espaço como ambiente escolar, mas atribuindo-lhe o valor assistencial, fazendo com que a resistência aumente.