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https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19047
Tipo do documento: | Dissertação |
Title: | “E não despedem flecha que não a empreguem”: caminhos para a diplomacia indígena em meio as guerras neerlandesas nas capitanias do norte (1630-1654) |
Other Titles: | “And they do not fire an arrow that they do not use”: paths for indigenous diplomacy amidst the Dutch wars in the northern captaincies (1630-1654) |
Authors: | Zuzart, Carmelita Costa |
Orientador(a): | Moreira, Vania Maria Losada |
Primeiro membro da banca: | Moreira, Vania Maria Losada |
Segundo membro da banca: | Neumann, Eduardo Santos |
Terceiro membro da banca: | Silva e Melo, Karina Moreira Ribeiro da |
Keywords: | diplomacia indígena;letramento;Brasil Holandês;Potiguaras;mediadores indígenas;indigenous diplomacy;literacy;Dutch Brazil;Potiguaras;indigenous mediators |
Área(s) do CNPq: | História |
Idioma: | por |
Issue Date: | 19-Feb-2024 |
Publisher: | Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UFRRJ |
Departamento: | Instituto de Ciências Humanas e Sociais |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em História |
Citation: | ZUZART, Carmelita Costa. “E não despedem flecha que não a empreguem”: caminhos para a diplomacia indígena em meio as guerras neerlandesas nas capitanias do norte (1630-1654). 2024. Dissertação (Mestrado em História). Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2024. |
Abstract: | Entre os anos de 1630 e 1654, a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (WIC) invadiu algumas das capitanias do norte do Brasil. Assim como em outros momentos da história da colonização brasileira, as forças portuguesas de resistência contaram com o apoio militar crucial de terços de homens negros e indígenas. Da mesma forma, o lado flamengo também contou com o apoio dos ameríndios. Por meio de mensageiros tupis, os funcionários da WIC souberam que vários povos autóctones nas províncias ao norte de Pernambuco estavam ansiosos para fazer uma aliança antiportuguesa. Por isso, um pequeno grupo de indígenas potiguaras foi levado à República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos para serem educados e transformados em mediadores confiáveis, transformando-se em verdadeiros diplomatas de seus povos. Disputados por cada lado da guerra, esses chefes possuíam conhecimentos das táticas, dos caminhos da terra e do poder de diálogo, sendo homens que souberam jogar no contexto conflitivo das capitanias do norte seiscentista. Dessa maneira, o objetivo desse trabalho é traçar os caminhos que levaram essas lideranças indígenas a postos de prestígios dentro das estruturas coloniais europeias e como usaram tais posições para balizar seus interesses no mundo colonial e no interior de seus próprios povos. Por meio da análise das cartas trocadas entre lideranças de ambos os lados da guerra, essa dissertação procura mostrar a impressionante habilidade dos lideres potiguares em adotar discursos diferentes, aproveitando-se de práticas culturais não-indígenas, a exemplo da própria escrita, para fins específicos condizentes com seus planos políticos. Embora fossem partidários leais de seus aliados europeus, esses indígenas nunca se consideraram súditos da ordem colonial. Em vez disso, os chefes e diplomatas potiguaras viam principalmente esses momentos de aliança como uma oportunidade para promover a autonomia indígena frente ao colonialismo europeu. A partir do letramento, perceberemos que esses chefes de guerra não só conheciam, como dominavam as regras do jogo colonial. |
Abstract: | Between the years 1630 and 1654, the Dutch West India Company (WIC) invaded the Captaincies of Northern Brazil. As in other moments in the history of Brazilian colonization, the Portuguese resistance forces counted on the crucial military support of thirds of black and indigenous men. Likewise, the Flemish side also had the support of the Amerindians. Through Tupi messengers, WIC officials learned that several autochthonous peoples in the provinces north of Pernambuco were eager to form an anti-Portuguese alliance. Therefore, a small group of indigenous Potiguaras were taken to the Republic of the Seven United Provinces of the Netherlands to be educated and transformed into reliable mediators, becoming true diplomats for their people. Disputed on each side of the war, these chiefs had knowledge of tactics, the ways of the land and the power of dialogue, being men who knew how to play in the conflictive context of the Captaincies of the 17th century North. Thus, the objective of this dissertation is to trace the paths that led these indigenous leaders to prestigious positions within European colonial structures and how they used such positions to guide their interests in the colonial world and within their own peoples. Through the analysis of letters exchanged between leaders on both sides of the war, this dissertation seeks to show the impressive ability of Potiguar leaders to adopt different discourses, taking advantage of non-indigenous cultural practices, such as writing itself, for specific purposes. consistent with their political plans. Although they were loyal supporters of their European allies, these indigenous people never considered themselves subjects of the colonial order. Instead, Potiguara chiefs and diplomats primarily saw these moments of alliance as an opportunity to promote indigenous autonomy in the face of European colonialism. From literacy, we will realize that these warlords not only knew, but also mastered the rules of the colonial game. |
URI: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19047 |
Appears in Collections: | Mestrado em História |
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2024 - Carmelita Costa Zuzart.Pdf | 4.32 MB | Adobe PDF | View/Open |
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