Please use this identifier to cite or link to this item: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18490
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.authorConceição, Débora Regina Silva da-
dc.date.accessioned2024-10-03T15:13:14Z-
dc.date.available2024-10-03T15:13:14Z-
dc.date.issued2023-04-26-
dc.identifier.citationCONCEIÇÃO, Débora Regina Silva da. Mulheres periféricas e a violência interseccional: as subjetivações nas encruzilhadas. 2023. 50 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Instituto de Educação, Universidade Federal Rural do rio de Janeiro, Seropédica, 2023.pt_BR
dc.identifier.urihttps://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18490-
dc.description.abstractCom os altos índices de violência contra mulher, a ausência de políticas públicas voltadas para a segurança e saúde coletiva das mulheres na baixada fluminense e de estudos que investigassem esses movimentos no território, identificamos a necessidade de entender, no encontro com a comunidade, o que essas mulheres enfrentam diariamente nas estruturas sociais que parecem impor a elas a invisibilidade. O estudo se propôs a analisar os agenciamentos estruturais que atravessam as subjetividades das mulheres periféricas no território da baixada fluminense. Para tal investigação utilizou-se a metodologia decolonial renomada da Escrevivência inaugurada por Conceição Evaristo como provocação subversiva acadêmica. Os registros em campo foram realizados através do dispositivo diário de bordo. O trabalho de campo foi realizado no Centro de Referência de Assistência Social de Austin no município de Nova Iguaçu, onde houve experiências de roda de conversa, entrevistas com técnicas trabalhadoras e acompanhamento de atendimentos técnicos. Verificamos através do caminho percorrido que, além das violências clássicas (física, verbal e sexual), as violências estruturais da interseccionalidade estão inscritas nas relações comunitárias, familiares e institucionais do cotidiano de mulheres periféricas. Percorremos caminhos obscuros, desafiadores e alheios às lutas minoritárias. Assim, aprofundou-se o conhecimento no que entendemos na sociedade, enquanto mulheres, periferia e a quem chamamos de mulheres periféricas. Da subjetivação perpassada pelas encruzilhadas estruturais, ampliamos a discussão da interseccionalidade inscrita nessas mulheres. Com isso, identificamos as diversas violências em consequência das estruturas opressoras de gênero, raça e classe e analisamos os dados considerando a proposta decolonial. Além das (r)existências potentes encontradas, conseguimos através da metodologia utilizada nos aproximar do território existencial experienciado pelas mulheres e seus cruzamentos estruturais violentos nas relações, nas instituições, no cotidiano, enfim, nas capilaridades, por muitas vezes, naturalizadas que reproduzem as estruturas coloniais. Então, nas encruzilhadas que este trabalho revela, enquanto potência e (r)existência, reconhecemos sua relevância nas urgências dos silenciamentos ameaçadores nessas capilaridades naturalizadas.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiropt_BR
dc.subjectInterseccionalidadept_BR
dc.subjectviolênciapt_BR
dc.subjectdecolonialidadept_BR
dc.subjectbaixada fluminensept_BR
dc.subjectIntersectionalitypt_BR
dc.subjectviolencept_BR
dc.subjectdecolonialitypt_BR
dc.titleMulheres periféricas e a violência interseccional: as subjetivações nas encruzilhadaspt_BR
dc.title.alternativePeripheral women and intersectional violence: subjectives at crossroadsen
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.description.abstractOtherWith the high rates of violence against women, the absence of public policies aimed at the safety and collective health of women in the Baixada Fluminense and of studies that investigated these movements in the territory, we identified the need to understand, in the encounter with the community, what these women face daily social structures that seem to impose invisibility on them. The study proposed to analyze the structural arrangements that cross the subjectivities of peripheral women in the territory of the Baixada Fluminense. For this investigation, the renowned decolonial methodology of Escrivência was used, inaugurated by Conceição Evaristo as a subversive academic provocation. Field records were made through the logbook device. The field work was carried out at the Social Assistance Reference Center in Austin, in the municipality of Nova Iguaçu, where there were conversation circle experiences, interviews with technical workers and monitoring of technical assistance. We verified through the path taken that, in addition to the classic violence (physical, verbal and sexual), the structural violence of intersectionality is inscribed in the community, family and institutional relations of the daily life of peripheral women. We follow obscure, challenging paths that are alien to minority struggles. Thus, knowledge was deepened in what we understand in society, as women, the periphery and who we call peripheral women. From the subjectivation pervaded by the structural crossroads, we expand the discussion of the intersectionality inscribed in these women. With this, we identified the various types of violence as a result of the oppressive structures of gender, race and class and analyzed the data considering the decolonial proposal. In addition to the potent (r)existences found, we managed, through the methodology used, to approach the existential territory experienced by women and their violent structural intersections in relationships, institutions, daily life, in short, in the capillaries, which are often naturalized and reproduce the structures colonial. So, at the crossroads that this work reveals, as power and (r)existence, we recognize its relevance in the urgencies of threatening silencing in its naturalized capillaries.en
dc.contributor.advisor1Rocinholi, Luciene de Fatima-
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0002-5441-2583pt_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/8939383842421721pt_BR
dc.contributor.referee1Rocinholi, Luciene de Fatima-
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0000-0002-5441-2583pt_BR
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/8939383842421721pt_BR
dc.contributor.referee2Pombo, Mariana Ferreira-
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/0000-0002-6896-6691pt_BR
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/9328265970346299pt_BR
dc.contributor.referee3Monteiro, Ana Claudia Lima-
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/1229607279781632pt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/7391526633027002pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentInstituto de Educaçãopt_BR
dc.publisher.initialsUFRRJpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologiapt_BR
dc.relation.references. LEI Nº 12.435, de 6 julho de 2011 cria o Art 24-A que institui o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF). . Panorama da violência contra as mulheres no Brasil [recurso eletrônico]: indicadores nacionais e estaduais.; N. 1; Brasília: Senado Federal, Observatório da Mulher Contra a Violência, 2016. 43 . Dossiê mulher: 2021 / 16. ed. -- Rio de Janeiro, RJ : Instituto de Segurança Pública, 2021. ALMEIDA, Silvio Luiz de; Racismo estrutural / Silvio Luiz de Almeida. -- São Paulo : Sueli Carneiro ; Pólen, 2019. AQUINO, Quelen; KONTZE, Karine Brondani. O feminicídio como tentativa de coibir a violência de gênero. Anais da semana acadêmica: Fadisma Entrementes, ed. 12., 2015 AKOTIRENE, Carla; Interseccionalidade; São Paulo: Sueli Carneiro; Editora Jandaíra, 2020. BANDEIRA, Lourdes Maria; Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto; Violência de gênero: a construção de um campo teórico e de investigação (293-314); org. Heloisa Buarque de Holanda; Rio de Janeiro: Bazar tempo, 2019. BARROS, Regina; PASSOS, Eduardo; Diário de Bordo de uma viagem-intervenção. Pistas do método da cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de subjetividades/ orgs. Eduardo Passos, Virgínia Kastrup e Liliana da Escóssia. – Porto Alegre: Sulina, 2020. BIRMAN, Joel; Gramáticas do erotismo: a feminilidade e as formas de subjetivação em psicanálise, 2.ed., Civilização brasileira: Rio de Janeiro, 2016. BUTLER, Judith; Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade; 16.ed., Civilização brasileira: Rio de Janeiro, 2018. CARNEIRO, Sueli; Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto; Mulheres em movimento: contribuições do feminismo negro (271-291); org. Heloisa Buarque de Holanda; Rio de Janeiro: Bazar tempo, 2019. CARNEIRO, Sueli; Pensamento feminista: conceitos fundamentais; Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero (313- 339); org. Heloisa Buarque de Holanda; Rio de Janeiro: Bazar tempo, 2019. CASTILHO, Daniela; LEMOS, Esther. Necropolítica e governo Jair Bolsonaro: repercussões na seguridade social brasileira; R. Katál., Florianópolis, v.24, n. 2, p. 269-279, maio/ago. 2021 44 COLLINS, Patrícia; Pensamento feminista: conceitos fundamentais; Pensamento feminista negro: o poder da autodefinição (271-310); org. Heloisa Buarque de Holanda; Rio de Janeiro: Bazar tempo, 2019. CORRÊA, Milena; MOURA, Ludmila; ALMEIDA, Luciane; ZIRBELC, Ilze; As vivências interseccionais da violência em um território vulnerável e periférico; Saúde Soc. São Paulo, v.30, n.2, e210001, 2021. CURIEL, Ochy; Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais; construindo metodologias feministas a partir do feminismo decolonial (121-138); org. Heloisa Buarque de Holanda; Rio de Janeiro: Bazar tempo, 2020. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: Capitalismo e esquizofrenia. Vol. I. São Paulo, 34. Ed. 2004. ESCREVIVÊNCIA: a escrita de nós: reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo/ organização Constância Lima Duarte, Isabella Rosado Nunes ; ilustrações Goya Lopes; 1. ed.; Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020. FANON, Frantz; Pele negra máscaras brancas; tradução de Renato da Silveira; Salvador: EDUFBA, 2008. FEDERICI, Silvia. Calibã e a Bruxa: Mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Elefante, 2017. FILHO, R., ARAÚJO, R.; Evasão e abandono escolar na educação básica no Brasil: fatores, causas e possíveis consequências; Porto Alegre, v. 8, n. 1, p. 35-48, jan.-jun. 2017. FOUCAULT, Michel; História da sexualidade III: O cuidado de Si, ed. 7.; Rio de Janeiro/São Paulo, Paz & Terra, 2018. GONZALEZ, Lélia; Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto; Racismo e sexismo na cultura brasileira (237-257); org. Heloisa Buarque de Holanda; Rio de Janeiro: Bazar tempo, 2019. 45 GONZALEZ, Lélia; Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais; Por um feminismo afro-latino-americano (39-51) ; org. Heloisa Buarque de Holanda; Rio de Janeiro: Bazar tempo, 2020. GONZALEZ, Lélia. Pensamento feminista: conceitos fundamentais; A categoria político- cultural da Amefricanidade (341-352); org. Heloisa Buarque de Holanda; Rio de Janeiro: Bazar tempo, 2019. GUATARRI, Felix; ROLNIK, Suely; Micropolítica: Cartografias do desejo. 4. Ed.; Vozes, Petrópolis, 1996. HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça Interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais; 2014. KILOMBA, Grada; Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano /Grada Kilomba; tradução Jess Oliveira. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Cobogó, 2020. KOPPER, Moisés; RICHMOND, Matthew; Apresentação: Situando o sujeito das periferias urbanas; Novos estud.; Cebrap; São Paulo; v39n01; 9-17; jan.–abr.; 2020. LUGONES, María; Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais; Colonialidade e gênero (53-83); org. Heloisa Buarque de Holanda; Rio de Janeiro: Bazar tempo, 2020. MANSANO, Sonia; Sujeito, subjetividade e modos de subjetivação na contemporaneidade. Revista de Psicologia da UNESP, 8(2), 110-117, 2009. MONTEIRO, Linderval; A Baixada Fluminense em perspectiva; Anos 90, Porto Alegre, v. 12, n. 21/22, p.487-534, jan./dez. 2005. MOURA, Adriana; LIMA, Maria. A Reinvenção da roda: Roda de conversa: Um instrumento metodológico possível. Revista Temas em Educação, João Pessoa, v.23, n.1, p. 98-106, jan.- jun. 2014. NASCIMENTO, Abdias; O quilombismo: documentos de uma militância pan-africanista; 3. ed. rev.; São Paulo: Editora Perspectiva; Rio de Janeiro: Ipeafro, 2019. 46 PASSOS; E., KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. (Orgs.). (2014). Pistas do método da cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina; 2014. PAULON, S. M. A análise da implicação como ferramenta na pesquisa-intervenção. Psicologia & Sociedade, 17 (3), p.18-25, set-dez: 2005. REVEL, Judith; Michel Foucault: conceitos essenciais; São Carlos: Clara Luz, 2005. SAFFIOTI, H; Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004. SAFFIOTI, Heleieth. Violência de gênero: o lugar da práxis na construção da subjetividade. Pensamento Feminista Brasileiro; org. Heloisa Buarque de Hollanda. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. SPINK, Peter Kevin; RAMOS, Ana Marcia; Rede Socioassistencial do SUAS: configurações e desafios; O Social em Questão, Ano XIX; nº 36, p. 285-310, 2016. Texto para discussão / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. - Brasília: Rio de Janeiro: Ipea 2019.pt_BR
dc.subject.cnpqSociologiapt_BR
Appears in Collections:Mestrado em Psicologia

Se for cadastrado no RIMA, poderá receber informações por email.
Se ainda não tem uma conta, cadastre-se aqui!

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
2023 - DEBORA REGINA SILVA DA CONCEIÇÃO.pdf506.04 kBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.