Mapas mentais nas aulas de Geografia do ensino fundamental II: representando o espaço do cotidiano na Escola Municipal Professora Iramar da Costa Lima Miguel em Nova Iguaçu/RJ

Abstract

A cartografia é a ciência que estuda diferentes abordagens teórico-metodológicas e técnicas que possibilitam a representação do espaço geográfico. A pesquisa discute as potencialidades da cartografia escolar, levando em consideração mais especificamente, a linguagem da construção e uso de mapas mentais no ensino de geografia, os quais auxiliam no processo de aprendizagem dos conceitos geográficos trabalhados de forma reflexiva e crítica, considerando o contexto social, econômico e culturais no qual alunos(as) e a escola estão inseridos. Além disso, a abordagem cartográfica do mapa mental permite uma expressão subjetiva do espaço através dos desenhos, que representam o espaço com um menor grau de abstração da realidade, podendo facilitar o processo de aprendizagem discente. Neste contexto, a escola pública de educação básica na sociedade brasileira, tem como função social preservar a equidade e formação básica do cidadão, deve oferecer as habilidades e competências necessárias para o seu desenvolvimento de forma integral. A pesquisa tem como objetivo geral analisar como a cartografia escolar é ensinada a partir da representação do espaço por meio dos mapas mentais, produzidos por estudantes do 6º ano do ensino fundamental II da Escola Municipal Professora Iramar da Costa Lima Miguel, em Nova Iguaçu, RJ. A metodologia da pesquisa é qualitativa, valorizando a subjetividade e a aprendizagem do aluno, tendo como aporte para a fundamentação teórica-metodológica pesquisadores e pesquisadoras da cartografia escolar e do ensino de geografia, documentos normativos como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), bem como Proposta Curricular do Município de Nova Iguaçu (PCMNI) e do Projeto Político Pedagógico (PPP) da Unidade escolar, levando-se em consideração a discussão sobre a importância de se conhecer o lugar, o bairro onde se vive, no caso de estudo, o bairro do Riachão, em Nova Iguaçu, RJ. Nos resultados, verificamos que a utilização de desenhos pictóricos é favorável ao processo de aprendizagem da linguagem cartográfica, especialmente para aqueles alunos em processo de alfabetização da linguagem gráfica, primeiro por serem mais lúdicos e também por possuirem uma representação espacial mais próxima do mundo real/concreto, possibilitando assim uma maior compreensão, bem como, a troca de conhecimentos e o interesse pelo tema. Os mapas mentais realizados ao expressarem o cotidiano, as vivências dos alunos e alunas participantes da pesquisa, propiciam a interdisciplinaridade de vários componentes curriculares a partir dos mapas mentais desenvolvidos. A diversidade apresentada exposta nos mapas mentais do trajeto de casa para a escola, possibilitou conhecer o lugar, o bairro onde se vive e também o sentimento de pertencimento, assim como o entendimento de situações que ocorrem no lugar.